ATA
DA OCTOGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 19-9-2011.
Aos
dezenove dias do mês de setembro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no
Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre.
Às quatorze horas e dez minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida
pelos vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Idenir Cecchim, Luiz Braz,
Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon
e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Aldacir
José Oliboni, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro
Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Luciano Marcantônio, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo
Santos, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sebastião Melo e Waldir Canal. Na ocasião, foi apregoado o Memorando nº
033/11, de autoria do vereador Paulinho Rubem Berta, deferido pela senhora
Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo, no dia quinze de setembro do corrente, em atividades
relativas a problemas verificados junto aos serviços de saúde pública a que tem
acesso a comunidade do Bairro Rubem Berta. Também, foi apregoado o Ofício nº 829/11, do senhor Prefeito,
encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 034/11 (Processo nº 3217/11). Do
EXPEDIENTE, constou Ofício s/nº, da Câmara dos Deputados, emitido no dia vinte
e sete de julho do corrente. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas
da Septuagésima Sétima, Septuagésima Oitava, Septuagésima Nona e Octogésima
Sessões Ordinárias e da Décima Quarta e Décima Quinta Sessões Extraordinárias.
Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Reginaldo Pujol,
solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. A seguir, a
senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao senhor Luiz
Filipe Klein Varella, Presidente do Círculo Gaúcho de Orquidófilos, que
discorreu sobre o Orquidário do Parque da Redenção, divulgando exposições e
atividades promovidas pela entidade que preside, destacando a “Exposição de
Cattleya intermedia”, a ocorrer do dia vinte e três de setembro ao dia dois de
outubro do corrente, no Bourbon Shoping Country, em Porto Alegre. Em
continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Adeli Sell,
Carlos Todeschini, Professor Garcia e Elias Vidal manifestaram-se acerca do
assunto tratado durante a Tribuna Popular. A seguir, a senhora Presidenta
concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema em debate, ao senhor
Luiz Filipe Klein Varella. Na ocasião,
foi apregoado o Memorando nº 017/11, de autoria do vereador Bernardino Vendruscolo,
deferido pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar
externamente este Legislativo, hoje, na solenidade de sanção da lei que declara
o Município de Guaíba “Berço da Revolução Farroupilha”, às quinze horas, no Município
de Guaíba – RS. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Toni
Proença. Em COMUNICAÇÕES, pronunciou-se o vereador Aldacir José Oliboni. Após,
em Comunicações, foi iniciado o período destinado a assinalar o transcurso do
décimo aniversário do Jornal O Sul, nos termos do Requerimento nº 041/11
(Processo nº 2329/11), de autoria do vereador Reginaldo Pujol. Compuseram a Mesa:
a vereadora Sofia Cavedon, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre; o
senhor José Fortunati, Prefeito de Porto Alegre; o senhor Maurício Dziedricki,
Secretário Estadual da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa, representando
o Governador do Estado do Rio Grande do Sul; o desembargador Marco Aurélio dos
Santos Caminha, Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul;
a promotora de justiça Karin Sohne Genz, representando a Procuradoria Geral de
Justiça do Estado do Rio Grande do Sul; o juiz de direito Alberto Delgado Neto,
Diretor do Foro da Comarca de Porto Alegre; a senhora Sulamita Santos Cabral,
Diretora Secretária-Geral da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rio
Grande do Sul – OAB/RS –; o senhor Paulo Sérgio Pinto, Vice-Presidente da Rede
Pampa de Comunicação e Diretor do Jornal O Sul; os senhores Wanderley Ruivo e Elton Primaz e a senhora Viviane Vasques, Diretores do Jornal O
Sul; e o senhor Carlos Alberto Chiarelli. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os
vereadores Reginaldo Pujol, como proponente, Adeli Sell, Airto Ferronato, Elói
Guimarães, este em tempo cedido pelo vereador Alceu Brasinha, e Idenir Cecchim,
em tempo cedido pelo vereador Bernardino Vendruscolo, e a vereadora Maria
Celeste, em tempo cedido pelo vereador Beto Moesch. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciou-se o vereador Reginaldo Pujol. Após, a senhora Presidenta convidou o
vereador Reginaldo Pujol a proceder à entrega, ao senhor Paulo Sérgio Pinto, de
Diploma alusivo à presente solenidade, concedendo a palavra a Sua Senhoria, que
agradeceu a homenagem prestada por este Legislativo. Na oportunidade, foram
registradas as seguintes presenças, neste Plenário: do senhor Marco Antônio
Seadi, Coordenador Jurídico da Fundação de Assistência Social e Cidadania –
FASC –; do senhor Sérgio Renk, Diretor-Presidente do GBOEX – Previdência
Privada; do senhor Luiz Nei Rezende da Silva, representando o Sindicato da Indústria da
Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul – SINDUSCON-RS –; do senhor Abel Henrique
Ferreira, Presidente da Associação dos
Fiscais de Tributos Estaduais do Rio Grande do Sul – AFISVEC –; do senhor
Pedro Emelson Galmarine, representando o Sindicado dos Trabalhadores da
Indústria da Construção Civil de Porto Alegre – STICC –; do senhor Isac
Szajman, representando o Departamento
Municipal de Água e Esgotos –DMAE –; do senhor Paulo Gasparotto; da
senhora Fernanda
Gadret; da senhora Mônica Leal, ex-vereadora desta Casa; da senhora Arlete
Rocha, Presidenta do Rotary Clube Porto Alegre/Azenha; e da senhora Magda Beatriz.
Às dezesseis horas e quatro minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e
nove minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha e Pedro Ruas. Na oportunidade, por solicitação do vereador
Mauro Pinheiro, foi efetuada verificação de quórum, constatando-se a existência
do mesmo. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se a vereadora Fernanda Melchionna
e o vereador Engenheiro Comassetto. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o
vereador João Antonio Dib. Às dezessete horas e sete minutos, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. A seguir, foi apregoado
Requerimento de autoria do vereador Mauro Pinheiro, deferido pela senhora
Presidenta, solicitando votação em destaque para as Emendas nos 02,
03, 04, 05, 06 e 07 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 032/11 (Processo
nº 3066/11). Também, foi rejeitado Requerimento de autoria do vereador Pedro
Ruas, solicitando o adiamento, por cinco Sessões, da discussão do Projeto de
Lei do Executivo nº 032/11, por oito votos SIM e dezesseis votos NÃO, após ser
encaminhado à votação pelos vereadores Pedro Ruas, como autor, Aldacir José
Oliboni, Carlos Todeschini, este pela oposição, e João Antonio Dib, este pelo
Governo, e pela vereadora Fernanda Melchionna, em votação nominal solicitada
pelo vereador Dr. Thiago Duarte, tendo votado Sim os vereadores Airto
Ferronato, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Fernanda
Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro e Pedro Ruas e Não os vereadores
Alceu Brasinha, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães,
Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz
Braz, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo
Pujol e Toni Proença. Ainda, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador
João Antonio Dib, solicitando que as Emendas nos 02 a 07, apostas ao
Projeto de Lei do Executivo nº 032/11, fossem dispensadas do envio à apreciação
de Comissões Permanentes, por dezessete votos SIM e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal
solicitada pelo vereador Mauro Pinheiro, tendo votado Sim os vereadores Alceu
Brasinha, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio,
Mario Manfro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol,
Toni Proença e Waldir Canal e optado pela Abstenção o vereador Professor
Garcia. A seguir, foi rejeitado Requerimento de autoria do vereador Mauro
Pinheiro, solicitando o adiamento, por cinco Sessões, da votação do Projeto de
Lei do Executivo nº 032/11, por sete votos SIM e vinte votos NÃO, após ser
encaminhado à votação pelos vereadores Maria Celeste, Pedro Ruas, Mauro
Pinheiro, este como autor, e Fernanda Melchionna, esta pela oposição, em
votação nominal solicitada pelo vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os
vereadores Aldacir
José Oliboni, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna,
Maria Celeste, Mauro Pinheiro e Pedro Ruas e Não os vereadores Alceu Brasinha,
Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro,
Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol, Toni Proença e Waldir
Canal. Na oportunidade, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pelo vereador Nilo Santos, solicitando a
prorrogação dos trabalhos da presente Sessão, por vinte e sete votos SIM, em
votação nominal solicitada pela vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado os
vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio
Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta,
Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Toni Proença e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto
de Lei do Executivo nº 032/11 (Processo nº 3066/11), após ser discutido pelos
vereadores Pedro Ruas, Carlos Todeschini, Aldacir José Oliboni, Maria Celeste,
Fernanda Melchionna e Mauro Pinheiro. Foi votada destacadamente e rejeitada a
Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 032/11, por oito votos
SIM e dezenove votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos vereadores
Aldacir José Oliboni, como autor, e Pedro Ruas e pela vereadora Maria Celeste,
em votação nominal solicitada pelo vereador Aldacir José Oliboni, tendo votado
Sim os vereadores Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto,
Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Sofia Cavedon
e Não os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul
Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza,
Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz
Braz, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta,
Reginaldo Pujol e Toni Proença. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda
nº 03 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 032/11, após ser encaminhada à
votação pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Pedro Ruas, Engenheiro Comassetto,
Idenir Cecchim e João Antonio Dib. Foi votada destacadamente e rejeitada a
Emenda nº 04 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 032/11. Após, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pelo vereador João Carlos Nedel, solicitando a votação
conjunta das Emendas nos 05, 06 e 07 apostas ao Projeto de Lei do
Executivo nº 032/11. Foram votadas destacada e conjuntamente e rejeitadas as
Emendas nos 05, 06 e 07 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº
032/11. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 032/11, por vinte e um
votos SIM e um voto NÃO, em verificação
de votação solicitada pelo vereador Sebastião Melo, após ter sido igualmente
aprovado em sua votação simbólica, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha,
Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro,
Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Toni
Proença e Waldir Canal e Não a vereadora Sofia Cavedon. Na oportunidade, foi
apregoado documento de autoria dos vereadores Aldacir José Oliboni, Carlos
Todeschini, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro
Pinheiro e Pedro Ruas relativo ao processo de votação do Projeto de Lei do
Executivo nº 032/11. Às dezenove horas e
quarenta e cinco minutos, a senhora Presidenta declarou encerrada a Ordem do
Dia. Durante a Sessão, os vereadores DJ Cassiá, João Antonio Dib, Mauro
Pinheiro, Pedro Ruas, Nilo Santos, Maria Celeste, Idenir Cecchim, Aldacir José
Oliboni, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna e Mauro Zacher manifestaram-se
acerca de assuntos diversos. Às dezenove horas e quarenta e seis minutos, a
senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores
vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental.
Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores
Toni Proença e Adeli Sell e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que
foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada
pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra.
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Solicito que, logo que terminado o período de Tribuna
Popular, passemos às Comunicações, que será dedicado a homenagear o jornal O Sul
pelo seu 10º aniversário.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Reginaldo
Pujol, solicitando inversão na ordem dos trabalhos, para que hoje as
Comunicações ocorram antes do Grande Expediente. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Passamos
à
Para
nossa alegria, temos hoje a presença do Sr. Luiz Filipe Klein Varella,
Presidente do Círculo Gaúcho de Orquidófilos. Seja muito bem-vindo.
O Sr. Luiz
Filipe Klein Varella, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos,
para tratar de assunto relativo à exposição de orquídeas promovida pelo
Orquidário do Parque da Redenção.
O SR. LUIZ FILIPE KLEIN VARELLA: Exma Srª Sofia Cavedon, Presidente desta Câmara
de Vereadores; Exmos Srs. Vereadores aqui presentes; demais
autoridades; público presente; associados do Círculo Gaúcho de Orquidófilos, o
Círculo Gaúcho de Orquidófilos foi fundado em 1949, em Porto Alegre, e é, desde
então, a mais antiga associação orquidófila em atividade ininterrupta no
Brasil. Nesses mais de 60 anos de atividade, o círculo vem reunindo, em suas
fileiras, cultivadores, produtores, comerciantes, entusiastas, admiradores e
todos aqueles que têm o prazer de cultivar suas orquídeas em suas casas e
orquidários.
A
orquídea é, talvez, a flor mais conhecida entre as milhares de espécies que
existem no planeta Terra, talvez porque tenha a orquídea mais de 30 mil
espécies diferentes e outras dezenas de milhares de híbridos feitos pelo homem
nos últimos 100, 120 anos. Dentre todas essas espécies, temos o prazer de ter,
no Rio Grande do Sul, aproximadamente 400 espécies nativas do Estado, 400
orquídeas diferentes que, pouco a pouco, vêm-se reduzindo em seus habitats pela devastação constante das
matas e campos silvestres do Rio Grande do Sul. Entre essas 400 espécies, a
mais importante delas, e talvez a mais importante orquídea do Brasil, seja a cattleya intermedia, uma planta gaúcha,
por excelência, que, desde 1824, vem sendo cultivada. Em 1824, ela chegou à
Europa pela primeira vez e, de lá para cá, tornou-se uma sensação mundial,
muito embora talvez nem mesmo nós, gaúchos, saibamos dar a ela o valor que ela
merece. Somente a partir do século XIX, aproximadamente em 1890, é que ela realmente
passou a receber um interesse maior, quando se descobriu uma variedade de cor e
forma chamada trilabelo, que, desde
então, passou a ser utilizada em inúmeros cruzamentos, e é esse o motivo que me
traz aqui, Excelências.
No
próximo fim de semana, terá início mais uma exposição do Círculo Gaúcho de
Orquidófilos, a exposição específica da cattleya
intermedia, que floresce neste período, na primavera. Então, a partir da
sexta-feira, teremos a exposição da cattleya
intermedia no Bourbon Shopping Country, aqui em Porto Alegre, prosseguindo
até o dia 2 de outubro.
Ainda que
façamos de três a quatro exposições anuais na cidade de Porto Alegre, ainda não
existe, para o Círculo Gaúcho de Orquidófilos, a segurança de um local e de
datas precisas para que essas exposições ocorram. Ainda que tenhamos nossa sede
própria, nós, do Círculo - ou CGO, como costumamos chamá-lo -, não temos um
local adequado para essas exposições, daí a nossa presença hoje na tribuna. O
fato é que é necessário fazer uma reaproximação entre a comunidade orquidófila,
entre a comunidade porto-alegrense e o próprio ente público, de cujo apoio é
necessário para que se possa continuar o cultivo em Porto Alegre. A comunidade
orquidólifa é reconhecida como uma das maiores produtoras de orquídeas do
Brasil; uma das maiores produtoras de orquídeas, quiçá da América e do mundo.
Muito
embora essas circunstâncias, até hoje, como já foi referido, nós não temos um
apoio do ente público para que se possa fazer, em Porto Alegre, o que se faz em
cidades como Joinville, como Gramado, como São Paulo, onde as prefeituras e
câmaras dão o seu integral apoio para a realização de exposições e eventos
tendo a orquídea como objeto.
Estamos,
agora, já a menos de mil dias da Copa do Mundo de 2014, e Porto Alegre será uma
das suas sedes, quiçá uma das sedes da Copa das Confederações em 2013, e nós,
com mais de um milhão de árvores nas ruas de Porto Alegre, não temos orquídeas
nessas árvores. Não há o incentivo para o plantio de orquídeas, não há
incentivo para exibição de orquídeas em Porto Alegre, o que é uma atitude
bastante contrastante, na medida em que Porto Alegre deveria ser a capital da
orquídea no Estado, como a pátria de uma das mais importantes orquídeas
brasileiras, mas não há essa importância. Não é dada essa importância à
orquídea no Município porto-alegrense.
Quiçá
possamos retomar esse caminho, razão pela qual estamos em contatos frequentes
com a SMAM, com a SMIC e com esta Câmara de Vereadores, a partir de hoje, para
que possamos fazer de Porto Alegre, também ela, um jardim das orquídeas, como
se tentou fazer em 1963 - há mais de 40 anos, portanto -, quando, por atitude
do Engenheiro Walter Haetinger, Secretário Municipal de Obras e Viação, ele
próprio um orquidófilo, plantaram-se orquídeas em árvores de praças de Porto
Alegre - Praça XV, Praça da Alfândega e Praça da Matriz. Algumas dessas plantas
ainda estão lá; 40 anos depois, elas ainda permanecem lá. Não foram plantadas
pela natureza, mas pela mão humana, através de Círculo Gaúcho de Orquidófilos.
Aquilo, na época, causou um furor, a ponto de ser notícia em jornais do País
inteiro. Quiçá possamos fazer isso agora, novamente, possamos pegar o
Orquidário do Parque da Redenção, que se encontra, realmente, num estado que
exige cuidados, exige melhorias rápidas, sob pena de se perder o Orquidário,
porque a estrutura é antiga. O Orquidário foi fundado em 1953, já não tem mais
condições de estar onde está; inclusive tem que haver uma reforma radical, sob
pena de perdermos aquelas plantas que estão lá, sob pena de perdermos o lugar
que o povo porto-alegrense nem sequer conhece. Muitas pessoas nem sequer sabem
que há um orquidário na capital gaúcha.
Para
concluir, eu gostaria de convidar todos para a nossa exposição, que começará na
sexta-feira, dia 23 de setembro, prosseguindo até dia 2 de outubro, no Bourbon
Shopping Country. Passo às mãos da Srª Presidente, a Verª Sofia Cavedon, uma cattleya intermedia, como forma de
homenageá-la e a esta Câmara de Vereadores. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
(Procede
à entrega da orquídea.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada. Tenho certeza de que cada um e cada uma
gostaria de receber uma flor tão linda; quero compartilhar com todos vocês e já
sugerir ao conjunto dos Vereadores, especialmente à COSMAM, que lidere uma
vista ao Orquidário para verificar as condições e valorizar esse precioso
espaço.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ADELI SELL: Obrigado, Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon.
Meu caro Sr. Luiz Filipe, Presidente do Círculo Gaúcho de Orquidófilos, é um
prazer recebê-lo nesta Casa, na Semana da Primavera, que também coincide com a
Semana da Floricultura, uma Lei que nós propusemos nesta Casa; inclusive ontem,
houve um evento na Redenção. Eu falo em nome da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, por deferência do meu Líder, Ver. Mauro Pinheiro. Temos,
inclusive, dois engenheiros agrônomos na nossa Bancada, o Ver. Carlos
Todeschini e o Ver. Engenheiro Comassetto, e, sem dúvida nenhuma, temos uma
apreciação muito grande, porque Porto Alegre, dados concretos, é o maior
consumidor de flores per capita do
Brasil. Por isso temos que defender o espaço das flores em Porto Alegre.
Eu
defendo, inclusive, o ajardinamento público. Acho que é importante a questão de
colocar orquídeas nas árvores em Porto Alegre. Na Praça da Matriz, eu pude ver
isso ainda no sábado de manhã, inclusive no Dia Mundial de Limpeza. No sábado,
foi feita uma limpeza na Praça da Matriz pelo Sindasseio, o que é muito
importante. Tive o prazer de estar com o Luiz Filipe na SMIC, na sexta-feira,
quando o Secretário Valter garantiu o Quadrante 4 para uma exposição no final
do mês de março, e precisamos ter outros espaços, para que a floricultura se
desenvolva plenamente em Porto Alegre. Tem todo o nosso apoio. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. CARLOS TODESCHINI:
Sr. Presidente do Círculo dos Orquidários; Srª Presidente; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores; demais assistentes desta Sessão, assumo aqui o
compromisso, em nome da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, de fazermos uma
visita como Comissão. Eu já fiz a visita em caráter particular e em caráter de
mandato de Vereador, e, realmente é urgente uma tomada de medidas por parte do
Executivo Municipal para que salvemos todo aquele material genético de
altíssimo valor, que é o nosso Orquidário Municipal. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. PROFESSOR GARCIA:
Prezada Presidente, prezado Sr. Luiz Filipe, Presidente do Orquidário, primeiro
quero parabenizá-lo por esse cultivo precioso que tem tantos amantes em todo o
mundo, é uma força singular.
Quando,
como Secretário do Meio Ambiente, nós oportunizamos que vocês ocupassem aquele
espaço que, na realidade, é um espaço da cidade de Porto Alegre, e eu posso
dizer, com toda a franqueza que me é característica, que ele não estava tão bem
utilizado. Então, vocês puderam, com a questão dos cursos, das palestras,
trazer pessoas também adeptas. Eu falo em nome do nosso Partido, o PMDB, em
nome do nosso Líder, Ver. Idenir Cecchim; dos Vereadores Sebastião Melo, Dr.
Raul Torelly, Bernardino Vendruscolo e
Haroldo de Souza. Parabéns, e contem sempre conosco. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elias Vidal está com a palavra, nos termos do art.
206 do Regimento.
O SR. ELIAS VIDAL: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sr. Luiz Filipe Klein Varella, em nome da nossa
Bancada, dos Vereadores Paulinho Rubem Berta, Toni Proença e deste, quero
parabenizá-lo por esta luta, pelo trabalho e dizer que tudo o que é relacionado
à botânica, ao verde, à flora, à fauna, tudo aquilo que cerca e permeia a vida
humana é muito importante. O Orquidário, que produz flores, que é algo que
embeleza a natureza, pode ser, em Porto Alegre, um estímulo, um incentivador,
um fomentador do colorido, já que a nossa Cidade tem muito verde. Como se
olhássemos para um jardim: ele pode estar muito bonito com muito verde, mas, se
não tiver o rosa, o amarelo, o vermelho, o branco, torna-se um lugar não tão
bonito para se olhar. Então, contem com a nossa Bancada para que isso possa
crescer, incentivar e disseminar pela nossa Cidade, e não só no Parque. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Quero encerrar este momento, dizendo que, a partir da SMAM,
faremos uma visita ao Orquidário e encaminharemos a sua manifestação na
tribuna, Luiz Filipe, ao Governo Municipal, sugerindo que organize um programa
tanto do restauro do Orquidário quanto do plantio de orquídeas nas nossas
árvores. Imaginem a beleza que será a nossa Cidade, que já é maravilhosa pelo
seu verde e pelas suas flores, se incentivarmos e estimularmos a combinação das
flores com as árvores. Parabéns pela militância; parabéns a todos os que são
associados do Círculo Gaúcho de Orquidófilos e contem com esta Casa para esse
trabalho tão bonito.
O SR. LUIZ FILIPE KLEIN VARELLA: Quero agradecer a todos e vamos continuar essa luta que, eu
tenho certeza, é de todos nós. Muito obrigado. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada.
Apregoo a
representação desta Casa pelo Ver. Bernardino Vendruscolo, às 15h, na
solenidade de sanção à Lei que declara o Município de Guaíba “Berço da
Revolução Farroupilha”.
O Ver.
Toni Proença está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. TONI PROENÇA: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores;
senhoras e senhores, quero agradecer ao Ver. Paulinho Rubem Berta, Líder da
nossa Bancada, a cedência deste período de Liderança do PPS, para que eu possa
usar esta tribuna.
Dois
objetivos me trazem a esta tribuna: primeiro, lembro ao Ver. Nelcir Tessaro que
o Secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno, estará na
quarta-feira, às 10h, na reunião conjunta da Comissão Especial do Metrô e da
Comissão Especial da Copa, onde fará a apresentação do Estado sobre a arte do
projeto do metrô em Porto Alegre e das articulações que estão sendo feitas para
que a gente possa, finalmente, ter o projeto do metrô, a engenharia financeira
necessária, construída para enfrentarmos o problema do metrô em Porto Alegre. O
Prefeito Fortunati e o Governador Tarso Genro já construíram uma alternativa
pela necessidade de baixar a participação do Governo Federal. Todos nós vamos
nos debruçar sobre esse assunto na quarta-feira, com a presença do Secretário
Luiz Carlos Bueno.
Outro
motivo que me traz a esta tribuna é para fazer um agradecimento muito forte,
muito carinhoso e do fundo do coração a todos aqueles que se manifestaram em
solidariedade à nossa família na semana passada. E faço isso agradecendo a cada
um dos Vereadores e Vereadoras desta Casa. Quero fazer um agradecimento
especial ao Ver. Nelcir Tessaro, que, nas reuniões da Comissão de Regularização
Fundiária, ficou sozinho em alguns momentos, porque eu tive que me ausentar;
ele foi compreensivo, tolerante e me deu tranquilidade para que eu pudesse me
ausentar. Também à Verª Fernanda Melchionna, que, como Presidente da Frente
Parlamentar de Incentivo ao Livro e à Leitura, nessa semana, entregou ao
Prefeito Fortunati a construção do projeto para o Plano Municipal de Incentivo
ao Livro e à Leitura.
Quero
agradecer muito carinhosamente à Verª Maria Celeste, Presidente da Comissão de
Direitos Humanos, da qual eu faço parte, que também teve compreensão e
tolerância com minhas ausências, ou escapadas momentâneas, em função do que
estávamos vivendo; e, por fim, à Presidente Sofia Cavedon, que também, na Mesa,
teve a mesma tolerância e compreensão. Quero agradecer aos Diretores da Casa,
aos servidores da Casa, a todos os assessores e amigos que foram solidários e
que nos levaram conforto nesses últimos dias.
Por fim,
quero falar sobre o Plano Municipal de Incentivo ao Livro e à Leitura, que foi
entregue ao Prefeito Municipal, José Fortunati, nessa quinta-feira, que foi um
trabalho construído por muitas mãos, com um Grupo de Trabalho constituído pelas
Secretarias de Cultura, de Educação e de Governança, PROCEMPA, Frente
Parlamentar de Incentivo ao Livro e à Leitura, pela ONG Cirandar, pelo
Instituto C&A, enfim, um envolvimento de quase toda Cidade, através das
reuniões e plenárias que nós fizemos nas 17 regiões do Orçamento Participativo.
Foram oito reuniões, juntamos duas a duas e, em uma oportunidade, três, e das
audiências que fizemos na Faculdade de Biblioteconomia, e Audiência Pública na
própria Câmara Municipal. Construímos um plano com a participação de todos os
que se envolveram da sociedade civil organizada, do Poder Executivo e desta
Câmara de Vereadores. Entregamos esse plano, Verª Fernanda, na quinta-feira, ao
Prefeito Municipal e esperamos que ele rapidamente proponha a esta Câmara a
transformação dessa proposta em lei, para que a sociedade avance no acesso ao
livro e à leitura e no fortalecimento, no hábito da leitura e da formação de
novos leitores em Porto Alegre. Muito obrigado pela atenção de todos.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos às
O Ver.
Aldacir José Oliboni está com a palavra em Comunicações.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidenta, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores e
Vereadoras; o público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, aproveito
este momento para poder fazer aqui uma pequena avaliação da discussão feita na
quinta-feira, quando o Líder do Governo, Ver. João Antonio Dib, disse que não
era legal fazer uma audiência pública para discutir o Projeto de Lei,
encaminhado pelo Governo a esta Câmara, que trata das gratificações.
É
lamentável ouvir o Líder do Governo dizer que as audiências públicas são boas e
importantes quando é para o seu favor, mas, quando é para discutir um projeto e
melhorá-lo, aperfeiçoá-lo, com emendas, como nós encaminhamos, aí o Governo
toca o rolo compressor e diz que é inconstitucional, que não é regimental fazer
audiência pública. (Manifestações nas galerias.) É lamentável percebermos que a
Casa do Povo, a Câmara Municipal, que representa 1,4 milhão de pessoas, com
seus 36 Vereadores, que parte dela não tem o direito de discutir numa audiência
pública! (Manifestações nas galerias.) Peço, Verª Sofia, que assegure o meu
tempo. É muito bom lembrar que nós, como Vereadores, temos o compromisso
público com os trabalhadores e com a população, é claro!
Disse,
aqui, na quinta-feira, que era muito oportuno esperarmos para votar este
Projeto. Poderíamos votar por unanimidade, se melhorado o Projeto, mas,
infelizmente, o Governo foi insensível e não concorda com a audiência pública.
Portanto, quer priorizar o Projeto de Lei no dia de hoje.
Nós vamos
encaminhar todas as emendas, nós vamos discutir o quanto for necessário,
porque, quanto mais discutirmos, mais estaremos contribuindo com a Cidade. Nós
poderíamos até compreender que muitas coisas que o Governo comanda são
importantes, porque elas constroem uma possibilidade de unidade que poderia ter
acontecido com este Projeto de Lei. Mas, infelizmente, o Líder do Governo, João
Antonio Dib, na Mesa de Líderes, hoje, não concordou com a audiência pública
para o final do mês e, infelizmente, cria para nós uma situação de desgaste,
porque nós queremos trabalhar com o consenso, com a unidade e com a possibilidade
de contribuir com a Cidade.
Infelizmente,
Ver. Nilo, nós não compreendemos a atitude do Governo, porque, devido às
inúmeras emendas que encaminhamos, queremos construir o consenso para poder
satisfazer os trabalhadores e, mais do que isso, atender cada vez mais e melhor
a população da nossa Cidade.
O Sr. Nilo Santos:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Oliboni, eu entendo o tom do seu discurso, até porque estamos
vivendo um período pré-eleitoral.
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Pessoal, vamos ouvir os Vereadores e, depois, vamos nos
manifestar na sequência.
O Sr. Nilo Santos:
Ver. Oliboni, em momento algum, a base aliada ou o Governo discordaram da
realização de uma audiência pública. É bom que isso fique claro. Só que a
audiência pública não vai servir como manobra para impedir votação de projetos
nesta Casa. Nós não vamos deixar de priorizar projetos nesta Casa pelo fato de
um grupo discordar das ações do Governo. A Casa segue trabalhando. Nós temos
assuntos importantíssimos para continuar votando, só que nós não vamos, Ver.
Oliboni, nos sujeitar a manobras dentro deste plenário. Apenas isso.
Concordamos com a audiência pública. Faço questão de participar da audiência
pública. Só que isso não vai decidir os votos deste Plenário.
O Sr. João Antonio Dib:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Oliboni, eu só
gostaria, por uma questão de justiça, que V. Exª entendesse o que eu declarei
aqui, na quinta-feira. Eu disse que o Requerimento da audiência pública não
estava dentro do que preceitua a Lei, e hoje eu mostrei a Lei Complementar na
reunião de Mesa e Liderança, e realmente não estava.
O Sr. Pedro Ruas: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) O registro que fazemos aqui - e faço em meu nome e em nome da Verª
Fernanda Melchionna -, Ver. Oliboni, é que não tem sentido nenhum nós termos
uma audiência pública que vai debater o tema com a sociedade, um tema da maior
relevância, hoje prioridade de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, que é a
Saúde, e, antes disso, termos a votação do Projeto. Não faz sentido! Então, o
que se faz aqui é um apelo ao bom senso. É o que V. Exª está fazendo. Nós só
podemos ter a votação do Projeto, para tudo isso ter alguma lógica, após a
audiência pública; antes vai esvaziar, tornar sem sentido e vai mostrar uma
pressa num tema que interessa a sociedade toda e que, certamente, é prejudicial
a ponto de não permitir que sociedade debata o tema em uma audiência pública.
Então, parabéns a Vossa Excelência. A nossa posição é essa também.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Obrigado, Ver. Pedro Ruas. Creio que, com as intervenções
aqui colocadas, ficou mais esclarecido por que o Governo tomou uma atitude que
até considero antidemocrática, porque, para muitos momentos, a audiência
pública é interessante e contribui; para outros, ela não é legal, não é
regimental e é contra a Lei Orgânica. Portanto, nesse sentido é que nós fizemos
aqui, em nome da Bancada, o nosso repúdio, a nossa indignação, porque o fato
não foi discutido amplamente com os trabalhadores e com os segmentos que pedem
que haja modificação no Projeto.
Essa é
uma gratificação antiga, como são as 30 horas; portanto, nós não podemos deixar
de discutir temas importantes e relevantes, sobre os quais a Cidade precisa se
debruçar; senão, logo ali vem a eleição, e vão dizer que a culpa é da
população. Não, é dos gestores que não oportunizam a possibilidade real de
discutir e melhorar...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. DJ CASSIÁ: Quero
fazer um apelo aos colegas, aos Líderes e aos Vereadores inscritos para falar
no período de Comunicações, pois os homenageados já estão aqui, para que entrem
imediatamente no período de homenagem ao jornal O Sul. Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem, eu gostaria de explicar agora aos nossos
convidados municipários que iniciaremos o período de Comunicações. O Ver.
Aldacir Oliboni e o Ver. Bernardino Vendruscolo falariam em Comunicações, por
isso fui adiantando enquanto não chegavam os nossos convidados. Passemos à
homenagem prevista no Período de Comunicações. Peço compreensão aos
municipários, já que este Período é anterior à Ordem do Dia.
Hoje,
este período é destinado a assinalar o transcurso do 10º aniversário do jornal
O Sul, nos termos do Requerimento nº 041/11, de autoria do Ver. Reginaldo
Pujol, Processo nº 2329/11.
Convidamos
para compor a Mesa o Sr. Paulo Sérgio Pinto, Diretor do jornal O Sul e
Vice-Presidente da Rede Pampa de Comunicações; o Sr. José Fortunati, Exmo
Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre, que prestigia esta homenagem; o Sr.
Maurício Dziedricki, Secretário de Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena
Empresa, representando o Governo do Estado; o Desembargador Marco Aurélio dos
Santos Caminha, Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul;
a Promotora de Justiça Karin Sohne Genz, representante da Procuradoria Geral de
Justiça; o Dr. Alberto Delgado Neto, Meritíssimo Juiz de Direito, Diretor do Foro
da Comarca de Porto Alegre; a Drª Sulamita Santos Cabral, Diretora
Secretária-Geral da OAB/RS.
Prezados
municipários, eu gostaria de pedir a compreensão para fazermos este momento de
homenagem ao jornal O Sul. Hoje à tarde, está previsto um tema de interesse de
vocês, mas nós precisamos preservar este momento de homenagem ao jornal O Sul.
Primeiro,
quero agradecer a compreensão dos colegas. Neste momento, o Prefeito está
prestigiando o Jornal, e não uma audiência pública com Vossas Excelências...
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós compreendemos, mas queríamos pedir este momento de
respeito, para podermos proceder à homenagem ao jornal O Sul. Temos a alegria
de celebrar os dez anos deste jornal, que faz parte da Rede Pampa, uma rede de
comunicações que nos orgulha pela sua imparcialidade, pela pluralidade, por
manter aceso um debate com todos os pontos de vista para a população, o que é
muito importante para a democracia.
Prestigiam
esta solenidade também a Srª Fernanda Gadret,
o Sr. Wanderley Ruivo, Diretor Superintendente da
Rede Pampa; a Srª Viviane Vasques, Diretora Comercial do jornal O Sul; a Srª
Mônica Leal, ex-Vereadora desta Casa; o Sr.
Marco Seadi, Secretário Adjunto da FASC; o Sr.
Sérgio Renk, Diretor-Presidente do Gboex; a Srª
Arlete Rocha, Presidente do Rotary Club de Porto
Alegre/Azenha; o Sr. Luiz Nei Rezende da Silva, representante do
Sinduscon/RS; o Sr. Abel Henrique Ferreira, Presidente da Afisvec; o Sr. Pedro
Emelson Galmarine, representante do Sindicado dos
Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Porto Alegre; o Sr.
Isac Szajman, representante do DMAE; os jornalistas
Paulo Gasparotto e Magda Beatriz. Agradecemos muito a representação tão bonita e tão forte
do jornal O Sul.
Gostaria
de convidar os Diretores aqui presentes para compor a Mesa conosco, por favor.
Tão bonita a presença; vocês são homenageados tanto quanto o Presidente.
(Pausa.)
O Ver.
Reginaldo Pujol, proponente desta homenagem, está com a palavra em Comunicações
e, após, em Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) Há cinco anos, encontrava-me na Assembleia
Legislativa do Estado, quando requeri - e realizamos em 29 de junho daquele ano
- uma Sessão Solene em homenagem aos cinco anos do jornal O Sul, que então se
completava. Naquela ocasião, quase que simultaneamente, esta Casa, por
Requerimento do Ver. Nereu D’Avila, também homenageava o jornal O Sul.
Cito
isso, porque o pronunciamento que eu fiz naquela oportunidade, eu poderia
repeti-lo, Dr. Fortunati, na sua inteireza, no dia de hoje. As características
que me motivaram a requerer e obter a homenagem ao jornal O Sul, na Assembleia
Legislativa, persistem agora, nos seus dez anos de profícua atividade, eis que
um jornal novo, inovador, com características muito especiais e que não se
furtou, inclusive, na dura opção de ter ou não ter opinião, dividir essa
opinião com todos aqueles matizes da opinião pública que se faziam e que se
fazem sentir na sociedade porto-alegrense.
Hoje o
jornal O Sul, único jornal gaúcho totalmente impresso em cores, abriga
diariamente, em suas colunas, grandes comunicadores da imprensa nacional, como
Ancelmo Góis, de O Globo; Celso Ming, do Estadão; Cláudio Humberto, do Jornal
de Brasília; Ilimar Franco; Merval Pereira; Míriam Leitão, de O Globo; e a
Renata Lo Prete, do Painel da Folha
de São Paulo. São opiniões diversificadas, visões diferentes do mundo de hoje,
do Brasil em que vivemos e, sobretudo, dos fatos que aqui acontecem.
De outro
ponto, e acentuando a sua característica de ser um jornal do Sul, abriga em
suas colunas Adroaldo Streck, Armando Burd, Beatriz Fagundes, Clésio Boeira, Flávio
Pereira e Wanderley Soares, todos eles citados em rigorosa ordem alfabética,
porque não há predominância de nenhum com relação ao outro. A importância está
exatamente no conjunto, porque esse conjunto representa as várias visões da
imprensa e do pensamento gaúcho a respeito do nosso cotidiano.
É claro
que um jornal que introduziu o full color
em nossa imprensa diária é uma resposta moderna. Maurício, tu, que és um jovem
e que, com muita justiça, se encontra na Câmara de Deputados, licenciado para
assumir a Secretaria do Estado do Rio Grande do Sul, não viveu sempre que eu
vivi. Eu cheguei a Porto Alegre em 1954. Naquele momento, a imprensa tinha
vários órgãos, mais de uma dezena de órgãos. Eu lembro do Diário de Notícias,
do Jornal do Dia, do Estado do Rio Grande, órgão do Partido Libertador; da
Tribuna Gaúcha, da Folha da Manhã, da Folha da Tarde, da Folha Esportiva,
enfim, de inúmeros órgãos. Esses órgãos foram, pouco a pouco, diminuindo pelas
dificuldades de se fazer um jornal escrito. Pois neste milênio, neste século,
surgiu um novo jornal, o jornal que homenageamos no dia de hoje, o jornal O
Sul, que é homenageado por mim, pela unanimidade da Casa e pelo Ver. Luiz Braz,
que me honra com o seu aparte.
O Sr. Luiz Braz:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Reginaldo Pujol, as qualidades todas do jornal O Sul, eu
tenho certeza absoluta de que Vossa Excelência tem toda a qualificação para
poder dizê-las. Eu apenas vou me referir ao fato de que o jornal O Sul consegue
sobreviver num mercado extremamente difícil, muito competitivo. Eu quero aproveitar
esta oportunidade, Ver. Reginaldo Pujol, primeiro para cumprimentar Vossa
Excelência; depois, para cumprimentar um empresário que eu julgo um gênio nas
comunicações, o meu querido amigo Otávio Gadret. Acho que esse homem, em
matéria de comunicações, tem que ser homenageado sempre. Eu o homenageio aqui
no nome de sua filha, a Fernanda, que está aqui presente; também homenageio o
meu querido amigo Paulo Sérgio, que vem aqui para receber a homenagem desta
Casa. Parabéns por estes dez anos do jornal O Sul, que, quando surgiu, muita
gente pensava que não conseguiria seguir adiante, mas ele segue dando mostras
de um bom jornalismo. Parabéns ao senhor!
O SR. REGINALDO PUJOL:
Eu agradeço o aparte, Vereador. Antes de também ceder um aparte ao Ver. João
Carlos Nedel, do Partido Progressista, eu quero acentuar, Vereador, e sei que
Vossa Excelência concorda comigo, que essa pluralidade de opiniões que O Sul
apresenta através da participação diária de inúmeros colunistas, dos mais
destacados do País, oportunizou à comunidade informação com mais conteúdo,
qualidade e imparcialidade. Isso faz a característica principal de O Sul, que
conta, inclusive, com um brilhante colunista social; que conta com a presença,
nos seus quadros, do decano do colunismo social, o mais qualificado, que é
Paulo Raymundo Gasparotto; do César Krob e da Fernanda Magalhães. O meu
pronunciamento se engrandece com o seu aparte, Ver. Nedel.
O Sr. João Carlos Nedel:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado. Ilustre Ver. Reginaldo Pujol, quero, em nome da Bancada
do Partido Progressista - do nosso Líder, Ver. João Dib, do Ver. Beto Moesch,
em meu nome e, também, da sempre Verª Mônica Leal -, cumprimentá-lo pela
importante homenagem ao 10º aniversário do jornal O Sul. Quero cumprimentar a
Direção do jornal, a Mesa e dizer, Paulo Sérgio Pinto, que São Luiz Gonzaga
está esperando O Sul lá. A minha terra é um pouco longe, mas ela também merece
O Sul, porque é um jornal muito importante, que veio dar uma nova feição à
imprensa do Rio Grande do Sul. Meus cumprimentos. Muito obrigado. Receba o
agradecimento desta Casa e da população de Porto Alegre pelas informações e
pelo bem que O Sul tem feito à nossa Cidade. (Palmas.)
O Sr. Dr. Thiago Duarte:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero louvá-lo pela
homenagem, me dirigindo ao Paulo Sérgio Pinto, que representa O Sul neste
momento, e destacar, dentro das diversas nuances que apresenta o jornal, duas
que me chamam muito a atenção: a primeira, como o próprio Ver. Pujol já referiu,
é o seu elenco de redatores, principalmente os colunistas, que realmente primam
pela diversidade e por acolherem todas as matizes partidárias que os
Parlamentos representam; e a segunda questão, em que acabou sendo pioneiro no
Estado do Rio Grande do Sul, principalmente no que se refere à matéria escrita,
ao jornal escrito, é quanto à questão vinculada à Saúde, as suas duas páginas,
quase que diárias, trazem inovações e esclarecimentos acessíveis a toda a
população gaúcha e porto-alegrense. Parabéns! Realmente está de parabéns toda a
equipe do jornal O Sul. Obrigado, Ver. Pujol, pelo aparte. (Palmas.)
O Sr. Toni Proença:
V. Exª permite um aparte?
O SR. REGINALDO PUJOL:
Ver. Toni Proença, V. Exª me honra com o seu aparte.
O Sr. Toni Proença:
Obrigado, Ver. Pujol. Cumprimento V. Exª pela iniciativa, pela feliz ideia de
esta Casa homenagear o jornal O Sul pelo transcurso do seu 10º aniversário.
Quero, em nome do Prefeito José Fortunati, quem eu saúdo; da nossa Presidente
da Câmara e do Paulo Sérgio Pinto, cumprimentar todas as autoridades que
compõem a Mesa, o conjunto de executivos do jornal O Sul e seus colaboradores
que hoje nos dão a alegria da sua presença.
Nós temos
enfrentado, nos últimos tempos, uma bela discussão sobre a censura ou não
censura. Quero dizer que eu me filio àqueles que acham que não tem nada melhor
para a democracia que mais democracia, mais informação e mais liberdade de
informação. Alguns estudiosos já dizem que a sustentabilidade da democracia
está na geração de direito, na aceitação de conflitos e na difusão da
informação. Vocês cumprem muito bem esses três papéis. Parabéns ao O Sul pelos
seus 10 anos! Contem com a Bancada do PPS para os próximos 100 anos. Parabéns!
(Palmas.)
O Sr. Pedro Ruas: V. Exª
permite um aparte?
O SR. REGINALDO PUJOL: Ver.
Pedro Ruas, V. Exª me honra com o seu aparte.
O Sr. Pedro Ruas: Obrigado,
Ver. Reginaldo Pujol. Inicialmente, cumprimentos pela iniciativa de Vossa
Excelência. Quero cumprimentar a Presidente Sofia Cavedon; o Prefeito José
Fortunati; o Paulo Sérgio Pinto; os diretores, dirigentes e funcionários do
jornal O Sul; os municipários que nos dão a honra da presença no dia de hoje.
Quero fazer o registro de que, nesses 10 anos, meu caro Ver. Reginaldo Pujol,
nós temos acompanhado muito a trajetória do jornal O Sul, como de resto da Rede
Pampa. A Verª Fernanda Melchionna, minha companheira de Bancada, tanto quanto
eu, sabe, Paulo Sérgio, que os espaços midiáticos são de muito valor, porque é
a nossa comunicação com a sociedade; nós somos um Partido, o PSOL, que não tem
muitos desses espaços, e eu faço um registro de justiça: o jornal O Sul nos
proporciona esse espaço, como de resto a Rede como um todo. Hoje, estarei lá no
programa do Gustavo Victorino, na Rádio Pampa, falando em meu nome, em nome da
Fernanda, em nome do PSOL, dos nossos mandatos. Portanto, eu registro, nesses
10 anos, o nosso reconhecimento a essa performance democrática do jornal O Sul,
que segue a da Rede Pampa. Para nós, porto-alegrenses como eu, gaúchos como
quase todos, é um grande orgulho que se completem esses 10 anos e que eles
sejam, na verdade, uma preparação, minha cara Sulamita, para a próxima etapa
que virá aí. Parabéns a todos! Muito obrigado. (Palmas.)
O Sr. Mauro Zacher: V.
Exª permite um aparte?
O SR. REGINALDO PUJOL: Agradeço
a V. Exª Ver. Mauro Zacher, tenho muito prazer em conceder o aparte.
O Sr. Mauro Zacher:
Muito obrigado, Ver. Pujol. Permita-me saudar o Sr. Prefeito e a nossa
Presidente Sofia Cavedon, mas, de maneira muito especial, quem está oferecendo
a homenagem, o Ver. Pujol, e sem dúvida, toda equipe e Diretoria do jornal O
Sul. Muitas vezes esta Casa, Ver. Pujol, recebeu críticas, porque a gente fazia
um excesso, talvez, de homenagens, mas eu gosto de reforçar e dizer, onde a
gente tem oportunidade, que as homenagens são a oportunidade que temos de dizer
muito obrigado, como dizemos agora pelo belo serviço que o jornal O Sul faz,
pelo grande jornalismo que o jornal O Sul oferece em nossa Capital e em nosso
Estado, e que tem dado tanta alegria e, principalmente, muita oportunidade aqui
para esta Câmara de Vereadores.
Quero
cumprimentá-los e desejar muitos anos ao jornal O Sul, em nome da minha
Bancada, dos Vereadores Dr. Thiago, Tarciso, Luciano Marcantônio e Mario Fraga.
Saudamos esta bela homenagem que o Ver. Pujol, oportunamente, oferece ao jornal
O Sul. Muitos anos de vida em nome de nossa Bancada. (Palmas.)
O SR. REGINALDO PUJOL:
Agradeço ao Ver. Mauro Zacher.
O Sr. Nelcir Tessaro: V.
Exª permite um aparte?
O SR. REGINALDO PUJOL: Com
prazer, ouço o aparte do Ver. Tessaro.
O Sr. Nelcir Tessaro: Obrigado,
Ver. Reginaldo Pujol. Primeiramente, quero cumprimentá-lo por esta merecida
homenagem. Cumprimentando o nosso Prefeito José Fortunati e a nossa Presidente.
Quero dizer da alegria, em nome da Bancada do PTB, em nome dos Vereadores Elói
Guimarães, DJ Cassiá, Nilo Santos e Brasinha, por estarmos aqui nesta
manifestação. Sei que o Ver. Elói utilizará o nosso tempo de Comunicações
posteriormente.
Quero
dizer da grande alegria de estar aqui, justamente hoje, prestigiando e
participando desta grande homenagem aos 10 anos do jornal O Sul. Quero
cumprimentar a família Gadret, em nome da Fernanda, pedindo que transmita a
eles, porque o jornal O Sul traz a credibilidade em suas notícias, porque nós
pegamos e recebemos sempre uma notícia quente, do dia, como se diz; é o jornal
onde se lê a notícia do dia, e isso é muito bom, a comunidade gosta, porque
notícia atrasada ninguém gosta de ler. Parabéns, então, porque este jornal está
dinâmico, colorido, e a notícia é quente, como se diz, saída do forno, e está
ali para a comunidade poder apreciar, ler. Saúde e anos de vida para o jornal O
Sul! (Palmas.)
O SR. REGINALDO PUJOL:
Obrigado, Ver. Tessaro.
O Sr. Aldacir José Oliboni: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre
colega, Ver. Reginaldo Pujol, parabenizo-o pela iniciativa e saúdo a nossa
Presidente, a Verª Sofia; o nosso Prefeito Fortunati; o nosso Secretário de
Estado, aqui representando o Governador; e, em nome do Paulo, todos os Diretores
do jornal O Sul. Fiz questão de vir aqui, Paulo, para trazer o exemplar nº 236,
do Ano nº 1, cujo custo era de R$ 1,00, e trazia como manchete: “Milhares de
porto-alegrenses acompanharam ontem, no Morro da Cruz, a Paixão e Morte de
Cristo”. Esta foto (Mostra fotografia.), no jornal que V. Sª representa,
demonstra a diferença, porque, naquela época, nos chamava muita atenção que o
jornal O Sul era um dos únicos do Brasil que colocavam a foto por inteiro na
capa, diferenciando-se dos demais. Além disso, é claro, há a sua
imparcialidade, o trabalho que a empresa desenvolve. E lembro-me bem de que, em
2001, já Vereador desta Casa, tendo como Líder o Ver. Estilac Xavier, estivemos
lá visitando, e o senhor nos mostrava onde seria impresso o jornal O Sul. Não
me esqueço disso, porque eu estava recém-formado pela Pontifícia Universidade
Católica e via ali quantos empregos seriam gerados. Então, parabenizo o jornal
por trazer momentos históricos que dialogam com a vida de cada pessoa, de cada
cidadão através das notícias, que são boas e ruins - mas a gente grava muito
mais as boas, não é? -; parabenizo-os por esses dez anos e, com certeza, muitos
outros, até mesmo centenários, que serão comemorados. Parabéns à equipe!
Obrigado.
O Sr. Waldir Canal: V.
Exª permite um aparte?
O SR. REGINALDO PUJOL: Ver.
Waldir Canal, V. Exª me honra com o aparte.
O Sr. Waldir Canal: Ver.
Reginaldo Pujol, primeiramente gostaria de saudá-lo pela excelente iniciativa
de prestar esta homenagem. Quero cumprimentar o Sr. Prefeito desta Cidade; o
Sr. Paulo Sérgio Pinto; o Deputado Maurício; os demais convidados e
autoridades. Gostaria de, em nome da Bancada do PRB, parabenizá-los por esta
data e dizer que o jornal O Sul cumpre com a sua função social de informar com
credibilidade e imparcialidade. Meus cumprimentos, parabéns e vida longa!
(Palmas.)
O SR. REGINALDO PUJOL: Obrigado,
Vereador.
O Sr. Mauro Pinheiro: V.
Exª permite um aparte?
O SR. REGINALDO PUJOL: Ver.
Mauro Pinheiro, do PT, sou muito grato por sua intervenção.
O Sr. Mauro Pinheiro:
Ver. Reginaldo Pujol, falo em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores.
Primeiro, quero parabenizar V. Exª pela atitude - sempre atento -, por estar
homenageando o jornal O Sul.
Prefeito
José Fortunati, Verª Sofia, Paulo Sérgio Pinto, demais integrantes da Mesa, em
nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, eu não poderia deixar de fazer a
nossa homenagem ao transcurso do 10º aniversário do jornal O Sul, desejar vida
longa e que continue sendo um grande jornal, um jornal nosso, que traz as notícias
sempre atuais, com dinâmica e mostrando seriedade. Parabéns, jornal O Sul;
Paulo Sérgio Pinto; toda sua equipe, e vida longa ao jornal O Sul. É o que
deseja a Bancada do Partido dos Trabalhadores. (Palmas.)
O SR. REGINALDO PUJOL:
Os dez apartes que tive oportunidade de receber são uma pálida demonstração do
apreço que a Casa tem como um todo à atuação do jornal O Sul, nesses dez anos.
Em verdade, os 33 Vereadores compareceram à Casa no dia de hoje, num dia em que
a maioria, senão a totalidade, dos colegiados, dos sodalícios nacionais se
encontram num regime especial de ampliação de um feriado, os famosos feriadões.
Aqui estão, e isso não surpreende a nós, que somos da Casa, 33 Vereadores e
Vereadoras, numa demonstração inquestionável de que, nesta Casa, a
responsabilidade com a vida pública se sobrepõe a tudo. O melhor de tudo isso é
que as contingências, Paulo Sérgio, nos levaram a homenagear o jornal O Sul no
dia 19 de setembro deste ano de 2011. V. Exª não desconhece que, junto com o
Armando Burd, nós já imaginávamos esta homenagem no início do mês de julho,
próximo ao dia 2, data efetiva da formação do Jornal; razões diversas nos
levaram até hoje, mas nada mais coerente do que homenagear o O Sul, o jornal do
sul, na véspera do Dia do Gaúcho. Acho que essas qualidades do jornal O Sul que
eu anunciei, de independência e de diversidade de opinião, são uma marca do
gaúcho, uma marca indelével da nossa formação política e econômica, de amarmos
a diversidade e, às vezes, de sermos até exagerados nas demonstrações das
nossas inconformidades, mas nunca pecando pela omissão da falta de opinião,
opinião que vocês retratam bem não só pelos colunistas que normalmente escrevem
no jornal, mas também quando o Alberto Tamer escreve para o jornal, quando o
Arnaldo Jabor escreve para o O Sul, quando meu amigo e grande líder Carlos
Alberto Gomes Chiarelli, aqui presente, escreve para o jornal o Sul, quando a
Desembargadora Denise Oliveira Cezar oferece a sua contribuição objetiva na
coluna; o Dom Dadeus, o João Bosco Rabelo, o João Roberto Toledo, o Dr. Lenio
Streck, o Marcio Cotrim, a Nana Cabral, o Paulo Coelho, o Sérgio Nogueira, o
Tito Guarniere e outros tantos. As opiniões com responsabilidade estão ali,
Prefeito Fortunati, colocadas.
Então, a
família Gadret, com certeza, deve se sentir muito feliz em ver que o sonho do
seu pai chegou aos dez anos, quer dizer, a criança já andou, já caminhou, já
está vivendo o princípio da puberdade e vai muito mais longe. Eu tinha razão
quando afirmei, há cinco anos, que o jornal O Sul que surgia, com cinco anos,
era um marco no cenário editorial gaúcho, que demandava um novo título
jornalístico; foi a materialização dos excelentes indicadores de leitura,
cultura e politização do nosso povo, consolidando os nossos conceitos de diversidade
de opinião, fortalecendo os sentimentos democráticos, sendo uma opção
diferenciada de jornal diário que propiciava a nós, gaúchos, desenvolver uma
visão mais abrangente, crítica e profunda dos fatos que acontecem no cotidiano
no Estado, no País e no mundo.
Eu tinha
razão há cinco anos, e posso repetir coerentemente no dia de hoje essa mesma
homenagem e fazer esse mesmo retrato. O Sul continua forte, vibrante,
independente e não omisso, porque vários jornais até proíbem que se fale em
política, porque isso garante uma forma mais fácil de verdade. No O Sul ninguém
é proibido de ter opinião, muito antes pelo contrário, todos são estimulados a
ter opinião, desde que responsável e fundada na solidez de uma consciência
crítica a respeito de determinados assuntos. Por isso eu nunca me surpreendo
quando vejo, em determinadas circunstâncias, Mônica, o nosso O Sul colocar, no
mesmo dia, posições que são, entre si, antagônicas.
Há pouco
tempo, o nosso decano, o Ver. João Antonio Dib, fazia referência a esse particular
numa manchete do jornal O Sul, que era absolutamente consagradora dessa
posição.
Fico, meu
caro Brasinha, com uma única tristeza com O Sul: é que aquilo que sempre foi a
minha alegria, saber que no O Sul eu lia, todos os dias, a notícia do dia; no
último domingo, eu gostaria de ver empastelada, porque trazia a derrota do
nosso tricolor, fragorosa, lá no Estado do Rio de Janeiro! Mas o jornal O Sul
não é um jornal só para colocar a verdade daquilo que a gente gosta de ler;
muitas vezes, é preciso que se coloque aquilo que a gente não gostaria de ler,
mas é preciso que seja informado o que aconteceu. Por isso, meu caro Paulo
Sérgio, leve a todos os seus companheiros de equipe, leve a todos os
colaboradores de O Sul o meu respeito, o respeito já demonstrado pela Câmara
Municipal de Porto Alegre e a certeza de que, daqui a cinco ou dez anos, muito
provavelmente outros estarão nesta tribuna reafirmando os conceitos, voltando a
homenagear o jornal O Sul pelos seus 15, pelos seus 20, pelos seus 25 anos, enfim,
pelo prosseguimento das suas atividades de sadio e consequente jornalismo, que
tem, na independência e na responsabilidade, a sua marca definidora. Vida longa
para o nosso O Sul! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.
O SR. ADELI SELL: Cara
Presidente Sofia, Prefeito Fortunati, permitam-me cumprimentar o Paulo Sérgio
Pinto, cumprimentando, assim, todas as autoridades já nominadas. Meu caro Paulo
Sérgio, estamos iniciando, nesta semana, a primavera, a semana da floricultura.
Dez anos atrás, nascia, nesse momento, essa fina flor, que é o jornal O Sul,
agora um jornal com muitas cores não apenas na sua parte gráfica, física, mas
também, como já foi dito aqui, nas suas ideias, porque, afinal de contas,
Fortunati, o jornal O Sul, nas suas colunas, tem a expressão dos mais variados
matizes ideológicos. Assim é que deve ser a imprensa: livre, totalmente livre,
sem amarras, mas, sem dúvida nenhuma, com a responsabilidade sobre o que
comunica, sobre o que faz, sobre o que diz, o que expressa. Deve, por um lado,
sempre exigir que não haja nenhum tipo de censura, nenhum tipo de amarra.
Rompam-se,
portanto, todos os grilhões, e que o jornal continue, portanto, levando para o
Rio Grande do Sul as ideias ali expressas; que o jornal O Sul continue essa
rica e magnífica trajetória. Nós queremos, a cada dia que passa, ter uma
imprensa que seja o espelho da sociedade, o seu contraditório, as suas mazelas,
as cobranças que devem ser feitas às autoridades. Que sejam feitas críticas a
nós, às nossas atividades aqui dentro, mas que a imprensa também publique
aquilo que aqui se faz, aqui se diz e o quanto aqui se trabalha. Nós
precisamos, sim, é deste tipo de imprensa, DJ Cassiá, que não sirva a um
interesse específico, mas que sirva aos fundamentais interesses da sociedade
democrática que nós tanto trabalhamos para conquistar. É por isso que hoje eu
tenho orgulho de estar aqui.
E uma
outra casualidade, Paulo Sérgio: na data de hoje, há 90 anos, nascia uma vívida
flor da intelectualidade brasileira, Paulo Freire, o grande educador. E é muito
importante que, neste momento, nós festejemos os 90 anos de Paulo Freire e
possamos comemorar dez anos do jornal O Sul. Que nas suas páginas, a cada dia -
e a cada dia mesmo, porque não para nem nos finais de semana -, O Sul continue
expressando essa riqueza que é o pensamento da nossa sociedade! Como já foi
referido anteriormente aqui, há toda uma discussão sobre censura, sobre como,
muitas vezes, o Judiciário se manifesta. E deve haver toda liberdade para o
Judiciário, porque, afinal de contas, esse Poder deve ter essa independência,
seja através dos promotores, dos juízes ou dos desembargadores, assim como o
Tribunal de Contas deve ter toda liberdade, mas todo o mundo tem que aceitar o
contraditório e a crítica.
Eu
redigia, ontem, um artigo, em que eu falava - e vou falar muito daqui para
frente - na questão da grande dificuldade que os poderes constituídos, as
personalidades - quando falo “personalidades”, falo desde as famosidades até as
pessoas de mando -, têm com a crítica. E é por isso que é importante que um
jornal seja exatamente isto: a expressão crítica da sociedade.
Por isso,
mais uma vez, nestes dez anos de O Sul, recebam de nossa parte os mais sinceros
cumprimentos. Continuem assim, com muita valentia, com muito destemor, e não se
preocupem com as críticas que algum dia possam surgir, porque o mundo que não
as aceita não merece também a nossa confiança. E nós temos confiança de que O
Sul representa a multiplicidade da nossa sociedade. Vida longa ao jornal O Sul!
Um abraço, Paulo Sérgio, em nome de todos aqui. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Convido para compor a Mesa, nesta homenagem, o Sr. Carlos
Alberto Chiarelli, ex-Ministro e colunista do jornal O Sul.
O Ver.
Airto Ferronato está com a palavra em Comunicações.
O SR. AIRTO FERRONATO:
Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Meus ilustres colegas Vereadores e Vereadoras de Porto Alegre,
nossos visitantes da tarde de hoje, uma tarde de Casa cheia, hoje também é dia
de uma grande homenagem ao jornal O Sul, extensiva à sua Direção, aos seus
servidores, aos seus jornalistas, também extensiva ao cidadão e à cidadã de
Porto Alegre, que, inquestionavelmente, são leitores que se beneficiam pelas
informações fornecidas diariamente.
Eu quero
fazer um pequeno parêntese - até me permitam que eu o faça um tanto fora do
protocolo. Certa vez, de madrugada, eu estava numa rádio, em Porto Alegre,
conversando sobre alguns temas, e alguém telefonou e, na outra ponta da linha,
disse: “O senhor é um grande mentiroso, eu nunca li isso no jornal!” Então,
vemos como o cidadão de Porto Alegre se conscientiza das informações através da
mídia e, muito especialmente, da mídia escrita, porque, na maioria das vezes,
eles recortam e guardam essas informações que recebem, e a verdade é dita
através da mídia escrita. Portanto, é uma questão que precisa de uma reflexão
toda especial, e por isso eu repito que esta é uma homenagem, também, ao
cidadão e à cidadã de Porto Alegre que leem e guardam essas informações, e é
uma grande homenagem, pois aqui se verifica a presença de ilustres autoridades
compondo a Mesa: do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e da representação
civil da cidade de Porto Alegre.
Por isso,
nós não podíamos deixar de estar aqui e dizer que, quando se fala no jornal O
Sul, também se fala da Rede Pampa, que comanda a nossa rede de televisão, a
nossa rede de rádios e a nossa audiência que esses meios de comunicação todos
têm aqui em Porto Alegre e no Estado. Assim, é uma homenagem toda especial que
nós queremos fazer, uma referência especial que queremos registrar.
Estamos
aqui hoje, com o plenário repleto de servidores públicos, trazendo as suas
reivindicações, e eu sou um servidor público e trabalhei na União por mais de
dez anos, no Estado por mais de 20 anos e ando pelo Município de Porto Alegre
há muito tempo. Então, nessa referência de cidadão, nessa referência de
Vereador e nessa referência de um eterno servidor público, eu quero trazer um
abraço fraterno e carinhoso aos nossos homenageados, registrando que hoje a
homenagem é ao jornal O Sul pelos seus dez anos e pelo que ele agregou à nossa
Cidade, Porto Alegre.
Portanto,
oferecemos nosso abraço todo especial e repetimos aquilo que aqui foi dito, ou
seja, que O Sul é um grande jornal a serviço da nossa Cidade, do nosso Estado.
Um abraço a todos.
Parabéns
pelos dez anos, vida longa ao jornal O Sul! Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Comunicações,
por cedência de tempo do Ver. Alceu Brasinha.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Presidenta
Sofia Cavedon, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras. (Saúda os
componentes da Mesa e demais presentes.) O requerente desta homenagem é o Ver.
Pujol.
Estou
falando aqui no tempo do Ver. Alceu Brasinha. Tudo foi dito e bem dito aqui
pelo número de oradores. É de tal importância a Rede Pampa e o aniversário do
jornal O Sul, a década desse jornal, que todos os discursos, meu querido Paulo
Sérgio, que fizermos aqui serão insuficientes para que a Cidade - e quando fala
o Vereador, fala a Cidade - agradeça ao jornal O Sul; à Rede Pampa, que tem um
enraizamento fantástico com o Rio Grande do Sul até no nome: Pampa. O telurismo
dessa rede de televisão, a Pampa, do jornal O Sul e da rádio, é extremamente
grande.
Então,
fica aqui a homenagem da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, quando tem
oportunidade de saudar esse meio de comunicação fantástico que é o jornal O
Sul, que consegue, nos espaços fotográficos e nos espaços escritos, exatamente
abranger o conjunto de fatores, de informações do nosso Estado e, de resto, do
nosso País.
O jornal
O Sul, me parece, faz o pioneirismo no Rio Grande do Sul, através do seu
conjunto de grandes fotógrafos; faz uma nova versão, um novo momento da
comunicação, porque as fotografias, que são muito bem distribuídas no espaço
gráfico, falam! Elas dizem! Então, é um momento importante quando a Casa do
Povo agradece, e a Cidade está parabenizando o jornal O Sul, de resto a Rede
Pampa, pelo transcurso do seu 10º aniversário. A filosofia da empresa vai
continuar ampliando seus espaços democráticos, porque esse é um jornal imparcial
- isso é voz corrente. O jornal O Sul não discrimina, Ver. Reginaldo Pujol - V.
Exª, que, em bom momento, traz esta homenagem ao jornal -, é um jornal
absolutamente aberto, propositivo, informativo. Há uma gama de excelentes
colunistas, que fazem a informação, a opinião do dia a dia.
Nosso
tempo é curto, e já se disse tudo o que havia para dizer. Fica aqui a nossa
homenagem ao jornal O Sul, e que ele continue a sua grande e magnífica
caminhada. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Convido o Sr. Elton Primaz, editor do jornal O Sul, que é
um dos homenageados desta tarde, para compor a Mesa, por convocação do Diretor
e desta Presidente. Seja bem-vindo para receber esta homenagem em nome de todo
o grupo do jornal O Sul.
O Ver.
Idenir Cecchim está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que representa esta Casa em uma atividade neste
momento.
O SR. IDENIR CECCHIM:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os
componentes da Mesa e demais presentes.) Todos os meus Pares que passaram por
aqui falaram muito do que representa o jornal O Sul para Porto Alegre.
Usando
este período, por cedência do Ver. Bernardino Vendruscolo, que está em Guaíba,
onde está sendo sancionada a Lei que declara Guaíba o berço da Revolução
Farroupilha, em nome da Bancada do PMDB, do Ver. Sebastião Melo, do Ver. Dr.
Raul Torelly, do Ver. Haroldo de Souza e do Ver. Professor Garcia, eu queria
falar das pessoas que fazem o jornal O Sul todos os dias. Do Jornal, se falou
muito e muito bem.
O Sr. Haroldo de Souza:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço o aparte do Líder,
Ver. Idenir Cecchim, e, em nome da representatividade do nosso grande Prefeito,
José Fortunati, saúdo todos os que estão à Mesa e endereço a minha educação aos
presentes e ao querido Paulo Sérgio Pinto, de um bom juiz de futebol a um
excelente comentarista esportivo e que, com o apoio de Otávio Gadret, tornou
realidade o jornal O Sul, o único que, nas edições dominicais, não me engana. É
o único jornal que realmente circula aos domingos com as notícias de domingo, e
não mente para mim, porque os demais já circulam no sábado com notícias de
domingo.
Eu espero
que tenha uma grande saúde o jornal O Sul e que ele possa continuar dando esta
demonstração de democracia, porque O Sul tem o segmento social de todos os
setores, para que nós possamos, realmente, usar a democracia junto com a
imprensa, porque, senão, não teremos a democracia.
Um
abraço, Paulo Sérgio; um abraço a todos do jornal O Sul. Um muito obrigado ao
Idenir Cecchim.
O Sr. Dr. Raul Torelly: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Cecchim, eu gostaria de
me somar a toda esta Casa e, com certeza, à Cidade, ao Estado, nesse reconhecimento.
Aqui,
saúdo o Prefeito Fortunati, o amigo Paulo Sérgio, de tantas lutas, até nos
campos de futebol. Quero dizer que, realmente, no meu café da manhã, o jornal
que eu escolhi é o jornal O Sul. Eu digo por quê: a Rede Pampa, em geral, e o
jornal O Sul se baseiam na beleza, na profundidade dos conteúdos, enfim, na
transparência. Eles nos jogam para cima. Nós iniciamos o dia com coisas boas,
belas e transparentes. Eu sei que essa imagem passa, com certeza, por todos nós
e passa, também, pela caneta do nosso amigo Paulo Sérgio Pinto. Um abraço.
O SR. IDENIR CECCHIM: Eu
estava dizendo que queria falar das pessoas que fazem o jornal O Sul, que
falam, que vivem em Porto Alegre: da família Gadret, que participa, que faz,
que trabalha, que está lá, que nós encontramos em todos os lugares que vamos;
do Paulo Sérgio Pinto, que joga futebol, que vai à Confraria, que está lá na
praia - ele parece o The Flash, ele está em todos os lugares. E não é por nada,
Paulo Sérgio, que esta Casa, que esta Mesa, está repleta de representatividade
- do Executivo, do Judiciário, do Ministério Público, da OAB; do Governo do
Estado, meu ex-colega de Câmara, Maurício Dziedricki; de todas estas pessoas
estão aqui pelo jornal O Sul, e pode ter certeza, Paulo Sérgio, estão aqui
muito, muito, pelas pessoas que fazem o jornal O Sul e que cuidam dessa rede de
comunicação. E o Jornal certamente é a cereja do bolo, porque ele faz, ele dá o
toque da verdade, fala e vive Porto Alegre. Parabéns e vida longa ao jornal O
Sul!
(Não
revisado pelo orador.)
A SR. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra em Comunicações, por
cedência de tempo do Ver. Beto Moesch. A Vereadora tem dez anos de vereança,
assim como eu, o mesmo tempo do jornal O Sul. Eu estava comentando com o Paulo
Sérgio que a gente nem imagina como passou tão rápido! Os dez anos,
principalmente! O jornal O Sul, parece que nasceu ontem!
A SRA. MARIA CELESTE:
(Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu queria fazer uma
homenagem muito especial, Paulo Sérgio, ao senhor Hernani, um grande amigo, da
cidade de Alvorada, divisa com a Zona Norte da Cidade de Porto Alegre, porque
ele, sabendo desta homenagem hoje, me enviou e me mandou de presente a primeira
edição, o número um do jornal O Sul, que foi distribuído na segunda-feira, dia
02 de junho de 2001.
O Hernani
pediu que eu fizesse esta homenagem ao O Sul - ele gostou muito do editorial e
me pediu que eu lesse para o Paulo Sérgio o editorial do primeiro jornal, que é
o seguinte (Lê): “A evolução do mercado editorial brasileiro, nos últimos anos,
gerou entre a imprensa diária um clima de forte competitividade. Os principais
jornais, em quase todas as cidades do País, entraram em acirrada disputa para
oferecer ao leitor produtos cada vez mais adequados às suas aspirações. Com uma
estrutura industrial racionalizada, os jornais querem, acima de tudo, atender
às necessidades de seu público não só em relação à notícia, mas também
oferecendo lazer, cultura, informação para toda a família. A nova dinâmica
social faz do jornal diário uma necessidade indispensável, ao mesmo tempo em
que representa um investimento nada desprezível da economia familiar. Por isso
a decisão quanto ao produto a ser adquirido depende do consenso entre os seus
membros - quanto mais o jornal oferecer opções criativas, personalizadas e
econômicas a todas as pessoas da casa, mais êxito terá em se tornar parte
indispensável da vida familiar. E é com essas diretrizes que O Sul surge, com a
pretensão de ser rapidamente o jornal de todos os gaúchos.”
E, com
certeza, esses 10 anos de jornal, nós acompanhamos aqui diariamente, Ver. João
Antonio Dib, que muito me honra, e minha queria amiga Mônica Leal, que também
me honra ao estar aqui - falo em nome do Ver. Beto Moesch, que teve outro
compromisso e que pediu que eu também falasse em seu nome nesta homenagem. Com
certeza, o jornal O Sul faz a diferença por toda a diversidade da sua
publicação, especialmente para a família do Estado do Rio Grande do Sul. Aquilo
que o seu editorial de número um colocava como prioridade tem sido, ao longo
desses 10 anos, colocado a todos nós porto-alegrenses e gaúchos.
Então,
com muita alegria, quero parabenizá-los pelos 10 anos dessa dedicação, trabalho
que leva, sim, a informação a toda a sociedade gaúcha; que leva, sim, a
informação a todo o porto-alegrense, especialmente nos temas da nossa Cidade.
E,
lamentavelmente, uma coincidência: a manchete do jornal O Sul, da primeira
edição, falava: “Trânsito assassino. Pelo menos, oito mortos e 53 feridos em
dois dias”. E hoje a manchete do jornal O Sul (Lê.): “Vinte e uma pessoas
morreram no trânsito gaúcho no final de semana”. Lamentavelmente, os dados
continuam desafiadores para os governos no sentido do combate à mortalidade no
trânsito. Parabéns ao jornal O Sul! Vida longa, bom trabalho a todos vocês.
Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Convido o Ver. Reginaldo Pujol a proceder à entrega do
Diploma alusivo à homenagem.
(Procede-se
à entrega do Diploma.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Sr. Paulo Sérgio Pinto, Vice-Presidente da Rede Pampa de
Comunicação e Diretor do jornal O Sul, está com a palavra.
O SR. PAULO SÉRGIO PINTO:
Exma Srª Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Verª Sofia
Cavedon. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Falar da Rede Pampa
de Comunicação, falar do jornal O Sul, é falar de uma personalidade, Otávio
Dumit Gadret, da sua clarividência, do seu arrojo e da sua vontade de
construir, e construir de forma eficiente, com qualidade, um grupo de
comunicação. E olha que Otávio Gadret começou na atividade nos idos de 1970,
jovem ainda, com a aquisição da primeira emissora de rádio da Rede Pampa.
Notabilizou-se por quebrar paradigmas e colocar seus veículos no topo da
preferência popular. O momento inicial já foi grandioso, revolucionário e de
sucesso, com a Caiçara AM, a nossa primeira emissora, notabilizada com o slogan “Caiçara - onde a música não
para”. Uma rádio de apenas meia dúzia de watts
transformou-se numa grande emissora líder e foi o trampolim para os anos de
liderança que se seguiram a partir de então.
Em 1971,
um ano após, a Rádio Pampa marcou o meio do rádio, sendo, por assim dizer, o
primeiro impulso jornalístico do grupo. Mais tarde, foi fundada a Rádio
Eldorado, e depois a Universal, hoje Jovem Pan, líder entre os jovens.
No limiar
dos anos 80, foi ao ar a TV Pampa de Porto Alegre, um marco para o nosso
Estado. Em 1987, começa a interiorização de nossa Rede, com a TV Pampa Norte,
em Carazinho; em 1988, com a TV Pampa Sul, em Pelotas. A década não terminaria
sem a criação de mais uma emissora de rádio, pois, em 1989, surgiria a Rádio
104, hoje a mais ouvida do Estado.
Os anos
90 representaram a continuidade do crescimento de nosso sistema de comunicação,
com a fundação da TV Pampa Centro, em Santa Maria; em seguida, a aquisição de
mais uma rádio, a hoje Continental FM, e também com uma AM, que recentemente
ganhou a denominação de Rádio O Sul, com 24 horas de futebol, e ao vivo.
Década
após década, a Rede Pampa não parava de crescer. Nos anos 2000, colocamos, no
mercado gaúcho, o homenageado de hoje, o jornal O Sul, e mais cinco emissoras,
uma na Serra - a Princesa FM -, voltada para as pessoas afeitas à música
orquestrada; a Liberdade, que é uma rádio gaúcha por excelência, e outras
quatro que formam a Rede Pampa na praia, a chamada e já destacada Rede Praia,
que está a encantar veranistas e moradores. Foi a primeira rede a segmentar o
meio rádio a partir da sua fundação, nos anos 70, adequando cada emissora a
diferentes fatias de mercado.
Hoje a
Rede Pampa detém 65% da audiência das rádios em frequência moduladas - FMs - do
Rio Grande do Sul. São, portanto, 13 emissoras de rádio, todas líderes de
audiência em suas respectivas áreas de abrangência, um jornal e 103 retransmissoras
de televisão, sendo 4 geradoras, alcançando todo o Estado do Rio Grande do Sul.
Esta é a
Rede Pampa, seus veículos, com estilos diferenciados, voltados a targets também distintos, cultivando uma
característica comum: a perfeita sintonia com seus públicos. Que a trajetória
da Rede Pampa, dedicada a proporcionar entretenimento e informação a milhões de
gaúchos, possa servir de inspiração a todos os que prezam, como os nossos
Vereadores, valores como trabalho, talento e constante evolução!
Esse perfil
inovador, ao invés de arrefecer, consolidou-se com o tempo. No alvorecer deste
terceiro milênio, agora com uma das maiores redes nacionais de rádio e
televisão, a Rede Pampa faz a sua estreia na mídia impressa, com o lançamento
do jornal O Sul. Com design arrojado
e produzido em moderno parque gráfico, é o único jornal brasileiro que possui
hoje um caderno essencialmente de colunistas, assim como foi o primeiro jornal
brasileiro a apresentar cores em todas as suas páginas; foi pioneiro no full color; e, pela pluralidade de
opiniões, é um jornal que evoca a mãe de todas as liberdades, a liberdade de
imprensa. O “jornal de domingo no domingo”, como já dito aqui, trata com
exclusividade as notícias que acontecem depois de sábado ao meio-dia. O
“Caderno R” é voltado para aspectos científicos e se adianta, muitas vezes, a
revistas de contexto nacional; o “Caderno Magazine” e o “Caderno da Televisão”
são cadernos diários que estão aí para atender a todos os públicos; o “Caderno
de Economia”... Este é um jornal que presta atenção às coisas do Rio Grande, a
começar pelo seu nome, Jornal de Domingo no Domingo “O Sul”, compondo com o Rio
Grande do Sul.
Muito nos
orgulha ter sido votado por todos os Vereadores desta Casa, e por unanimidade.
Lá nos idos de 2001, ele era visto com descrença por alguns, por aqueles que
enxergam o monopólio como a solução, por aqueles que são verdadeiros
“cavaleiros do apocalipse”, e nós, que compomos a família da Rede Pampa,
comandada pela família Gadret, temos a destacar que não foi uma luta fácil, é
uma luta árdua, do dia a dia, para enfrentar as barreiras e as vicissitudes que
os senhores devem imaginar. Mas, graças a um competente corpo de colaboradores,
de ouvintes, de telespectadores, de leitores, de anunciantes, de segmentos importantes
da sociedade gaúcha, O Sul pode proclamar hoje, passados 10 anos, que venceu, e
venceu porque encontra respaldo que temos neste reconhecimento da Câmara
Municipal de Porto Alegre. O Sul venceu porque obteve o reconhecimento da
sociedade do Rio Grande do Sul. E dizer mais do jornal O Sul seria ser
repetitivo ante tudo o que foi dito aqui pelo Braz, pelo Nedel, pelo Thiago
Duarte, pelo Proença, pelo Pedro Ruas, pelo Mauro Zacher, pelo Tessaro, pelo
Oliboni, pelo Canal, pelo Mauro Pinheiro, pelo Adeli Sell, pelo Airto
Ferronato, pelo Haroldo de Souza - meu querido amigo e companheiro de tantas
jornadas -; Idenir Cecchim, Elói Guimarães - meu guarda-valas, com quem eu
brinco -; o Raul Fraga - ele falou em refregas esportivas, foi meu goleiro -;
Maria Celeste e, enfim, representando todos os Vereadores, a minha cara
Presidente, Sofia Cavedon.
Nós
estamos muito felizes por esta homenagem, orgulhosos e agradecidos, já que
vivenciamos essas décadas todas, a partir da década de 1970, cada uma com a sua
evolução, cada uma com seu crescimento, cada uma com construção de novas
emissoras, chegando aos anos 2000 com a criação do jornal O Sul. O que nos
reservará a próxima década para a Rede Pampa de Comunicação, esta década que
estamos vivendo? Por certo, nós estaremos ampliando a nossa rede de
retransmissoras de televisão pelo Rio Grande do Sul; por certo estaremos
ampliando a nossa rede de rádios, e, por certo, estaremos ampliando a
circulação do O Sul a ponto de chegar a São Luiz Gonzaga.
E nós
reservamos, também para esta década, a alta definição, para servir, de forma
mais eloquente, com mais qualidade, a sociedade gaúcha. Muito obrigado, meu
caro Ver. Reginaldo Pujol por este carinho, o carinho que me trouxe aqui, em
outras jornadas, com o Nereu D’Ávila, proponente de então, e hoje temos a honra
de termos sido indicados por um dos mais conceituados políticos desta terra,
Ver. Reginaldo Pujol, e termos recebido a unanimidade dos votos da Câmara de
Vereadores de Porto Alegre, dos nossos Vereadores, dos nossos amigos, dos
nossos queridos amigos. Muito obrigado a todos e vida longa para todos nós!
Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Que esta homenagem fortaleça ainda mais o jornal O Sul,
Paulo Sérgio, é o desejo desta Câmara. Esta Mesa representativa significa o
quanto já é reconhecida, neste jornal, a fala multipartidária, o que acontece
aqui também. Fernanda, para a família Gadret, o nosso carinho, a nossa
homenagem - transmita ao seu pai. Nossos parabéns a toda a equipe do jornal O
Sul, muito bem representada aqui, e aos seus colaboradores. Longa a vida a esse
jornal, que ele continue insistindo e investindo na democracia. Estão suspensos
os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h04min.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h09min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão. Quero
agradecer, com muito carinho, aos municipários pelo fato de terem atendido aos
apelos e por termos podido fazer um bom momento de homenagem sem impedirmos que
vocês se manifestassem como é da democracia. Muito obrigada pela atenção de
vocês sempre.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ADELI SELL: Srª
Presidente, colegas Vereadores, Vereadoras, servidores da municipalidade, meu
caro Líder, Ver. Mauro Pinheiro, agradeço enormemente poder hoje usar a
Liderança do Partido dos Trabalhadores para lembrar, meu caro Todeschini, que
hoje, há 90 anos, Ver. João Dib, nascia, em Pernambuco, uma das figuras ímpares
da Educação do Brasil, Paulo Freire. Notabilizou-se como um grande educador,
formulador de um método de alfabetização e hoje, inclusive, dá o nome ao nosso
Telecentro que se chama Paulo Freire. Paulo Freire fez muitas andanças pelo Rio
Grande do Sul. Aqui no Rio Grande do Sul, muitos o conheceram, tiveram a
possibilidade não apenas de participar das suas aulas magistrais, foi muito
amigo de uma outra figura importante do nosso Estado, o Professor Ernani Maria
Fiori, outra figura que é preciso lembrar, e lembrar, e lembrar sistematicamente
aqui. São de pessoas do calibre do educador Paulo Freire que nós precisamos
reverenciar, que nós precisamos lembrar, porque a nossa Educação carece de um
debate mais aprofundado sobre os seus rumos. Em Porto Alegre, lembro que o IDEB
é abaixo do índice nacional da educação básica medida. Algo está errado!
Há dias,
eu discuti aqui e pude também escrever em um dos jornais da Capital um artigo
sobre a educação infantil. A pergunta que não quer calar, Fernanda, é a
seguinte: como, em Porto Alegre, os professores ganham melhor que os
professores do Estado? Há escolas em melhor qualidade do que as do Estado? O
IDEB é menor que o Estado em Porto Alegre, e é abaixo do índice nacional, onde
sabemos que a educação não é tão exemplar. Isso merece uma reflexão da Câmara,
dos professores do Município, da Prefeitura Municipal e de todos os educadores.
Nós,
Fernanda, na quinta-feira, entregamos ao Sr. Prefeito Municipal o Plano
Municipal do Livro e da Leitura, articulado por várias comunidades, educadores,
bibliotecas comunitárias. Isso faz parte desse processo de ensino e
aprendizagem. Hoje, eu me pergunto: quantas escolas do Município têm um livro
do Paulo Freire? Qual a escola que tem todos os livros de Paulo Freire? Os
professores do Município, os professores do Estado, os professores da rede
particular, com o que ganham, têm acesso aos livros de Paulo Freire?
Mas é
preciso ir além. Hoje, estamos marcando aqui a data de aniversário do grande
educador Paulo Freire, mas não é simplesmente para uma lembrança, porque eu
lembrei aqui hoje a Semana da Floricultura, lembrarei aqui a Semana do
Trânsito. No entanto não basta lembrar; é preciso trabalhar um projeto de
grandes debates sobre a situação da educação no Brasil, sobre o abandono do
ensino a jovens e adultos em muitos e muitos lugares. Por isso, eu lembro, mais
uma vez, 19 de setembro, 90 anos...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. MAURO PINHEIRO (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito abertura do painel
eletrônico, para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Mauro Pinheiro.
(Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Dezesseis Vereadores
presentes. Há quórum.
O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR.
ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, público presente nas
galerias, eu venho à tribuna não para falar contra vocês, podem ter certeza de
que não farei isso. Vou falar nas coisas boas que acontecem nesta Cidade.
Primeiramente, senhores Vereadores, eu gostaria de
dar meus parabéns ao Secretário Vanderlei Cappellari por ter nomeado o
Sr. Carlos Pires Diretor de Trânsito e Circulação. Por que, Ver. Dib, estou dando
os parabéns? Porque ele realmente é uma pessoa que entende muito bem do
trânsito, rapidamente, é boa gente, atende e dá retorno, Ver. Haroldo. Se o
senhor não quer que eu fale nele, o problema
é seu, mas eu vou falar. Eu estou falando o que eu quero, Vereador, eu estou em
Liderança, vou falar o que eu quero. Pronto.
Eu quero
voltar a dar os parabéns ao Secretário Cappellari, por ter nomeado como Diretor
de Trânsito o Carlos Pires. Por quê? Eu vejo, quando a comunidade chama, está
lá o Carlos atendendo. E, se nós não atendermos a comunidade... A comunidade
pede, e a gente tem que estar lá. Quem manda é a comunidade e as pessoas que
votaram em mim, as pessoas que votaram em mim, isso sim. Eu vou dar as
respostas para as pessoas que votaram em mim. E não interessa quem é contra
mim. Não interessa. Eu vou dar a resposta aos meus eleitores que me ajudaram a
chegar aqui.
Também
quero dizer que, hoje, foram lançados mais 20 quilômetros de revitalização da
Cidade. É claro que a Cidade está cheia de buracos, mas a equipe está tapando
os buracos. A equipe tapa buracos. Mas, também, o Cássio vai buscar mais 20
quilômetros de asfalto para beneficiar os senhores que andam de carro, os
senhores que necessitam andar no trânsito.
Todos
vocês vão ao Parque da Harmonia. No outro ano, estava muito ruim, olha o
exemplo que está hoje, 1200 metros cúbicos de brita. O povo está satisfeito, o
povo está contente.
E, agora,
eu quero falar, também, do meu Projeto, e quero saber se vocês concordam
comigo. Eu não gosto de obrigatoriedade, obrigar as pessoas a fazer coisas. Eu
sou contra. Eu propus, no Projeto, que tirassem a obrigatoriedade de cantar o
Hino Nacional, porque o Hino Nacional é muito sagrado, quando há uma Sessão
Solene. Quarta-feira passada, Verª Sofia Cavedon, fizeram uma enquete nos
esportes, com 786 ligações, 505 ligações a favor... No campo de futebol, não em
outros eventos, só nos campos de futebol. Nós vemos que, quando tocam o Hino
Nacional, lá no evento esportivo, as pessoas não estão nem aí, uns saem a bater
bola, outros ficam falando. Eu acho que o Hino Nacional e o Hino Rio-Grandense
devem ser respeitados para sempre.
Então, eu
volto a dizer: 505 ligações a favor do Projeto; 224 ligações contrárias, que
gostariam que continuasse, mas eu pensei bem e propus que o Hino Nacional e o
Hino do Rio Grande fossem tocados, facultativamente, para não prejudicar
ninguém.
Então, eu
gostaria de pedir aos nobres companheiros e Pares que examinassem essa proposta
e me ajudassem a aprovar o Projeto na quarta-feira. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. PEDRO RUAS:
Srª Presidente; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; público que nos
assiste e nos dá a honra da presença, o tema que me traz aqui, neste dia, eu
tratarei a seguir. Antes, eu quero fazer um registro de saudação, em meu nome e
em nome da Verª Fernanda Melchionna, aos nossos bravos lutadores municipários,
basicamente da área da Saúde, que nos visitam no dia de hoje. Não pensem que
qualquer luta de movimento social é fácil. Todas são difíceis. Vocês têm muita
fibra, muita capacidade de enfrentamento e um bom número de apoio. Eu acho que
ainda não é o apoio suficiente, Carmem Padilha, mas vocês avançam a cada momento
para chegar ao necessário.
Então,
recebam de nós, do PSOL, a permanente e cotidiana solidariedade por essa luta
tão justa e tão necessária.
O que me
traz à tribuna no dia de hoje é o registro que faço, eu acho que em nome de
muita gente. No último dia 17 de setembro, agora, completaram-se 40 anos do
assassinato de Carlos Lamarca, que morreu lutando por liberdade e socialismo.
Nós, do PSOL - ou para a esquerda em geral -, temos, na nossa sigla, o nome
“socialismo e liberdade”. Exatamente as marcas da luta de Carlos Lamarca, morto
em 17 de setembro de 1971, no interior da Bahia. Eu não vou aqui tecer uma
biografia do Capitão da Guerrilha, mas Lamarca dizia, como seu caminho e sua
síntese de atividades: “Ousar lutar, ousar vencer”. Aquilo que Lamarca ensinou,
nos anos de 1960, a uma geração inteira de brasileiros inconformados com o
golpe e com a ditadura militar, para nós, hoje, já na segunda década do século
XXI, continua válido. O que Lamarca propunha era a capacidade de luta, a
confiança e o direito à vitória: ousar lutar, ousar vencer. Por mais difícil
que seja a causa, e aquela era brutalmente difícil, enfrentamento com aquele
poder gigantesco da ditadura militar, um tenente nos trouxe lições e exemplos
que ficaram para posteridade. Quando ele sai, quando ele vai para a
clandestinidade, Ver. Engenheiro Comassetto, ele ainda era tenente. Lamarca
passa, logo depois, porque houve posteriormente processos, a Capitão, sim!
Em 1967,
quando ele libertou o então capitão, hoje coronel, já falecido, Alfredo Daudt,
do quartel, ele era o oficial do dia. E a partir dali, Ver. Todeschini, com
todas as armas que pôde reunir, vai Lamarca trilhar o caminho do enfrentamento
da ditadura militar, participando de organizações especialmente importantes
daquele período, como a VAR-Palmares, como a VPR, mas deixou esse exemplo de
dedicação a uma causa que, para todos nós, é muito cara, é muito importante.
Então, eu faço questão, meus Vereadores, minhas Vereadoras, plateia do dia de
hoje, Presidente Sofia Cavedon, de fazer este registro.
A síntese
do pensamento de Lamarca - ousar lutar, ousar vencer -, para nós, é muito mais
do que uma frase, é um verdadeiro caminho a seguir. E, nesses 40 anos sem
Lamarca, nós sabemos que muitos dos seus ensinamentos continuam vivos em pessoas
que também dedicam a sua vida à causa da liberdade e do socialismo. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos ao
A Verª
Fernanda Melchionna está com a palavra em Grande Expediente.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon, eu queria cumprimentar
os Vereadores, as Vereadoras e o Ver. Pedro Ruas, pelo seu belo discurso,
porque, como diz um amigo, a memória é uma arma carregada de futuro. Aqueles
que lutaram para derrotar a ditadura e dedicaram boa parte da vida, no caso do
Lamarca, para buscar a democracia merecem ser sempre lembrados como exemplos
para a gente prospectar o futuro.
Mas eu
queria cumprimentar, muito especialmente, os companheiros, colegas municipários
e municipárias que vêm, no dia de hoje, aqui na Câmara Municipal, pela luta
aguerrida que vêm fazendo no nosso Município - Carmen, João, tantos e tantas
lideranças da Saúde, Rosângela, Paulo, Mário, não vou nominar todos -, porque a
luta é uma só, e me parece, Ver. Pedro Ruas, que a primeira coisa que temos que
fazer aqui na tribuna e lamentar profundamente a ausência de diálogo, a forma
autoritária com que têm sido conduzidas essas negociações, porque cortar ponto
de trabalhadores municipais que exerceram um direito legítimo, garantido pela
Constituição, que é o direito à greve, graças àqueles que lutaram contra a
ditadura militar, é, de fato, inaceitável. E mais inaceitável é essa postura de
votar, na tarde de hoje, querido Almerindo, numa tentativa açodada, acelerada,
truculenta, de não fazer o debate claro com a categoria, um Projeto que, na
verdade, é um ataque a várias conquistas. Eu vou entrar nesse debate, mas
queria dizer para vocês que acho, de fato, lamentável vocês, que fizeram uma greve
difícil, uma greve que passou por vários momentos durante a sua mobilização,
não terem nem sequer a palavra cumprida de fazer as negociações do Plano de
Carreira. E ainda empurrar um Projeto que coloca a meritocracia como prática
para garantir reajustes para essas categorias, isso é inaceitável! Mas o tempo
é o senhor da vida. Mais inaceitável são aqueles que falam e, depois, mudam a
sua palavra de maneira vergonhosa, porque, na hora em que era bom, se dizia um
monte de coisas. Eu gostaria de ler! Gostaria de ler uma declaração do
Secretário Casartelli, no dia 19 de abril de 2003. O Secretário não era
Secretário naquele momento (Lê.): “Carlos Henrique Casartelli não está surpreso
com a utilização de um ‘instrumento autoritário’ para conseguir encerrar a greve
de médicos e dentistas em Porto Alegre. Lembra [o atual Secretário, então
grevista] que esse instrumento já foi utilizado contra o atual presidente do PT
em 1981, quando chegou a ser preso pela ilegalidade de uma greve no ABC.” Abre
aspas, Ver. Pedro Ruas: “Não estou surpreso, mas triste pelo rápido
‘endireitamento’ desse Partido.” Pois eu também fico muito triste com o rápido
endireitamento do Secretário Carlos Casartelli, que comandou o corte do ponto
dos trabalhadores municipais. E fico muito triste quando palavras ao vento vão
aos jornais, e, na hora de negociar com os trabalhadores e as trabalhadoras,
rapidamente essas pessoas mudam a palavra e abandonam a sua coerência, e
abandonam a sua frase. Isso lembra um Presidente, Ver. Pedro Ruas, que disse:
“Esqueçam tudo o que escrevi.” É lamentável ver aqueles que negam a sua própria
história!
O Sr. Pedro Ruas: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Eu cumprimento V. Exª pelo
pronunciamento, Verª Fernanda Melchionna, e, na mesma linha de raciocínio, fico
pensando enquanto a ouço: o Secretário Casartelli gosta de passar ou quer
passar - e talvez até corresponda, em parte, à realidade - a imagem de uma
pessoa séria, a imagem de uma pessoa firme, a imagem de uma pessoa que, de
fato, acredita que está fazendo o melhor pela Saúde e gosta de demonstrar isso.
Mas a minha pergunta é a seguinte: quando o Instituto Sollus deu um desfalque
de quase R$ 10 milhões aqui, no Município de Porto Alegre, quando a empresa
Reação deu um desfalque de outro tanto, que chega a cerca de R$ 4 milhões, nós
quisemos fazer, Ver. Todeschini, uma CPI, uma CPI para trazer de volta esse
dinheiro para a Saúde, Verª Fernanda. E aí eu não vi, em nenhum momento, a
firmeza do Secretário Casartelli! Eu não vi, em nenhum momento, a posição dele,
que eu nem sei qual é, sobre esse tema, eu desconheço! Ele não se manifestou em
momento algum! Então, eu acho muito interessante essa firmeza absoluta quanto
aos funcionários e uma ausência total de conhecimento do tema, de firmeza e de
posição, na hora de trazer esse dinheiro de volta para a Saúde. Obrigado,
Vereadora. (Palmas.)
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Muito obrigada, Ver. Pedro Ruas, concordo plenamente com V.
Exª, acho que, de fato, é uma vergonha que este Parlamento não tenha cumprido a
sua função de fiscalização, apesar da brilhante luta da oposição em tentar
constituir uma CPI para investigar o dinheiro desviado do Sollus.
Lamentavelmente, alguns Vereadores foram à Justiça tentar destruir uma CPI, que
é uma das funções do Parlamento municipal, ainda mais quando se trata de
dinheiro público, ainda mais quando se trata, Ver. Nilo Santos, de dinheiro da
Saúde. Concedo-lhe um aparte, Ver. Nilo.
O Sr. Nilo Santos:
Verª Fernanda, me esclareça, por favor: a senhora e o Ver. Pedro Ruas estão
aborrecidos, porque o Prefeito está dando uma gratificação para os servidores?
(Vaias.) Ver. Pedro Ruas, bater... Eu já vi sindicato ficar revoltado, eu já vi
postura do próprio Simpa mesmo ...
(Manifestações
nas galerias.)
O Sr. Nilo Santos:
Srª Presidente, só para não prejudicar o trabalho das taquígrafas, por favor!
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, senhores e senhoras. Vamos ouvir o Vereador.
O Sr. Nilo Santos: É
apenas para que as nossas taquígrafas consigam fazer o registro da fala. Na
realidade, falar no Secretário Casartelli... Eu já vi o Simpa, em várias lutas
aqui, defendendo os municipários, mas é a primeira vez que vejo um sindicato
ficar insatisfeito, porque o Governo está dando uma gratificação! Nunca vi! É a
primeira vez na história, Srª Vereadora!
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA:.Eu queria pedir que a Presidente assegurasse o meu tempo,
mas, neste momento, quero voltar a falar e dizer, antes de passar a palavra ao
Ver. Carlos Todeschini, que talvez o Ver. Nilo Santos, assim como o Governo,
não tem ouvido a categoria, que, através das suas assembleias, se manifesta
muito democraticamente. E é muito importante que as pessoas saibam que uma
categoria decide as suas posições através do exercício mais democrático que se
pode ter em qualquer categoria, que são as assembleias gerais. Talvez o
Vereador não tenha ouvido o brado, a voz dos municipários dizendo bem claro e
em bom som que não quer a gratificação: quer salário, quer aposentadoria, quer
plano de carreira, quer 30 horas, que é uma conquista! A categoria, Ver. Nilo
Santos, não quer que a Saúde seja tratada como uma mercadoria; não quer que
tratem aquilo que é fundamental para atender a população de Porto Alegre com qualidade;
quer tratar como serviço, como um regime de metas que pode ser implementado
através da meritrocacia, tratando a Saúde como uma empresa, tratando a Educação
como uma empresa, tratando de não incorporar, nos direitos da categoria, as
gratificações que, muitas vezes, são a “cereja do bolo”, mas que não é
carreira, que não é salário, que não está garantido na aposentadoria, que não
valoriza aquilo que a Organização Mundial da Saúde preconiza (Palmas.), como as
30 horas, que foi conquista dessa greve aqui (Mostra panfleto.). Foi conquista
dessa greve aqui em 2003; vários, muito bem localizados naquele momento,
criticaram a postura do Governo de querer cortar o ponto. É uma pena que
mudaram de lado, mas, felizmente, os trabalhadores da Saúde seguem no mesmo
lado, que é na defesa da Saúde pública; que é na defesa da qualidade do serviço
da Saúde; que é na defesa do funcionalismo público e na defesa da Saúde como um
direito, e não como uma mercadoria!
O Sr. Carlos Todeschini: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Obrigado, Ver. Fernanda. O
que o Ver. Nilo fez aqui não foi defender qualquer vantagem ou qualquer
benefício para os trabalhadores; ele fez uma provocação aqui. Uma provocação! A
Verª Fernanda resgata um histórico de 2003, quando foi feita uma greve para não
cumprir o ponto por parte dos médicos, com o apoio do Sindicato médico. E daí
surgiu, como resultado, esse acordo para o exercício efetivo de 30 horas, com a
carga horária de 40 horas, com outras atividades complementares. O Governo está
desfazendo um acordo que já havia se transformado e que já é uma conquista até
hoje. Está escrito, porque foi feito; e não só está escrito como está sendo
praticado há oito anos; portanto, não cabe o desfazimento de conquistas e de
acordos feitos, escritos e consagrados. Isso tem que ser mantido! Muito
obrigado.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Ver. Carlos Todeschini. Estamos de pleno acordo
nesse sentido.
A Srª Maria Celeste: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Rapidamente, eu queria
parabenizar V. Exª pela sua intervenção na tribuna e fazer um apelo ao Ver.
João Antonio Dib, Líder do Governo, diante de tantas dificuldades. E nós já
falávamos, na semana passada, dos problemas que envolvem especificamente este
Projeto, que é uma gratificação, mas que, por outro lado, não mantém os
direitos conquistados ao longo de todo o período de greve, ao longo de toda
história dos trabalhadores da Saúde de Porto Alegre.
Eu quero
aqui reiterar e fazer um apelo para que haja uma audiência pública nesta Casa,
num primeiro momento, e que, logo a seguir, passemos à votação do Projeto. Não
é possível a situação tentar dar um golpe hoje na Mesa Diretora, estabelecendo
uma nova ordem de votação, quando já estamos com a data prevista para o dia 28
deste mês, para, numa audiência pública, ouvir o Governo, os municipários, a
cidade de Porto Alegre sobre o referido Projeto. Lamentavelmente, estão
tentando colocar hoje na Ordem do Dia, e nós vamos ficar resistentes neste
trabalho, para que não votemos hoje este Projeto, mas só a partir da audiência
pública.
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, eu queria agradecer à Verª Maria Celeste o
aparte e agradecer as palavras dos municipários, porque é isso que nós
precisamos fazer.
Primeiro,
queria registrar que, evidentemente, nós votamos contra a tentativa de votar
hoje o Projeto; perdemos na reunião de Lideranças, mas queremos reafirmar o
apelo democrático aqui, neste plenário: que a gente não “pague o mico” de ver
uma Câmara de Vereadores fazer uma audiência pública para discutir um Projeto
que já foi votado pelos Vereadores da Cidade, porque, se tem audiência pública,
é para discutir os Projetos, é para ouvir o usuário da Saúde, o trabalhador, o
Governo, para discutir o futuro do Projeto e o futuro da Saúde em Porto Alegre.
É absolutamente anacrônico, Ver. Pedro Ruas, votar o Projeto hoje e querer
manter uma audiência pública depois do fato consumado. Assim tem sido, via de
regra, a tentativa de nos dizer que esse modelo, esse sistema é democrático,
que as pessoas podem eleger de dois em dois anos seus representes, mas que, na
hora de votar Projetos que dizem respeito à vida de cada um e de cada uma dos
porto-alegrenses, nem sequer a tribuna da Câmara é aberta para os municipários!
Isso é inaceitável! (Palmas.) É inaceitável que a Câmara de Vereadores retire
conquistas de 27 anos de uma categoria aguerrida, que está na ponta dos postos
de saúde, e nem sequer se disponha a abrir este microfone para que os
trabalhadores e as trabalhadoras venham aqui falar. Eu não posso conceber esse
modelo autoritário, antidemocrático, açodado, de fazer política; essa não é uma
forma que, de fato, corresponde ao respeito que os trabalhadores e as
trabalhadoras da Saúde merecem da nossa Cidade.
E queria
dizer ainda, Ver. Pedro Ruas, que nós, do PSOL, temos orgulho de ter estado no
campo de batalha, em apoio a todas as lutas, nas rodadas de negociação que o
Sindicato, que a categoria, que os valorosos trabalhadores da Saúde fizeram,
porque nós não nos acovardamos; porque nós somos coerentes com a nossa própria
história; porque nós defendemos o sistema público de Saúde não só nos
discursos, mas na ação, nos piquetes, nos postos de saúde, na luta pela
investigação do dinheiro roubado da Saúde - no caso da Sollus -; nós defendemos
a Saúde pública nacionalmente; nós queremos que regulamentem a Emenda
Constitucional nº 29; nós queremos que o Governo Tarso invista mais em Saúde. E
nós exigimos que os trabalhadores municipais da área da Saúde sejam respeitados.
Lutamos contra o IMESF, porque nós não aceitamos a lógica da privatização da
Saúde.
E agora
eu queria dizer para os companheiros e companheiras da Saúde, que têm sido
aguerridos, que ainda falta, para que possamos ganhar essa luta. Há anos, eles
tentam desmontar o Sistema Único de Saúde e privatizar a área da Saúde. Ainda
bem que há resistência. E nós temos que fortalecer cada vez mais a resistência;
nós precisamos, cada vez mais, do apoio popular, para que, de fato, esse tipo
de Projeto nem sequer seja apresentado na Câmara de Vereadores, que o Governo
tenha vergonha, porque há luta social, porque há mobilização; porque, quando há
povo na rua, aí, sim, pode-se discutir democracia; quando o povo está em casa e
não está acompanhando política, aí há essa coisa transvertida de democracia,
onde nem sequer os municipários são ouvidos. Mas quando a população toma conta
dos seus direitos, nós podemos conquistar outro modelo de Saúde, outro modelo
de sociedade. Como diria Darcy Ribeiro - é uma frase que eu gosto muito, Ver.
Pedro Ruas: “A maior parte das lutas que eu travei eu perdi, mas eu não queria,
em nenhum segundo da minha vida, estar do lado dos que venceram”. Boa luta para
todos nós!
(Não
revisado pela oradora.)
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra em Grande
Expediente.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidenta, Verª Sofia Cavedon; meus prezados colegas
Vereadores e Vereadoras; prezadas lideranças; prezados trabalhadores da Saúde
aqui presentes, eu quero preparar a minha fala, nestes 15 minutos de Grande
Expediente, dizendo um pouco da Cidade, do seu planejamento, ou melhor, da
falta de planejamento e do reflexo que isso tem na Cidade como um todo e nas
políticas setoriais.
Na
segunda-feira da última semana, tivemos aqui um belo debate - e muitos dos
senhores e das senhoras aqui estavam - sobre um projeto construído por esta
Casa, debatido pela Comissão de Urbanismo, Transporte e Habitação, que apontava
para o início da regularização fundiária em 16 comunidades, transformando-as em
Áreas Especiais de Interesse Social. Era um veto do Sr. Prefeito Municipal
orientado pelo Secretário do Planejamento, Márcio Bins Ely. Foi um belo debate,
e a Casa decidiu derrubar esse Veto, por ter o entendimento de que a Cidade
está extremamente carente no seu planejamento - quero aqui trazer algumas
considerações sobre isso, Ver. Nilo Santos.
Ainda na
semana passada, tive a oportunidade - já faço o relato a todos - de trabalhar
por três dias no Conselho Nacional das Cidades, que componho representando os
Vereadores do Brasil. Concluímos uma minuta de projeto de lei, que está indo à
Presidenta da República, para constituir a Política Nacional de Desenvolvimento
Urbano. Em toda essa política que se está construindo, a Política Nacional de
Desenvolvimento Urbano, Porto Alegre está na contramão. E o prezado Secretário
Márcio Bins Ely não faz a tarefa de casa, não faz as tarefas que a política
municipal exige, e ainda foi para os jornais - e hoje nós homenageamos o jornal
O Sul - dizer, com referência a este Vereador, que nós colocamos um contrabando
de 16 emendas que copiamos do Google.
Prezado
Presidente da CUTHAB, Ver. Pedro Ruas; prezados colegas da CUTHAB aqui
presentes, este debate tem mais de três anos dentro da CUTHAB, e as comunidades
reivindicam o quê? Saneamento básico, habitação, educação, saúde, cidadania. E
o Secretário Márcio Bins Ely não consegue ver isso, mesmo com 750 vilas
irregulares em Porto Alegre!
Meus
prezados trabalhadores da Saúde, vocês sabiam que essas 750 vilas irregulares
não estão no cadastro municipal, portanto elas não estão computadas no cálculo
de quantos PSFs são necessários na Cidade? Agora eu pergunto: quando é que o
Secretário Márcio Bins Ely, juntamente com a Secretaria da Saúde, chamou esta
Casa ou o Conselho Municipal da Saúde para identificar onde estão os vazios da
Saúde no Município de Porto Alegre? Nós ganhamos duas UPAs já faz três anos;
uma está iniciando, e onde estão as outras? Nem o debate sobre a definição do
território, em Porto Alegre, Ver. Nilo, o Secretário Municipal do Planejamento
é capaz de fazer; onde ficarão as UPAs ganhas em Porto Alegre? Está definido,
sim, na Zona Norte e aqui no Centro, mas eu pergunto: e lá na Zona Sul? Nós
sabemos que Venâncio Aires está fazendo a UPA que deveria ser para Porto
Alegre, trocaram a ordem, porque Porto Alegre não apresenta o projeto.
Então,
neste momento em que estamos aqui nesta Casa, eu pergunto, sim, ao Secretário
Márcio Bins Ely: por que não se faz um planejamento estratégico sobre a
habitação no Município de Porto Alegre, já que nós temos 60 comunidades, ou 60
mil famílias, que estão em áreas irregulares, se há recurso do Governo Federal
- nós recebemos aqui, diariamente, projetos para vender áreas municipais -,
para não deixar o recurso cair no fundo comum e não ser destinado para a
qualificação de Porto Alegre?
E quero
dizer a todos os senhores e senhoras: por que o Prefeito Municipal construiu um
Gabinete de Planejamento Estratégico? Porque o Secretário não tem condições de
administrar aquela Secretaria e produzir planejamento para a Cidade. Por que
foi criado na PGE um Gabinete exclusivo para tratar da regularização fundiária?
Porque o Secretário não tem condições políticas e administrativas de conduzir
isso na cidade de Porto Alegre. E isso se reflete em todos os temas da Cidade.
Quero me
referir, sim, ao tema da Saúde também. Vejam só que contradição que se
apresenta nesta Casa: pela primeira vez, nós estamos recebendo uma demanda de
uma comunidade, que não quer um bônus. Por que não quer o bônus? Porque não é o
essencial ter, o que eu já disse muitas vezes aqui, mais um penduricalho no
salário. Queremos um planejamento estratégico que defina na Cidade onde estão
os vazios urbanos, onde está o vazio da Saúde, como é que se contratam as
equipes, e, no caso da Saúde, que sejam equipes completas para os PSFs, mas
isso dentro de um planejamento.
Onde
estão os vazios da Educação? No Extremo-Sul, que é uma região que está
crescendo rapidamente e não tem nenhuma escola infantil. Aprovamos aqui, no ano
passado, recursos para construir uma escola infantil! Onde está o mapeamento
feito pela Secretaria do Planejamento, junto com a Educação, definindo esses
territórios? Não existe. Não existe! Eu quero dizer para o Ver. Márcio Bins Ely
que ele é Vereador e que esta Câmara está aqui para recebê-lo de volta, porque
lá ele não deu certo! Lá ele não demonstrou capacidade de gerenciamento; lá ele
não demonstrou capacidade de dialogar, inclusive com os Vereadores desta Casa,
e o exemplo típico foi dado na última segunda-feira, quando não dialogou nem
com a oposição nem com a situação. E a resposta, Ver. João Antonio Dib, com
todo o seu esforço, foi dada. Aqui, Ver. João Antonio Dib, todos sabem que o
Ver. Márcio Bins Ely tem dois parentes que despacham lá dentro e que os seus
amigos aprovam projetos, mas aqueles que entram pelos canais legais não
conseguem aprovar - ele que venha para cá dizer por que isso acontece -, e ele
ainda está dizendo, na imprensa, que quer ser Presidente desta Casa!
Portanto,
nós, sim, somos cobrados por vocês que estão aqui, que são trabalhadores, e
pela população dignidade na política, que significa ser claro, ser
transparente. Quando se está num cargo público, devemos exercer a gestão pública
e fazer política com “P” maiúsculo. Então, é isso que estou aqui hoje cobrando,
sim, do Secretário Municipal do Planejamento. Não sei se deveríamos chamá-lo de
ex-Secretário, Sr. Prefeito, porque ele não tem condições de permanecer
gerenciando a política desta Cidade, porque todos os projetos que estão
tramitando hoje... O que fez o Prefeito Fortunati, que herdou essa estrutura,
um loteamento de Secretarías? Montou uma equipe dentro do gabinete, para fazer
chegar os projetos a Brasília, porque, se não for assim, eles não chegam. Isso
está errado. Planejamento é para planejar.
Eu quero
me dedicar um pouco mais ao tema da Saúde. Nós, nesta tribuna, nesses dois
mandatos, fizemos inúmeros debates. Quando o ex-Secretário Eliseu Santos veio
aqui e disse que estava correndo risco de vida, eu quero repetir o que eu disse
naquele momento, Ver. João Antonio Dib - V. Exª lembra -, eu disse para todos
aqui: “Se isso é verdadeiro, nós temos o compromisso, de situação e de boa
oposição, de instalar imediatamente uma fiscalização na Saúde para não deixar
que haja desmandos e, muito menos, que a vida do Secretário corra risco”. Deu
no que deu! Agora, não foi por falta de aviso desta Casa, e o dinheiro sumiu
pelo ralo.
Vejam só,
neste momento, estamos recebendo pela nossa discussão, aplausos e vaias ou
vaias e aplausos, o que, inclusive, é outra contradição, porque há dois
segmentos do Poder Público Municipal: um é a favor dessa política, e o outro é
contrário. É a primeira vez que vejo aqui o Sindicato dizer que não quer o
aumento. Por que não quer o aumento? Porque o aumento não está vindo dentro de
uma política estruturadora da Saúde. É isso que temos que discutir.
Digo
mais...
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Digo mais, Ver. João Antonio Dib: se as representações dos
trabalhadores vêm a esta Casa e dizem que não querem um aumento, o que esta
Câmara tem que fazer? Tem que ouvi-los, tem que congelar esse debate, até mesmo
porque eu, quando era Líder da oposição, junto com o senhor, há dois anos,
assumimos o encaminhamento de fazer reuniões com o Executivo; fizemos a
primeira reunião, e a segunda não aconteceu, justo a que tinha como objetivo
discutir, trabalhar em conjunto para desenvolver um plano de carreira para os
trabalhadores da Saúde que contemplasse todos os trabalhadores, desde os
servidores que fazem os serviços de limpeza até os médicos; um plano para que
todos pudessem se ver nesse quadro, que todos pudessem se ver em um plano de
ascensão, que todos pudessem se ver com os seus ganhos. É isso que precisamos
discutir. Então, prezado Secretário, essa é uma visão de planejamento.
Inclusive esse planejamento é para dizer que nós precisamos dos serviços
essenciais e dos serviços básicos, sim, sejam de Saúde, de Educação, de
Assistência Social ou de Habitação; tem que haver planejamento. A Cidade está
perdendo essa capacidade. Nós estamos ficando para trás.
Concluo a
minha fala aqui dizendo que a Bancada do Partido dos Trabalhadores, com a
anuência do nosso Líder, o Ver. Mauro Pinheiro, está ouvindo, sim, atentamente,
os trabalhadores. Queremos receber aqui, nesta Casa, por ordem do Executivo, um
plano de carreira para os trabalhadores da Saúde.
Vamos
parar de votar penduricalhos para os médicos, enfermeiros, veterinários,
engenheiros ou para os fiscais. Não podemos mais continuar nessa política de
votar penduricalho, temos que discutir uma reestruturação administrativa.
Concluindo,
para mim, a raiz do grande equívoco da gestão pública municipal está na falta
de planejamento estratégico para pensar os setores da Cidade de uma forma
integrada. E isso, já todos aqui percebem. E, como membro da oposição, Ver.
Cecchim, falo não só em meu nome, mas com um apelo da cidade de Porto Alegre:
Ver. Márcio Bins Ely, entregue o cargo, porque o senhor não tem condições
políticas, técnicas e morais, neste momento, para continuar como Secretário do
Planejamento.
(Não
revisado pelo orador.)
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, meus senhores e minhas
senhoras, hoje me faz lembrar da minha neta Larissa, que, no dia 5 deste mês,
completou nove anos, e um mês e meio, dois meses antes de completar os seus
nove anos, ela me dizia: “Vô, faltam tantos dias.” Pois hoje eu digo que falta
um ano, três meses e onze dias para eu deixar esta Casa. Mas V. Exas
podem ter certeza de que eu vou sair muito orgulhoso de não ter me afastado do
primeiro pronunciamento que eu fiz nesta Casa. Eu não vinha representar grupos,
eu vinha representar a sociedade, e eu tenho feito isso. Eu quero dizer a todos
que aqui estão: eu sempre dialoguei. Agora, diálogo, para mim, não é monólogo!
Não é ouvir quando eles querem alguma coisa, e a outra parte ficar afastada. Se
eu ouvi, se eu proporcionei aquilo que foi solicitado, se eu ajudei a
equacionar, fica tudo esquecido. O que importa é o monólogo! Estão confundindo
monólogo com diálogo, é o que está acontecendo nesta Casa, Presidente. Eu ouvi
o Ver. Engenheiro Comassetto falar em dignidade na política, e essa eu pretendo
ter. Pretendo ter exercido com dignidade toda a minha vida pública, que vai se
encerrar no dia 31 de dezembro de 2012, mas eu não posso entender - eu respeito,
eu não me incomodo - que o diálogo não seja com os dois lados participando. Por
esse diálogo é que se encerrou a greve dos municipários. E, nesse diálogo, um
dos itens...
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB:
É, monólogo é isso aí! Monólogo é isso aí, mas não tem problema nenhum.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Peço aos municipários que escutemos o Ver. João Dib até o
final. Depois vocês podem se manifestar.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Eu acho que, por diálogo, se encerrou a greve dos municipários. E aí houve um
apelo a este Vereador, como Líder do Governo, para que algumas condições fossem
acertadas. Fruto desse diálogo - já li aqui e vou ler de novo - foi o seguinte
(Lê.): “A implantação da mesa de regulação dos contratos de gestão de maneira
imediata, de forma paritária, com os membros do gestor, dos trabalhadores e do
Controle Social, cujo objeto é a discussão e implementação, monitoramento e
avaliação das metas associadas”.
Quer
dizer, houve o diálogo, e essa parte foi aceita. Agora não tem mais. Os
Vereadores que concordaram com isso... Concordaram, sim, dialogaram sobre isso,
e agora não precisam mais fazer isso aqui. Isso aqui não vale mais nada. Essa
dignidade política de que nós falamos não tem mais valor.
Srª
Presidente, a senhora também fez parte disso, a senhora fez parte disso junto
comigo; outros Vereadores fizeram parte disso junto comigo. Eu respeito, porque
eu tenho uma posição só. Eu procuro fazer o que é certo; eu não faço nada
errado. Posso errar, sim, porque sou humano, mas, quando erro, reconheço e
retorno ao caminho certo. Mas diálogo é entre duas partes, e não com uma só. E
nós estamos vivendo um momento muito difícil nesta Casa, onde os Vereadores não
estão sendo respeitados. Não estão sendo respeitados! E eu fico com muita
tristeza assistindo, nos meus últimos dias nesta Casa, ao que está acontecendo
aqui. Esta Casa é o povo representado na sua totalidade; não é um grupo: é todo
o povo que está representado aqui. E diálogo - volto a dizer - se faz entre duas
partes, não é quando apenas um lado é ouvido, e o outro é desprezado. Saúde e
PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h07min): Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO
DIA
DISCUSSÃO GERAL
E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº
3066/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 032/11, que institui a
Gratificação de Incentivo à Qualidade da Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS)
e a Gratificação de Incentivo à Qualidade da Atenção no SUS aos servidores
municipários lotados e em exercício na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Com
Emendas nos 01 a 07.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CEDECONDH e
COSMAM. Relator-Geral Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto e
pela rejeição da Emenda no 01.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA -
art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 19-09-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 032/11. (Pausa.) Este Projeto foi
priorizado por maioria na reunião de Mesa e Lideranças. Nós temos um
procedimento: toda segunda-feira, reunimos Mesa e Lideranças e definimos a
priorização. Houve manifestação contrária de duas Bancadas, a do PSOL e a do
PP. E a audiência pública está mantida e chamada para o dia 28, de qualquer
forma.
Apregoo o
Requerimento que solicita votação em destaque das Emendas nº 02 a nº 07 ao PLE
nº 032/11. O Ver. Mauro Pinheiro e o Ver. Aldacir José Oliboni destacam que são
seis Emendas que foram apensadas a este Projeto que vamos discutir neste
momento.
O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Presidente, eu fiz um Requerimento, juntamente à Verª
Fernanda Melchionna, em seu nome e no meu, no sentido de que nós tivéssemos um
adiamento da apreciação e votação do Requerimento de S. Exª, Ver. João Dib, de
votação do Projeto em epígrafe. Eu entendo, salvo melhor juízo, que o meu
Requerimento deve ser votado com antecedência, porque peço, justamente, o
adiamento por cinco Sessões - isso por um lado. Por outro lado, no que tange às
Emendas, a Verª Fernanda Melchionna e eu entendemos que elas não conseguem
suprir as imensas lacunas e erros do Projeto. Então, nós queremos tirar os
nossos nomes das Emendas que foram apresentadas. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está feito o registro. Apenas quero dizer que eu estava
encaminhando para colocar em votação o Requerimento, mas priorizei as Emendas
para organizar o processo legislativo.
Em votação
o Requerimento, de autoria do Ver. Pedro Ruas e Verª Fernanda Melchionna, que
solicita adiamento da discussão do PLE nº 032/11 por cinco Sessões. (Pausa.)
O Ver.
Pedro Ruas está com a palavra para discutir o Requerimento de adiamento da
discussão do PLE nº 032/11 por cinco Sessões.
O SR. PEDRO RUAS: Srª
Presidente, Vereadoras, Vereadores, público que nos dá honra da presença,
quando apresentei este Requerimento, em decisão conjunta à Verª Fernanda
Melchionna, nós objetivávamos tão somente o respeito às conclusões porventura
existentes da audiência pública, porque, na nossa visão - isso foi dito aqui
exaustivamente pela Verª Fernanda Melchionna -, não tem nenhum sentido, meu
caro João Ezequiel, que nós façamos uma votação hoje, por exemplo, e depois uma
audiência pública. (Palmas.) Falaram-me algumas vezes, e até com razão, que não
se queria uma audiência pública que seja somente um debate dos municipários com
o Executivo ou com o Prefeito. Eu também não quero; eu acho que tem que ser com
a sociedade, tanto que a ideia era buscar pessoas nas filas dos postos, meu
caro Clóvis, convidar as pessoas a comparecerem no dia 28 - ideia que se
mantém, por sinal, e queremos essa ideia -, porque a saúde interessa a todos.
Evidentemente a mobilização é dos servidores, mas a saúde interessa basicamente
à população e, por sinal, é a primeira preocupação dos habitantes de Porto
Alegre e do Rio Grande do Sul, é a número um, está acima de todas as outras,
acima da segurança, do desemprego. A saúde está em primeiro lugar.
Se nós
queremos uma audiência pública - e teremos, está marcada para o dia 28,
confirmada -, como é que nós votamos? Qual é o significado de nós fazermos uma
votação de um projeto cuja análise se dará posteriormente? Não só o projeto
será analisado, mas o conjunto dos elementos que compõem aquele tema que nós
conhecemos por Saúde.
Faço um
requerimento neste momento, e peço a atenção dos meus Pares, porque eu respeito
qualquer posição, todos sabem, mesmo que seja muito diferente da minha. A única
coisa que desejamos é que tenhamos o adiamento para que a audiência pública
anteceda a votação do Projeto, e isso não é nada de mais! Na verdade, isso
segue até mesmo uma lógica elementar, me parece: como debater algo que já
ocorreu? Então não será uma audiência pública. Na linha do PSOL, será um
balanço, e não uma audiência pública. Se nós queremos uma audiência pública que
seja produtiva, nós temos que ter a possibilidade de nela discutir até mesmo a
questão hoje mérito do Projeto. Do jeito que está, aí, sim, nós teremos quase
um dissídio coletivo no dia 28 - municipários e Executivo -, cada um defendendo
um lado.
Nós
queremos uma audiência pública diferente, mas isso só pode acontecer se
tivermos agora a aprovação deste nosso Requerimento, Presidente Sofia Cavedon,
no sentido de adiar a pretensão do Requerimento do Ver. João Dib - legítimo,
absolutamente legal mas, neste momento, intempestivo -, porque a audiência
pública marcada pressupõe que o seu conteúdo, que o seu debate, que a sua
existência precederá a votação. Por isso eu faço este apelo, e que nós tenhamos
aqui a sensibilidade, o bom senso de votarmos pelo adiamento do Requerimento de
S. Exª o Ver. João Dib, porque é assim que vamos respeitar a vontade da
sociedade, que vai aparecer, com certeza, na audiência pública do dia 28. Pela
aprovação! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para encaminhar a
votação do Requerimento que solicita adiamento da discussão do PLE nº 032/11
por cinco Sessões.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores,
Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, encaminho
favoravelmente o Requerimento de adiamento por cinco Sessões trazido pelo nobre
colega Ver. Pedro Ruas, até porque, quanto mais discutirmos e dialogarmos com
os trabalhadores e com a população, melhor chegaremos a um projeto com um maior
corpo, mais convencimento. (Palmas.) Eu jamais seria contra gratificações, mas,
da forma como vieram, elas nos trazem grandes dúvidas. Em função disso, foram
colocadas seis emendas, uma do PDT, inclusive colocando paridade de 100% para
todos, embora não aceita pelo Governo, e as demais emendas fazendo pequenos
ajustes. Foram feitas duas por Bancada, porque só podem ser apresentadas duas
por Bancada. Eu faço um apelo ao Pedro Ruas para que ele mantenha as emendas,
que não as retire.
A
Comissão de Constituição e Justiça ainda não deu Parecer. Enganam-se aqueles
que pensam que vamos votar este Projeto hoje, porque a Comissão de Constituição
e Justiça ainda não deu Parecer sobre as emendas, e, se retirá-las, perderemos
a oportunidade de poder fazer uma ampla discussão com o conjunto dos
trabalhadores e, até lá, acontecer a audiência pública.
É claro
que o Governo vai votar contra as emendas, é claro que o Parecer será contra as
emendas, mas percebemos que tudo é uma questão de Regimento. Para as coisas
poderem acontecer e ganharmos tempo para poder ouvir os trabalhadores, a sua
opinião, a sua colaboração, é fundamental que exista audiência pública! Então,
nesse sentido, peço a colaboração dos nobres colegas para fazer com que a CCJ
possa se pronunciar em relação às emendas apresentadas. Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para encaminhar
a votação do Requerimento que solicita adiamento da discussão do PLE nº 032/11
por cinco Sessões, pela oposição.
O SR. CARLOS TODESCHINI:
Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o Ver. Pedro Ruas
vem aqui propor o adiamento da discussão deste Projeto do Governo por cinco
Sessões, e o faz com coerência, Ver. Pedro Ruas, porque tivemos uma greve, uma
greve feita desfazendo uma prática, um acordo e uma conduta, por parte do Governo,
que vem de 28 anos e que, nos últimos oito anos, pelo menos, está gravada, está
instituída através de instrução normativa.
Mais do
que isso, nós sempre tivemos a melhor boa vontade em ajudar a dar solução para
as questões. Agora estou sendo informado de que o Plano de Carreira que
aprovamos para uma categoria profissional não está sendo levado a sério no
exercício da profissão, porque pessoas, aproveitando não haver ponto eletrônico
lá, estão registrando presença e não cumprindo os horários - estou falando aqui
dos médicos, para não falar meias palavras. (Palmas.)
Eu já
recebi várias denúncias, vou ser rigoroso, Ver. Dr. Thiago, e sei que vou ter o
seu apoio. Apoiei o Plano de Carreira dos médicos, votei a favor, como todos
aqui, mas nós vamos exigir o cumprimento daquilo que foi votado, daquilo que
foi aprovado. Não tem cabimento o descumprimento, o desrespeito à Lei. Isso já
aconteceu; vamos e venhamos, talvez tivesse deformações, distorções, e, que,
agora, a partir do acordo, a partir do que foi votado, tem que ser exigido o
cumprimento rigoroso do horário e da produtividade, porque eu sei que a grande
maioria, a quase totalidade dos demais servidores cumpre, porque isso não tem
como camuflar, não tem como tapear, não tem como enrolar. (Palmas.)
Eu já
tenho denúncias e vou fazer incertas. Eu vou, sem avisar, fazer visitas a esses
locais para ver se o horário está sendo cumprido, se os profissionais estão lá,
porque essas questões todas têm que ser debatidas em conjunto, e, por isso,
Ver. Pedro Ruas e Verª Fernanda, nós precisamos aprofundar, sim. O nosso
compromisso é com a população de Porto Alegre, é com o SUS, com a Saúde de
qualidade. Agora, não dá, de novo, para dar uma gambeta, não dá, de novo, para
passar a perna como estão tentando passar, e, por isso, nós queremos essa
audiência pública para acertar todos os ponteiros que estão em descompasso.
Obrigado pela atenção. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a
votação do Requerimento que solicita adiamento da discussão do PLE nº 032/11
por cinco Sessões, pelo Governo.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores;
meus senhores e minhas senhoras, vou falar novamente em diálogo. Este documento
encerrou a greve dos municipários. O item 6 tratava do Processo nº 3.066 de
2011 e da comissão paritária para analisar a implantação do mesmo. Os itens 7 e
8 falavam do desconto dos dias parados no mês de agosto, que incidiria sobre o
vencimento básico sem repercussão nas vantagens pecuniárias sobre ele
incidentes e sobre a vida funcional do servidor. O item 8 dizia que os dois
primeiros dias do mês de setembro seriam abonados sem quaisquer prejuízos dos
servidores. Aí o diálogo funcionou. A Câmara fez duas Sessões Extraordinárias
para votar a pauta e, imediatamente após, convocou uma Sessão Extraordinária
para votar o Projeto, tudo num dia só, em muito poucas horas. Agora o diálogo
diz que devemos adiar por cinco Sessões. Eu acho estranho. Mas, de qualquer
forma, fica o registro da diferença entre diálogo e monólogo. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento que solicita adiamento da discussão do PLE
nº 032/11 por cinco Sessões.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon, eu, evidentemente, em
nome do PSOL, venho a esta tribuna encaminhar o Requerimento idealizado pelo
Ver. Pedro Ruas e assinado por ambos os Vereadores, porque, de fato, é uma
questão elementar.
Eu sou
marinheira de primeira viagem, entrei na última Legislatura e nunca vi, nesse
pouco tempo de Câmara Municipal - no que se refere a projetos muito polêmicos,
que tiveram ampla mobilização social, como o Pontal do Estaleiro, como o
próprio IMESF, como o Projeto do Cais Mauá -, uma audiência pública, Raul,
antes de votar o Projeto. Então, me parece tão evidente, tão elementar, que eu
penso, inclusive, que o assunto dispensaria encaminhamento. Como é pode fazer
uma audiência pública depois de o projeto já estar votado? Serve para quê? Para
enganar a população? Para dizer que tem democracia? Vai-se abrir a tribuna para
os municipários, e nem sequer vai se discutir o Projeto, nem sequer vai se
discutir a possibilidade de melhorá-lo, de retirá-lo, enfim, nem sequer os
usuários o SUS, porque nós também não queríamos que fosse um monólogo entre as
nossas posições, cada Bancada partidária tem as sua. Mas que fosse um diálogo
com a Cidade, que viessem os usuários que estão na fila esperando para serem
atendidos nas especialidades, esperando as cirurgias no SUS; que viessem
aqueles que chegam no Postão às oito da manhã e são atendidos à meia-noite,
porque faltam médicos para atender a população, e é necessário haver concurso
público para valorizar os servidores da Saúde.
Agora, eu
não consigo entender como colocar dois assuntos tão diferentes no mesmo saco.
Ver. João Antonio Dib - nós dialogamos muito no momento da greve -, são dois projetos
absolutamente diferentes. Um, que nós votamos aceleradamente, repunha a metade
do que é direito dos trabalhadores municipais, que é compensar dois dias da
greve e não ter suas gratificações, enfim, a progressão funcional atingida. Eu
diria que era um projeto que, evidentemente, deveria ter sido aprovado na
Câmara, mas digo mais: o problema é o contrário, o Governo não tinha que ter
cortado o ponto de funcionário quando faz greve, porque esse é um direito
legítimo, constitucional, garantido pela luta do povo brasileiro, de milhares
de homens e mulheres que lutaram no nosso País para derrotar a ditadura
militar, para ter direito a sindicato, para ter direito a fazer greve, para
poder ter movimento estudantil. Esse é um Projeto e já foi aprovado pela Câmara.
Este é outro Projeto (Mostra Projeto.), que coloca uma questão que é crucial
para todos que defendem a Saúde pública, que é a lógica da meritocracia, que é
um ataque à concepção pública dos serviços de Saúde. É uma discussão que, de
fato, não é nova. Por isso eu digo da necessidade de nós fortalecermos, Ver.
Pedro Ruas, a luta social em defesa do Sistema Único de Saúde, que foi uma
conquista do povo brasileiro que tomou as ruas na década de 1980, que
conquistou um Sistema Único de Saúde que tem sido, via de regra, desmontado
pelos sucessivos governos que cortam verba da Saúde pública e que criam as
fundações de direito privado para tentar privatizar a Saúde, que fazem
terceirização para burlar a questão da Saúde pública, que fazem convênio com
entes privados e que vão, aos poucos, minando a lógica da Saúde pública e
comprometendo a qualidade do serviço para a população! Esse é o debate. Nós
queremos, sim, reafirmar a nossa posição em defesa da Saúde pública, mas
reafirmar, neste momento, a nossa posição em defesa da democracia. Não tem
sentido a Câmara se achar acima da população de Porto Alegre, não tem sentido
não podermos garantir este microfone para que a população venha falar do seu
entendimento sobre esse Projeto, os favoráveis e os contrários, mas que venham,
e que agente aprenda que democracia é um preceito que tem que ser respeitado,
que tem que ser aprofundado. As revoluções no mundo árabe, os jovens espanhóis,
chilenos, gregos, que tomam as ruas, as tomam por democracia real. Eu espero
que essa luta por democracia real chegue ao Brasil. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Dr. Thiago Duarte,
o Requerimento, de autoria do Ver. Pedro Ruas, de adiamento da discussão do PLE
nº 032/11 por cinco Sessões. (Pausa.) (Durante a votação e diante das
manifestações nas galerias.) Colegas municipários, vamos manter o respeito aos
Vereadores, isso é importante. A manifestação dos Vereadores é soberana; nós
podemos repudiá-la, mas vamos manter o respeito. (Após a apuração nominal.) REJEITADO
por 08 votos SIM e 16 votos NÃO.
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, por solicitação do Ver. Mauro Pinheiro,
o Requerimento de autoria do Ver. João Antonio Dib, que solicita dispensa do
envio das Emendas nºs 02, 03, 04, 05, 06 e 07 às Comissões, para Parecer.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) São 17 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO. Não temos quórum para
deliberar.
(Manifestação
fora do microfone. Inaudível.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Com o Ver. Elias Vidal, 18 votos. Ainda assim, não temos
quórum. Encerrada a Ordem do Dia.
O SR. NILO SANTOS: Srª
Presidente, o Ver. Idenir Cecchim está aqui, e o painel não registrou a
presença dele lá. Falha no painel. O Vereador está presente, há quórum, sim.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim votou em tempo e não apareceu no
painel, de fato.
O SR. MAURO PINHEIRO: Só
vota quem está no plenário, Presidente. Quem não estava no plenário está
ausente.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vou esclarecer aos municipários: desculpem, eu proclamei,
mas achei que tinha entrado o voto do Ver. Idenir Cecchim. A Márcia estava
aguardando e não tinha entendido que o voto era SIM; entraram os votos SIM dos
Vereadores Idenir Cecchim e Elias Vidal, fechando 18 Vereadores, e com esta
Vereadora, 19. Segue a Ordem do Dia.
Em
discussão o....
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Prezados municipários, vou pedir... Joel, por favor...
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): ... Joel, por favor...
Seguranças, por favor, afastem
os Vereadores dos municipários. Nesta Casa, tudo se resolve com democracia,
resolvemos tudo no voto. Solicito que os municipários mantenham uma postura
democrática aqui dentro.
Solicito
que os Srs. Vereadores se aproximem da Mesa. (Pausa.) Obrigada aos Srs.
Líderes, Vereadores. Municipários, nós verificamos, nós tínhamos exatamente 19,
quero a compreensão de vocês para nós não sairmos do que é o pacto da
democracia, está bem?
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): E eu gostaria de solicitar que vocês sentassem, para a gente
acalmar os ânimos. Nós vamos resolver no voto, está bem? (Pausa.) Obrigada,
pessoal.
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Peço às lideranças, ao Simpa... Vocês podem se manifestar,
mas vamos nos manifestar no limite do que é o pacto democrático.
Em
discussão o PLE nº 032/11. (Pausa.) O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para
discutir o PLE nº 032/11.
O SR. PEDRO RUAS: Presidente
Sofia Cavedon; Vereadoras, Vereadores; público que nos assiste, eu aproveito
este momento da discussão do Projeto, primeiro, por óbvio, para registrar que o
Projeto pode até ter seus méritos, não é o que penso, mas pode ter, apenas eu
acho que a votação se dá em momento inadequado. Nós tínhamos que ter a
Audiência Pública que está marcada para o dia 28, e só então chegarmos à
votação do Projeto.
Eu me
sinto até constrangido de fazer a análise do mérito, eu acho que não tem
mérito. Do ponto de vista de ser bom ou mau é ruim, é ruim o Projeto, é muito
ruim, mas eu respeito quem não pensa como eu. Por isso a audiência pública, em
que até mesmo eu talvez pudesse convencer alguém que pensasse diferente, ou
então ser convencido por alguém de quem eu divirja neste momento. Agora, que é
inadequado votar antes da audiência pública, isso é absolutamente
inquestionável.
Quero
registrar que a Presidente é das melhores Presidentes, entre homens e mulheres,
que tivemos no Legislativo; é a minha opinião, é a opinião do PSOL, da Verª
Fernanda Melchionna, mas dizer à Presidente que eu me inconformo com esse final
da última votação, Verª Fernanda, me inconformo! E registro essa
inconformidade, porque, no momento em que houve o fechamento formal do painel,
não havia o registro do voto do Ver. Cecchim, é verdade, e o Ver. Cecchim
estava aqui, eu o vi; não havia o voto do Ver. Elias Vidal, e eu não vi o Ver.
Elias Vidal! Eu não vi, eu não vi.
(Aparte
antirregimental do Ver. Nilo Santos.)
O SR. PEDRO RUAS:
Não! Ver. Nilo, não estou dizendo que ele não estava; eu estou dizendo quem eu
vi, e eu não vi o Ver. Elias Vidal, como não vi o Ver. Luiz Braz. Então, eu vi
o Ver. Cecchim no tempo da votação, não vi o Ver. Elias Vidal, não vi o Ver.
Luiz Braz. Houve o fechamento do painel com 17 votos: 16 SIM e uma abstenção do
Ver. Professor Garcia. Se contar o voto da Presidente para dar quórum, o que
está correto, teríamos, então, 18 Vereadores.
O Sr. Luiz Braz: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Faço um breve aparte apenas
para dizer que o meu voto não foi registrado, Vereador. Então, V. Exª, quando
fala no meu nome, como o meu nome não foi registrado, o meu voto não entrava na
contagem para o quórum naquele momento.
O SR. PEDRO RUAS: Eu
lhe agradeço o esclarecimento, mas eu já sabia que não estava registrado. Vossa
Excelência tentou registrar o voto, tentou, mas não conseguiu, está certo,
perfeito, não há questionamento sobre isso. Mas eu não vi o Ver. Elias Vidal e
não vi V. Exª, não vi! Fechada a votação, Ver. João Dib, com 17 votos, mais o
voto da Presidente, 18 votos. É anunciado o resultado. Ora, não teríamos
quórum!
Eu
registro novamente, Presidente, o trabalho de V. Exª é inquestionável não só
para este mandato, mas na comparação com todos os mandatos de Presidente. A
minha inconformidade não é com V. Exª, é com a maneira como foi conduzido o
processo, de forma que eu não entendi. E mais: não me conformo com o resultado.
Do meu ponto de vista, houve o fechamento do painel com 17 votos! Portanto, não
haveria quórum; e, portanto, não haveria possibilidade de seguir a votação.
Aquele momento foi assim anunciado pela Presidência. Então, esta posição, eu
faço questão absoluta de registrar, vou continuar no plenário, vou votar até o
final, vou fazer como sempre faço, como vários Vereadores aqui - aliás, a
grande maioria faz -, ficar até o último minuto da Sessão. Agora, eu não
poderia deixar passar - até por coerência comigo próprio, para não me sentir
mal - que não entendi o resultado da votação, porque o que foi anunciado, me
parece, era o que estava coerente com a realidade.
O Sr. Luciano Marcantônio: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Dr.
Pedro Ruas, que eu respeito muito: uma questão de justiça com o Ver. Elias
Vidal. A Presidente da Câmara e o Diretor Legislativo, o Luiz Afonso,
confirmaram que ele estava presente. Então, a Presidente e o Diretor
Legislativo confirmaram a presença do Ver. Elias Vidal.
O SR. PEDRO RUAS: Eu
agradeço a V. Exª o aparte, mas eu reitero o que eu disse, Ver. Luciano
Marcantônio, que eu sei que está falando a verdade. Eu não vi e eu estava
olhando todo o Plenário. E estes votos foram polêmicos ao final. E se V. Exª
tem razão, e a Verª Sofia e o Diretor Legislativo viram, não anunciaram que
viram. Quando fecharam o painel, anunciaram 17 votos, e havia 17 votos: 16
votos SIM e Abstenção do Ver. Garcia. Não havia mais nenhum. Portanto, naquele
momento, o fechamento do painel se deu de acordo com a realidade do Plenário. É
a minha posição. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o
PLE nº 032/11.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras;
Lideranças do Governo e todos os que nos acompanham nesta tarde de
segunda-feira, a questão da Saúde tem muito que andar. Nós precisaremos, em
breve, fazer grandes mobilizações pela aprovação da Emenda nº 29, porque, sem a
sua aprovação, nós não teremos recursos necessários para fazer uma Saúde de
qualidade. Mas nós também precisamos dos investimentos e de uma melhoria na
gestão da Saúde nos Municípios. Estamos falando, aqui, de Porto Alegre, onde me
preocupa a situação, Ver. Pedro Ruas, porque nós temos uma tradição, uma
história, um acordo instituído sobre uma prática que regulava os horários e os
serviços de Saúde, sobre o trabalho dos servidores em Saúde em Porto Alegre.
Isso está sendo desfeito com o pretexto da implantação do ponto eletrônico, o
que eu defendo. Tem que ter ponto eletrônico e tem que ter para todos,
inclusive. Tem que ter para todos! Tem que ter o cumprimento de horário; tem
que ter produtividade, porque eu sei que a grande maioria das pessoas, dos
funcionários, cumpre horário, faz o seu dever, tem produtividade e não faz
tapeação, nem esperteza, nem malandragem. A grande maioria trabalha assim. Eu
conheço alguns, porque são do meu posto de saúde, não é, Ana Rita? A Ana Rita é
que me atende no meu posto. (Manifestação nas galerias. Inaudível.) O senhor
também deve ter um; talvez o senhor não saiba, mas o senhor tem um também. O
senhor descubra qual é o seu e faça uma visita para ver se está tudo bem, Ver.
Brasinha.
Agora,
preocupa-me este Projeto, Ver. Airto Ferronato, porque nós, se não tivermos uma
pactuação de vontades e de coerências, não vamos ter o melhor para a Saúde de
Porto Alegre. E nós precisamos de todos. O médico é importante, mas é
importante o enfermeiro, o psicólogo, o auxiliar, o técnico, o agente, o
dentista, todo o mundo é muito importante - todos os demais profissionais, e
perdoem-me os que eu não citei aqui, porque eu sei que há vários e são todos
muito importantes.
Então, eu
penso que nós precisaríamos, sim, da audiência pública para fazermos uma
concertação, para fazermos um ajuste nessas coisas que não estão bem
assentadas.
Então, é
nesse sentido que eu venho fazer a minha manifestação, porque aqui, por
tradição, quem conduziu as coisas até aqui, até hoje, foram esses servidores,
são esses profissionais que aí estão. E aqui está falando alguém que sempre se
faz presente nas reuniões do Conselho Municipal de Saúde, que é preocupado com
a Saúde, que vai pressionar o Governo Federal, que vai pressionar o Governo
Estadual, para que aumentem o aporte de recursos para a Saúde, porque entendo
que é impossível dar uma solução para a Saúde se não houver um comprometimento
maior, medidas e atitudes por parte dos demais Poderes, governos federal e
estadual. Sei que o Município aporta mais do que 15%; a maior parte dos
Municípios do Brasil, se não a totalidade, aporta mais do que 15%, que é a sua
obrigação constitucional. Nós precisamos de uma serenidade e de um compromisso
mútuo para fazer com que os SUS, a população e os trabalhadores do SUS possam
dar o melhor de si para a melhor Saúde pública do Brasil. Muito obrigado.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir
o PLE nº 032/11.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores,
Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, de modo
especial os trabalhadores da área da Saúde, o Governo Municipal, do Governo
Fogaça ao José Fortunati, tem mandado para esta Casa Projetos muito
importantes. Vejam só, criaram, se eu não me engano, sete Secretarias, uma
infinidade de CCs, inúmeras vantagens para as Secretarias, que, na verdade,
fizeram um movimento próprio e acabaram vindo aqui defender aquele percentual
de gratificação, ao contrário do que houve com a Saúde, quando não houve
discussão. Então, não é estranho perceber que, para os trabalhadores da Saúde,
houve uma diferenciação no tratamento para discutir essas vantagens. Eu queria
falar sobre algumas que tratam do Projeto de Lei, para que os trabalhadores
entendam. Por exemplo, quem vai formalizar o Plano de Metas, Ver. Todeschini?
Segundo o Projeto de Lei, é a SMS, a Secretaria Municipal de Saúde; não tem a
participação dos sindicatos ou uma comissão paritária. O documento anexado ao
Projeto de Lei é que fala de comissão paritária. Vamos subentender, então, que
o Governo, ao discutir as metas para vocês, vai chamar uma comissão paritária.
Vamos acreditar, se não está no Projeto? Primeira questão. A segunda questão é que,
para atingir as metas que serão estabelecidas, se tu não atingires 70% das
metas, tu ganharás 30% do valor da gratificação; para atingires 100% da
gratificação, é necessário atingir 90% das metas. De algumas das emendas
apresentadas, para vocês verem a importância disso, uma determina que os
trabalhadores tenham participação na comissão de elaboração das metas; a outra
emenda prevê que em até 50% das metas alcançadas, os trabalhadores devem ganhar
50%; a partir de 50%, os trabalhadores deverão ganhar conforme o percentual
alcançado nas metas! Se alcançarem 60%, é 60%; se alcançarem 70%, é 70%, se
alcançarem 80%, é 80%, e ao atingirem 90%, ganham 100%, como diz o Projeto.
Então, há
algumas distorções, e, às vezes, aqueles que não acompanham acham que as emendas
não têm valor. Eu estou dando duas que têm um enorme valor: a participação dos
trabalhadores em uma comissão para discutir um plano de metas, porque essa
comissão é que vai dizer que quer, sim, um percentual mais significativo no
percentual da meta alcançada. Ao não alcançarem 70% das metas, vocês vão ganhar
somente 30% da gratificação, aí o recurso se torna insignificante. Então, é
isto que estamos discutindo, um projeto para o qual é fundamental a discussão
dos trabalhadores. Todos querem participar com sugestões, e acho natural ouvir
os cidadãos e cidadãs que querem colaborar.
Nós
poderíamos dizer que as outras emendas trabalham com a ideia de incluir todos
os trabalhadores; por exemplo, o futuro IMESF não está aqui, ele também tem
metas a serem alcançadas, e sabem quanto eles vão ganhar? Vão ganhar 10%,
porque o Projeto de Lei aprovado há pouco tempo determina que, alcançando as
metas estabelecidas, eles ganharão apenas 10%.
Então, eu
me coloco aqui em uma situação de enorme dificuldade, porque sou enorme
defensor da gratificação, do incentivo, da valorização dos trabalhadores, mas
infelizmente o Projeto não é completo, ele deixa uma série de lacunas e não
contempla a vontade do universo dos trabalhadores, até porque, se observarmos,
a área administrativa ganhará 100% das metas, e os demais trabalhadores da área
técnica, conforme diz o Projeto, ganharão 50% das metas. A área administrativa
tem maior poder de barganha, e a área técnica, que trabalha com o paciente, que
faz tudo acontecer, ganhará menos. Infelizmente, este é um Projeto que não tem
muito valor.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE ( Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir o PLE
nº 032/11.
A SRA. MARIA CELESTE:
Srª Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; municipários que
estão conosco nesta tarde; Secretário, que acompanha a votação, eu quero aqui
dizer que lamento profundamente a estratégia usada pelo Governo, nesta semana,
para votar, no afogadilho, um projeto tão importante para a categoria dos
trabalhadores da Saúde. Lamento mais: depois de toda uma discussão, durante uma
tarde, na semana passada, em que se aceitou a proposta de audiência pública,
simplesmente o Governo não quer mais audiência pública, não quer ouvir os
trabalhadores, não quer ouvir a sociedade de Porto Alegre num espaço
legitimamente reconhecido e construído pela Câmara de Vereadores, através de
uma intervenção sobre um Projeto tão importante para os municipários.
Cheguei a
ouvir intervenções como: “Não é possível” ou “Não é preciso uma audiência
pública, porque este Projeto não é tão relevante”; “Não é possível e não é
preciso que se abra um debate para uma manipulação política do desgaste do
Governo!” Por que temer, se o Projeto está correto, se é bom? Qual é o medo do Governo
em discutir abertamente com a sociedade um projeto que é trazido a esta Casa no
afogadilho? Qual é o temor? O temor é que há dois pesos e duas medidas.
Aprovamos
aqui - e tenho falado isso há muito tempo -, para a categoria dos médicos, a
questão das 20 horas, sem nenhuma perda nos seus salários. Sem nada! Agora,
para os trabalhadores da Saúde, especialmente para os enfermeiros, é diferente.
Tem a redução da hora trabalhada e também a redução dos salários já
reconhecidos e garantidos como um direito histórico, ao longo desses oito, dez
anos, quando houve essa negociação com a categoria. Por que dois pesos e duas
medidas?
Eu
lamento profundamente o medo da discussão, o medo de ouvir, da categoria, que
não quer a gratificação da forma como está sendo colocada; o medo de ouvir, dos
trabalhadores, sobre a necessidade que se tem de fazer um plano de carreira
para os municipários, especialmente para os trabalhadores da Saúde; o medo de
enfrentar essa questão no Município de Porto Alegre. (Palmas.)
Eu lamento
profundamente o jogo da divisão entre os municipários, lamento profundamente a
forma como o Governo, a Secretaria da Saúde, joga entre os municipários, para
que haja uma divisão, para que haja confronto, e não é isso o que nós queremos;
nós queremos o direito à discussão, nós queremos o direito de examinar este
Projeto, diuturnamente, de ouvir o Simpa, de ouvir o Secretário, de ouvir a
população sobre este Projeto. É desse direito que nós estamos falando, neste
momento, e que lamentavelmente está sendo negado de forma vergonhosa pelos
Vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre. (Palmas.)
Lamentavelmente,
depois de uma bela construção possibilitada pela Câmara, que trabalhou, fez a
interlocução, a mediação da possibilidade da saída da greve, hoje nós vemos
essa questão sendo deixada de lado. Lamento profundamente o acirramento da
discussão e da vontade de ter um vencedor e alguém que perde. Nós não queremos
construir isso; nós queremos que os trabalhadores da Saúde no Município de
Porto Alegre sejam representados e sejam respeitados pelo Governo Municipal, e
o respeito não apenas aos que estão aqui, não apenas àqueles que dirigem o
Sindicato, mas sobretudo a todos os valorosos trabalhadores da área da Saúde do
Município de Porto Alegre.
Portanto,
não queremos votar este Projeto hoje e vamos ficar aqui o tempo necessário e
possível, e já aviso, com todo o respeito, o Líder do Governo, por quem eu
tenho o maior carinho, o maior apreço, Ver. João Antonio Dib: o que nós
pudermos fazer para retardar a Sessão e prorrogar a votação desse Projeto, nós
o faremos! Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir
o PLE nº 032/11.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas municipários e
municipárias, venho de novo a esta tribuna, porque, de fato, não há como não
lamentar tudo o que estamos vendo na tarde de hoje; tudo o que nós temos visto,
nos últimos dias, em relação à Saúde Municipal, em relação às formas
lamentáveis, antigas, das elites econômicas e financeiras do nosso País, de
tentar dividir a categoria, de tentar dividir a luta dos municipários, de
fragmentar para tentar tornar a luta mais frágil. Foi assim quando o Governo,
depois de uma greve longa dos trabalhadores, para garantir salário, mandou um
projeto que reduzia a carga horária e aumentava o salário dos médicos. Nós,
evidentemente, defendemos, Ver. Dr. Raul, dignidade para o trabalho; nós
defendemos a valorização do servidor público; nós defendemos salários
compatíveis com o trabalho de quem está na ponta atendendo as pessoas nas
piores dificuldades de Saúde pública, ou melhor, de doença pública, porque a
ausência de uma saúde preventiva, da valorização das Unidades Básicas de Saúde,
de um Programa de Saúde da Família que atenda 100% da população de Porto Alegre
lota as emergências, dificulta o atendimento da população e o trabalho dos
servidores.
Nós vimos
na verdade, uma grande balela: veio o Projeto, Xavier, e veio a promessa do
Governo de que faria um projeto também para reduzir a carga horária dos
enfermeiros, também dos técnicos, também dos trabalhadores da Saúde como um
todo, porque não existe saúde só com um profissional, não existe equipe de
Saúde que só tenha um médico. Se não tiver o técnico, o nutricionista, o
psicólogo, o assistente social, o administrador, não há Saúde pública! E, na
verdade, não era nada demais, era a regulamentação da conquista da jornada de
30 horas, que é uma conquista que foi realizada há 27 anos no Município, que é
parte das conquistas da greve de 2003, que é orientada pela Organização Mundial
de Saúde, pelo Conselho Estadual de Saúde, pelo Conselho Municipal de Saúde, e
que o Governo ataca assim como não cumpre a sua palavra com relação ao Plano de
Carreira. Parece-me mesmo que nós estamos vendo tristes momentos da história da
Câmara Municipal. Mais uma vez, nós estamos vendo o medo da democracia. Quem
tem medo de audiência pública? Quem tem medo de ouvir os servidores na tribuna
da Câmara Municipal? Quem tem medo da percepção do usuário da Saúde? Quem tem
medo de fazer o debate com a sociedade de Porto Alegre? Quem tem medo dos
debates nos jornais? Quem tem medo de debates televisivos em que haja polêmica?
Porque não há nada mais que impeça o Projeto de ser votado no dia 29 de
setembro, a não ser o medo do Governo.
Eu
sou contrária a este Projeto, eu sou contra a lógica da meritocracia no serviço
público, eu não aceito esse corolário neoliberal vociferado como uma ladainha
enfadonha pelos governos de plantão que sempre pensam como atacar o serviço
público e o servidor público! Sempre pensam como fazer isso! Tiram o direito à
previdência, atacam conquistas da Saúde, privatizam a Saúde pública... Eu quero
dizer que eu sou contra o Projeto, mas o Projeto do Governo prevê a
implementação em 2012. Então, qual é o problema de votar em outubro? Qual é o
problema de fazer audiência pública, para o Governo, antes de votar o Projeto?
Qual é o problema em exercer a democracia? Qual é o problema de a Câmara
perceber que não está acima da sociedade? Todo o mundo chega aqui pelo voto
popular, é verdade, mas todo o mundo tem o direito de aprofundar a democracia,
porque não há solução no Brasil se a população não tomar conta da política e da
economia, se não tiver possibilidade de revogar mandato, se a população não
decidir sobre orçamento, se não houver audiência pública, se não houver medidas
que, de fato, façam com que a democracia, que é vendida como democracia para
nós, deixe de ser aparência e se transforme em essência. Porque não é à toa
que, quando é para discutir direitos, essa Câmara demora! Nós votamos,
Vereador, depois de quatro anos, um Projeto que instituiu o Sistema Municipal
de Unidades de Conservação, que é importante para a natureza do Município, que
é importante para garantir o mínimo de equilíbrio entre homem e natureza -
quatro anos! E, ao mesmo tempo, para discutir o Pontal do Estaleiro, para
discutir orçamento, para discutir ataque ao direito dos servidores, são
semanas! Como é que eu posso acreditar que isso é democracia? Como é que alguém
vai me convencer de que aqui se exerce democracia? Como é que alguém vai dizer,
independentemente da opinião sobre o Projeto, que uma Câmara se recusa a fazer
uma audiência pública, se recusa a ouvir os trabalhadores municipais, se recusa
a trazer os usuários da Saúde aqui para dentro para discutir a situação da
Saúde e os verdadeiros problemas da Saúde, que, via de regra, o sistema de
metas imposto pela Prefeitura neste Projeto meritocrático não vê? Ele apenas
julga o trabalhador que está na ponta. Como é fácil o discurso desses governos:
a culpa do sistema público é o servidor, mas nunca é o Governo, que investe em
CC, que investe em publicidade, que investe em terceirização e não investe na
qualidade do serviço público!
Acho
fundamental que se faça uma profunda reflexão sobre que tipo de democracia se
está fazendo. Fico muito feliz em ver que o movimento social brasileiro começa
a se levantar. No dia 7 de setembro, houve a Marcha dos Indignados contra a
corrupção, com 30 mil pessoas em Brasília; com gente em Recife; com duas mil
pessoas em Porto Alegre. Estamos começando a chegar ao que acontece em outras
partes do mundo, porque não há autoritarismo que dure para sempre, não há
ditadura que dure para sempre! Em 18 dias, derrotaram um ditador no Egito; em
quantos dias a gente vai conquistar a democracia em Porto Alegre? (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para discutir o PLE
n° 032/11.
O SR. MAURO PINHEIRO: Verª
Sofia, nossa Presidente; demais Vereadores, Vereadoras; público que nos assiste
pelo Canal 16; público das galerias; profissionais da Saúde, Ver. João Antonio
Dib, Líder do Governo, eu até trouxe para a tribuna a Lei Orgânica do Município
e fico entristecido, porque, nesta Casa - como muito bem falou a Fernanda, Ver.
Tessaro -, a gente fala muito em democracia, luta tanto pela democracia. Nós
tivemos uma greve que foi vencida com um acordo, e, agora, há um Projeto de Lei
que ninguém conseguiu entender, porque os próprios profissionais que receberiam
o aumento não estão satisfeitos. O Governo não discute, o Sindicato dos
trabalhadores pede uma audiência pública, o que está previsto aqui na Lei
Orgânica, que quero ler e até tem um título muito bonito, fato que não vai ser
cumprido. Isso nos deixa muito entristecidos.
Gostaria
de ler a Sessão IV, Do Direito de Informação, Ver. João Antonio Dib, art. 103
(Lê.): “As entidades de âmbito municipal, ou, se não o forem, com mais de três
mil associados, poderão requerer a realização de audiência pública para
esclarecimentos sobre projetos, obras e outras matérias relativas à
Administração e ao Legislativo Municipais. § 1º - Fica o Poder Executivo ou
Poder Legislativo, conforme o caso, obrigado a realizar audiência pública no
prazo de trinta dias a contar da data de entrega do Requerimento. § 2º - A
documentação relativa ao assunto da audiência ficará à disposição das entidades
e movimentos da sociedade civil a contar de dez dias da data do pedido até o
momento da realização da audiência”.
Pois bem,
Ver. João Antonio Dib, há um Projeto de Lei, é clara a Lei Orgânica, as
entidades aqui se pronunciaram e pediram uma audiência pública. A audiência
pública foi marcada, Ver. Haroldo de Souza, dia 28 de setembro. Verª Fernanda
Melchionna, se existe uma audiência pública, por que o atropelo de se votar o
Projeto sem a discussão necessária com os interessados que estão pedindo uma
audiência pública para discutir a matéria? (Palmas.) Ver. João Antonio Dib,
faço um apelo a Vossa Excelência: vamos discutir a matéria, vamos estudar a
matéria! Tenho certeza de que a grande maioria dos Vereadores nem conseguiu ler
todo o Projeto, nem debateu. Vereadores, a nossa Bancada não conseguiu debater
esse Projeto na nossa reunião de Bancada. Nós não discutimos, Ver. Mauro
Zacher, este Projeto! Nós estávamos ali, hoje, sentados ao lado do Sindicato,
discutindo e lendo o Projeto que está hoje para ser votado, Ver. João Antonio
Dib. Por que o atropelo, quando os próprios funcionários, quando os agentes de
saúde, quando os profissionais da Saúde, o sindicato da Saúde está aqui
pedindo, Ver. João Antonio Dib? Vamos discutir o Projeto, Ver. Haroldo de
Souza! Por que não discutir?
Ver. João
Antonio Dib, faço um apelo a Vossa Excelência: vamos discutir a matéria, vamos
discutir o Projeto! Por que o atropelo, se os próprios interessados estão
pedindo? Vamos discutir, vamos conhecer a matéria, vamos ver as emendas, se são
boas ou ruins. Por que não discutir a matéria?
Prefeito
José Fortunati, escute este Vereador, Vereador de oposição, mas que quer o bem
desta Cidade, quer o bem dos profissionais da Saúde. Vamos discutir a matéria!
Vamos ter calma! Nós temos uma Lei Orgânica, Ver. João Antonio Dib, o senhor,
que a conhece bem; vamos cumprir o art. 103, § 1º e § 2º. Vamos fazer audiência
pública, sim! Vamos convidar a comunidade, os profissionais dos postos de
saúde, da Administração, o Sindicato... Vamos ouvir a população e tomar a
decisão que for melhor para a sociedade e para os profissionais da Saúde. Por
que o atropelo de votarmos um Projeto às pressas, Ver. João Antonio Dib? Vamos
discutir a matéria! Vamos cumprir o Regimento e a Lei Orgânica! Está aqui um
pedido da categoria. (Mostra documento.) Vamos ouvir a categoria! A categoria
pede discussão, pede que os Vereadores estudem a matéria, discutam nas suas
Bancadas!
O Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Mauro Pinheiro, eu
devo dizer a V. Exª que eu não tenho nada contra audiência pública, apesar de
que V. Exª fala no Regimento e na Lei Orgânica, mas não foi cumprida a Lei
Orgânica, e eu já mostrei isso hoje, de manhã, na Reunião de Mesa, às 13h30min.
Não foi cumprida - mas tudo bem, eu não me incomodo. Acho até que deveria
haver, no dia 29, uma audiência dos servidores da Saúde com o Executivo. Isso,
sim, eu acho que seria o ideal, mas não uma audiência pública. Audiência
pública pressupõe que venha o público, não só os servidores e os Vereadores.
(Palmas.)
O SR. MAURO PINHEIRO: Mas
então é isso, Ver. João Dib! Vamos marcar essa audiência e vamos convidar os
servidores. Vamos lá no posto do Rubem Berta, Paulinho; vamos ao posto do Belém
Novo; vamos à Restinga, vamos trazer os funcionários e vamos discutir o que os
funcionários querem. É só isso que eles estão pedindo, Ver. João Antonio Dib.
Para
concluir, Verª Sofia Cavedon, quero protocolar o Requerimento da minha Bancada,
do Partido dos Trabalhadores, solicitando que seja adiada a votação por cinco
Sessão, Ver. João Antonio Dib, para dar tempo ao Governo, discutir a matéria,
fazer audiência pública e fazer aquilo que os funcionários, o sindicato e a
população estão pedindo.
A Srª Maria Celeste: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Rapidamente, Ver. Mauro
Pinheiro, só quero esclarecer para o Ver. João Antonio Dib que está correto o
pedido de audiência do Sindicato com as assinaturas dos Diretores do Sindicato.
Está correto - mais uma vez nós vamos reafirmar isso. Obrigada. (Palmas.)
O SR. MAURO PINHEIRO: Concluindo,
Verª Sofia, apelo ao Prefeito Fortunati, Ver. João Antonio Dib, Líder do
Governo: audiência pública já! Audiência pública, sim!
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não havendo mais inscritos, está encerrada a discussão. Em
votação o Requerimento para adiamento da votação do PLE nº 032/11 por cinco
Sessões. (Pausa.)
A Verª
Maria Celeste está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de
adiamento da votação do PLE nº 032/11 por cinco Sessões.
A SRA. MARIA CELESTE: Srª
Presidenta; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; municipários que estão
conosco aqui, nós colocamos, no início da Sessão, que tínhamos uma disposição
de ficar, permanecer e buscar todas as estratégias possíveis para que a gente
não fizesse a votação desse Projeto antes da audiência pública, e é essa
disposição que estamos tendo, e vamos encaminhar todos os elementos,
Requerimentos, possibilidades e instrumentos regimentais possíveis para que a
gente leve mais adiante a Sessão, porque nós não queremos votar este Projeto,
no dia de hoje, sem ouvir a categoria, sem ouvir a população, sem ouvir os
trabalhadores da Saúde sobre esse tema, e é dessa forma que nós estamos
trabalhando.
Legitimamente,
foi encaminhado, e eu quero reafirmar, o pedido de audiência pública pelo
Sindicato dos Municipários, e nós não podemos, no meu ponto de vista, como
Vereadora da Cidade de Porto Alegre, não levar em consideração a discussão
necessária sobre esse Projeto. Vivemos numa democracia, e Porto Alegre,
referência para o mundo da democracia participativa, rasga os elementos de
possibilidade de discussão sobre um Projeto importante que envolve uma
categoria! É exatamente isso o que estamos fazendo. No afogadilho, na
ligeireza, o Governo coloca um projeto dessa dimensão, que chegou a esta Casa
em 21 de agosto, e hoje já querem votar este Projeto em detrimento de todos os
argumentos com os quais nós buscamos colaborar, buscamos trabalhar. Quando nós
acolhemos a proposta da audiência pública dos municipários, nós estávamos
sinalizando para o Governo - Ver. João Antonio Dib, eu disse isso para o senhor
na quarta-feira passada - que queríamos ouvir os municipários para, depois,
irmos à votação desse Projeto. Isso não está sendo feito, não é o desejo do
Governo; portanto, estamos aqui e ficaremos madrugada adentro, se for possível,
para que possamos, então, discutir, prorrogar, ou não votar, que é o nosso
desejo, essa matéria tão importante para os municipários.
Portanto,
a disposição é essa, vamos encaminhar os Requerimentos, vamos trabalhar, se for
necessário, durante a madrugada, para que não haja a votação desse Projeto.
Mais do que ser contra um Projeto, nós estamos sendo contra um direito de
expressão de uma categoria que não quer esse Projeto na cidade de Porto Alegre.
Nós estamos tolhendo o direito dos municipários de serem ouvidos e de serem
levadas em consideração as suas questões sobre esse Projeto, e com isso não
podemos concordar. Portanto, vamos ficar aqui, Ver. João Antonio Dib, o tempo
que for necessário. Sabemos que seremos derrotados, nós somos minoria, a
oposição, nesta Casa, é minoria, mas nós tentamos construir uma saída e nem
sequer fomos ouvidos pela situação e respeitados nessa saída, porque, quando se
propõe uma audiência pública, o mínimo que esta Câmara Municipal poderia fazer
seria garantir o direito à fala, à informação e à discussão de um Projeto tão
importante quanto esse. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação
do Requerimento de adiamento da votação do PLE nº 032/11, por cinco Sessões.
O SR. PEDRO RUAS: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Vereadoras, Vereadores; público que nos
assiste, o Requerimento que o PT apresenta, Ver. Mauro Pinheiro, é uma reprodução
do que o PSOL apresentou, e tenho muito orgulho pelo fato de o PT ter
apresentado esse Requerimento dentro daquilo que V. Exª e a Verª Maria Celeste
colocaram de forma absolutamente correta. Não é apenas um direito que temos de
ver, efetivamente, esgotada toda a possibilidade de debate sobre o presente
Projeto; é uma verdadeira obrigação! Mais do que um direito, é uma obrigação,
por quê? Porque nós temos a convicção de que a votação é precipitada. Temos
absoluta certeza de que essa votação não se legitima, do ponto de vista do
debate público, sem a audiência pública. Então, não podemos abrir mão de
qualquer instrumento que nos possibilite este debate, já que, Presidente Sofia
Cavedon, neste exato momento, nós temos uma situação que fere qualquer lógica e
sentido de bom senso: uma votação que vai acontecer, necessariamente, talvez,
sem que a audiência pública, ou seja, a oitiva da sociedade aconteça. Eu falava
com a Vereadora do PSOL, Fernanda Melchionna. Ela queria buscar, convidar os
usuários do serviço público de saúde nas filas dos postos para estarem aqui no
dia 28. Era e é a nossa intenção para um amplo debate que, de fato, passe
também pela discussão do presente Projeto, mas que atinja outros tantos pontos
que hoje são necessários, precisam de esclarecimento e que deveriam fazer parte
de um conjunto de medidas, incluindo o atual Projeto, talvez.
Sem a
audiência pública, o Projeto fica capenga, sem justificativa e perde a sua
legitimidade. Por outro lado, a audiência pública se esvazia, vira um deboche
da população que vai comparecer, que vai vir aqui, em cima de um Projeto já
votado, já decidido. Que sentido temos então de uma audiência pública nessas
condições? E pior: qual significado de uma votação que impede que a audiência
pública tenha sentido, tenha significado? O Projeto de hoje, sendo votado
agora, esvazia, de forma definitiva, a audiência pública.
Por isso,
nós queremos, sim, esse adiamento. Afinal é um adiamento que não é definitivo,
é um adiamento por cinco Sessões, que é o limite legal e regimental. Estamos
tratando do limite que, portanto, não cabe qualquer prorrogação. Parece-me
muito simples, fácil, lógico, correto, aceitarmos agora esse Requerimento que
faz o Partido dos Trabalhadores, na linha do que já fez o PSOL, do que mais
tarde, na própria audiência pública, termos que justificar o injustificável, ou
seja, uma audiência pública que terá o seu conteúdo, do ponto de vista
normativo, esvaziado. O debate, Raul, fica enfraquecido, e a população
desestimulada a participar de forma efetiva do destino da sua própria Cidade.
Por isso, fica aqui o nosso encaminhamento e o nosso apelo para que seja
aprovado esse Requerimento. Esse adiamento não é para o ano que vem, não é para
2013, é um adiamento por cinco Sessões. Poderia haver uma negociação, talvez,
para ser uma Sessão imediatamente posterior à audiência pública. Até mudar a
data da audiência pública poderia ser, para termos a votação depois. O que nós
não podemos ter é o inverso, é começar do fim, é termos primeiro a votação e,
depois, a audiência. Isso é absolutamente sem sentido e, portanto, errado. Não
é esse o caminho da construção de uma Saúde pública que realmente contenha a
participação do povo de Porto Alegre.
Fica aqui
a posição do PSOL, a minha posição e da Verª Fernanda Melchionna, nesse
sentido. Nós insistimos, é uma questão de lógica, de bom senso. Não é que a
nossa posição, no mérito, tenha que ser vitoriosa, não é isso, nós queremos que
a audiência pública dê condições à sociedade porto-alegrense de participar do
seu próprio destino na Saúde. Por isso, neste momento, há, sim, a necessidade
da reflexão total e absoluta. Que audiência pública teremos com a votação
agora? E por que a votação agora, se a audiência pública está marcada? Eu tenho
convicção de que não seria mais necessário votar esse Requerimento, caso
houvesse a homologação daquela primeira votação dos 17 votos. Eu tenho essa
convicção, já expressei da tribuna, mas, já que temos esta circunstância
diferente, especial, de necessidade de votar o Requerimento, pois bem,
enfrentemos a situação, colocando a nossa posição, que não é a derrota do
Projeto; é, sim, o respeito à vontade popular, que aparecerá, com certeza, na
audiência pública e que hoje nem sequer tem condições de ser auferida.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidente, eu sempre digo que o Presidente preside. Depreendo, pela votação do
Requerimento, que a discussão está encerrada.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sim, Ver. João Antonio Dib. Inclusive, anunciei que estava
encerrada a discussão. E quando iniciamos a votação, eu encaminhei o
Requerimento de adiamento da votação, protocolado pelo Ver. Mauro Pinheiro,
anunciado na tribuna, durante a discussão.
O Ver.
Mauro Pinheiro está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de
adiamento da votação do PLE nº 032/11, por cinco Sessões.
O SR. MAURO PINHEIRO:
Srª Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu venho de novo a
esta tribuna, Ver. João Antonio Dib, para fazer este apelo. Fiz este
Requerimento e venho discuti-lo, encaminhando o Requerimento de adiamento da
votação do PLE nº 032/11, por cinco Sessões, porque vejo que, mais uma vez, o
Governo comete um grande erro. Vai votar às pressas, Ver. João Antonio Dib, um
Projeto que tem uma audiência pública marcada para ser discutido, o que é um
direito legítimo, que está escrito na nossa Lei Orgânica, que é um direito dos
trabalhadores, do Sindicato, dos funcionários, das pessoas organizadas. E nós
estamos pedindo, então, ajudando o Governo para que ele não cometa este erro de
votar este Projeto às pressas um Projeto que não tem o entendimento de todos,
que seja o melhor para a sociedade, o melhor para os profissionais.
Portanto,
Ver. João Antonio Dib, venho mais uma vez a esta tribuna fazer um apelo a V.
Exª como Líder do Governo, para que peça ao Prefeito José Fortunati, que já
esteve aqui hoje e já viu a manifestação dos profissionais da Saúde, que querem
o adiamento para se ter a discussão.
Escutei
aqui as palavras do Ver. Pedro Ruas e concordo com ele. Nós devemos fazer essa
audiência pública e ir até os postos, cada Vereador ir à sua região visitar os
postos; convocar os profissionais de Saúde para que venham à audiência pública
para discutir não só esse Projeto, mas vamos aproveitar e fazer um amplo debate
sobre a Saúde na Cidade de Porto Alegre. Talvez seja este o medo, então, Ver.
João Antonio Dib. Talvez não se queira fazer um debate sobre a Saúde na cidade
de Porto Alegre. Talvez seja isto, Ver. João Antonio Dib, talvez o Governo não
queira debater a Saúde de Porto Alegre com os profissionais da Saúde. Talvez
seja por isso o atropelo, talvez seja isso. “Vamos votar o Projeto rapidamente
sem discutir, porque temos problemas.” Talvez seja isso, Ver. João Antonio Dib,
mas é a democracia, está previsto na Lei Orgânica, vamos fazer audiência
pública, sim! Por isto fiz o Requerimento, para dar oportunidade para o Governo
fazer o debate com a sociedade, com os funcionários da Saúde, com estes
Vereadores, para que cada um dos Vereadores, na hora de dar aquele voto, que é
muito importante, tenha o compromisso com a Cidade, vote conscientemente, Verª
Maria Celeste! E tenho dúvida de que os Vereadores desta Casa tenham estudado
com afinco este Projeto, porque este Projeto veio com atropelo. A Bancada do
PT, do Partido dos Trabalhadores, por exemplo, não fez a discussão que sempre
faz dos Projetos na sua Bancada, porque queremos votar todos os Projetos
sabendo exatamente o que estamos votando, porque temos um compromisso com a
Cidade. O nosso Partido tem um compromisso com a Cidade, e nós queremos votar
sabendo exatamente o que estamos votando. Por isso, Ver. Nilo, nós queremos,
sim, audiência pública para debater a Saúde de Porto Alegre, decidir sobre este
Projeto! Será que este Projeto é o melhor para a Cidade? Vamos discutir com
quem realmente interessa, a sociedade, os funcionários, as pessoas que estão
ligadas e que querem saber a respeito do Projeto. Vamos discutir o Projeto,
Ver. João Antonio Dib. Agora, não podemos discutir depois de votá-lo. Primeiro,
vamos fazer a audiência pública, está previsto na Lei Orgânica! Vamos discutir,
é um direito dos trabalhadores! Vamos ouvi-los, Líder do Governo! Faço
novamente esse apelo ao Líder do Governo, e sei que V. Exª é sensível, e, se
puder, adiará, porque V. Exª quer a democracia e quer ouvir as pessoas que
serão atingidas com este Projeto! Vamos fazer audiência pública, sim, mas não
podemos votar antes da audiência pública, Ver. João Antonio Dib. Mais uma vez,
Ver. João Antonio Dib, vamos fazer essa audiência pública antes de votar! Vamos
adiar, e, na hora de votar este Requerimento, vamos votar pelo adiamento, Ver.
Elói, por cinco Sessões e daremos tempo de todos conhecerem e discutirem o
Projeto. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de adiamento da votação do PLE nº 032/11,
por cinco Sessões, pela oposição.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Eu confesso a vocês que me parece que, depois de uma tarde
de debate, de apelo dos municipários, de apelo da oposição à Liderança do
Governo, nós não estamos avançando em nada nas negociações de um Projeto tão
importante para a Saúde em Porto Alegre - neste caso nefasto, porque ataca o
direito dos municipários, sequer adiar cinco Sessões para realizar uma
audiência pública e fazer minimamente o debate com a comunidade, com os
usuários, com os trabalhadores, enfim. Então, nós vimos de novo à tribuna,
porque, evidentemente, uma oposição que tem uma minoria numérica, Ver. Pedro
Ruas, que é boa de debate, que acompanha os problemas da Cidade, mas que,
numericamente, tem menos votos do que os Partidos da base do Governo, nós temos
o dever de seguir minimamente discutindo aqui aquilo que é fundamental para os
trabalhadores que não vão poder se manifestar.
Eu venho
encaminhar, em nome do PSOL, para fazer um último apelo, porque, Ver. João
Antonio Dib, nós vamos discutir tudo. Nós não concordamos com as emendas, via
de regra, com a ideia de emendas, porque o Projeto é ruim. O marco dele é a
meritocracia. Há projetos que não têm como se salvar ainda mais na ausência do
diálogo democrático, na ausência de uma audiência pública, na ausência da
oitiva da população, na ausência de prazos regimentais que permitissem que
houvesse uma audiência na COSMAM sobre o tema, que houvesse o debate em todas
as Comissões, separadamente, e que culminasse em uma audiência pública aqui na
Câmara Municipal. Mas nós vamos discutir todas as emendas. Nós vamos encaminhar
o Projeto. Nós vamos encaminhar os requerimentos porque é o mínimo que podemos
fazer neste momento, neste momento em que estamos vendo a Câmara Municipal,
mais uma vez, de costas para a sociedade; neste momento em que estamos vendo a
Câmara Municipal, mais uma vez, tapar os ouvidos para as reivindicações
democráticas que vêm dos municipários; neste momento em que estamos vendo, mais
uma vez, a tentativa do Governo de calar a democracia na Cidade, de patrolar o
Projeto, de não garantir que aqueles que foram eleitos pela categoria, pelo
voto, que discutiram em assembleia muito mais democraticamente do que a Câmara
de Vereadores e que tiraram uma decisão sobre o Projeto não possam vir a esta
tribuna falar! Nós estamos, insistentemente, até agora, debatendo e dizendo o
quão nefasto é este Projeto para o Sistema Único de Saúde, para a ideia de
Saúde pública, para a necessidade de garantir um plano de carreira para os
trabalhadores, porque gratificação não é carreira! Temos a necessidade de
discutir os investimentos da Prefeitura Municipal, a necessidade de discutir
uma série de bandalheiras que ocorrem com os recursos públicos municipais, com
um dinheiro que não está na Saúde! Aqueles que mais conhecem a Saúde pública
não podem debater, que são os trabalhadores que estão na ponta, sem desmerecer
todos aqueles e aquelas que trabalham, que estudam, que vão aos postos de
saúde. Não é esse o debate! Mas ninguém tira o acúmulo de 30 anos de serviço
público, de 20 anos de atendimento no posto de saúde, de 5 anos atendendo no
Postão da Cruzeiro ou em qualquer Unidade Básica de Saúde. E nós estamos
fechando os microfones da Câmara de Vereadores para que esses trabalhadores
possam mostrar a sua percepção do Projeto e as bandeiras históricas de uma
categoria que atende às necessidades de Saúde pública na cidade de Porto
Alegre. Então, é o último apelo que faço no sentido de que a gente possa
permitir, minimamente, uma audiência pública, para que a democracia possa se
expressar na tribuna da Câmara Municipal. Nós faremos o debate de todas as emendas,
de todos os encaminhamentos do Projeto, porque, cada minuto que for aberto na
tribuna para registrar que nós não concordamos com o autoritarismo do Governo,
nós o faremos. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. NILO SANTOS (Requerimento): Srª Presidente, eu gostaria de solicitar a prorrogação da
Sessão.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pela Verª Fernanda
Melchionna, a prorrogação da Sessão por mais duas horas. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADA por 27
votos SIM.
Em
votação nominal, por solicitação do Ver. Pedro Ruas, o Requerimento de
adiamento da votação do PLE nº 032/11 por cinco Sessões. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADO por 07
votos SIM e 20 votos NÃO.
A Emenda
nº 01 ao PLE nº 032/11 está prejudicada, com Parecer contrário em todas as
Comissões.
Em
votação a Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 032/11, de autoria do Ver. Aldacir
José Oliboni.
O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente,
nós não encaminhamos ainda o Projeto. Acho que o encaminhamento do Projeto é
antes das Emendas. Nós estávamos encaminhando os Requerimentos.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sim, mas nós encaminhamos as Emendas primeiro.
O SR. MAURO PINHEIRO: Primeiro
são as Emendas?
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 032/11.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores e Vereadoras; público que acompanha a nossa
Sessão no dia de hoje, especialmente os trabalhadores da Saúde, se nós
observarmos, o Projeto de Lei apresentado pelo Governo em relação às
gratificações que estamos discutindo neste momento, ele apresenta um calendário
de percentuais das gratificações. Esse calendário vai até o final do ano que
vem. Além de ser fatiado, como explicamos anteriormente - 30%, se atingir 70%
das metas; 100%, se atingir 90% das metas -, ainda distribui esses percentuais
em quatro parcelas: a primeira é agora, retroativa a agosto; a segunda até o final
do ano; a terceira até julho do ano que vem; a quarta até o final do ano que
vem. Nós puxamos para trás, demonstrando que os percentuais ora oferecidos
podem ser pagos não em um ano e oito meses, mas sim em 11 meses, na verdade
menos de um ano. Então, esses percentuais ficam praticamente os mesmos, apenas
muda o calendário. É uma Emenda simples, e é a demonstração clara e precisa de
que os mesmos recursos que estão empenhados na Peça Orçamentária para o ano que
vem vão ser dados também no ano que vem. Portanto, não há muita lógica no que o
Governo fez; mas nós, em vez de deixarmos o calendário ir até final do ano que
vem, propusemos até julho do próximo ano - é apenas uma antecipação, uma
questão de boa vontade, de vontade política. Então, a Emenda nº 02, ora
apresentada, simplesmente faz isto: traz para uma data anterior ao calendário
ofertado pelo Governo Municipal.
Queremos
lembrar que a Emenda nº 01 - estamos na Emenda nº 02 -, apresentada pela
Bancada do PDT, deveria ter sido não só mantida, como bancada pelo próprio PDT;
ela daria o percentual de 100% para todos. Eu estou achando estranho que o
Governo Municipal, através da Bancada, acaba retirando a Emenda. Onde está o
compromisso político que tem, no caso o PDT, com relação ao atual Governo, que é,
na verdade, o Partido do Prefeito Fortunati? Nós queríamos discutir esta
Emenda, queríamos aprová-la, inclusive, esta Emenda nº 01, que o próprio PDT
apresentou, mas, infelizmente, neste momento, causa-nos surpresa o fato de não
só ter sido retirada como nem a termos discutido. Então eu queria, em poucas
palavras, dizer como é importante refrisar a Emenda nº 02, apresentada entre as
seis Emendas, embora haja contrariedade de alguns colegas, mas é de fundamental
importância reduzir o tempo de espera dessa possível gratificação, até porque
quem tem dinheiro para dar até o final do ano que vem não tem por que não dar
até julho.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 032/11.
O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores; público que nos dá a honra da sua presença, a
Emenda do Ver. Oliboni nos traz uma possibilidade mínima de justiça, Ver. Todeschini,
dentro de um Projeto que é muito injusto pelo seu contexto. Não é a letra fria
do Projeto que é injusta, é o contexto em que ele se insere. E, nesse contexto,
o Ver. Oliboni consegue ter a criatividade de pinçar o que poderia se tornar
positivo, caso aprovado aqui nesta Casa. S. Exª, o Ver. Oliboni, antecipa em
pelo menos meio ano aquele tipo de pagamento devido e, mesmo assim, minimamente
compensado, para os trabalhadores e trabalhadoras da Saúde, que precisam,
efetivamente, desse tipo de remuneração, mas não da forma como ela é
apresentada, não dessa forma, que é uma forma que alvitra os mais comezinhos
direitos trabalhistas já consagrados na sociedade brasileira na década de 1940.
Na verdade, do que precisariam as trabalhadoras e trabalhadores da Saúde, sejam
estes ou outros, é uma definição, Almerindo, de dignidade na remuneração, que
não existe. Pior, além de não existir, há um retrocesso porque é aumentada, na
prática, depois de vinte e tantos anos, a jornada de trabalho pela questão
formal, desprezando o conteúdo, que é a realidade do dia a dia. É uma pena que
são os servidores estatutários neste momento, porque se fossem, Ver.
Todeschini, celetistas, nós aplicaríamos um dos mais importantes princípios do
Direito do Trabalho, Ver. Oliboni, com o qual, ao longo dos anos, lidei na
minha vida: o princípio da busca obrigatória da verdade real.
No
Processo Civil, por exemplo, vige o princípio da verdade formal. Há a famosa
frase, absurda para o meu gosto: o que não está nos autos não está no mundo. Essa
é a verdade formal do Processo Civil, herança do Direito Romano, e que dois
ramos do Direito desprezam: o Direito do Trabalho e o Direito Penal. Verª Maria
Celeste, o Direito do Trabalho tanto quanto o Penal, diferentemente dos demais
ramos do Direito, buscam a verdade real, e não a verdade formal. E a verdade
real é que esses contratos se estabeleceram, no seu cotidiano, ao longo dos
anos, como jornadas de 30 horas. Portanto, isso é na prática, sim, uma
conquista dos trabalhadores, das trabalhadoras e não poderia ser modificado. Ao
Direito do Trabalho como um todo, não importa o papel, a mera formalidade; o
que importa é que foi conquistado, na prática, o direito a seis horas, o
direito a 30 horas semanais. E é essa realidade contratual que precisaria ser
respeitada, e o seria, não fosse o Estatuto tão pouco parecido com a CLT. Há
vantagens em serem estatutários? Sim, na aposentadoria. Neste momento, a
desvantagem é brutal, porque os servidores e as servidoras, Ver. Todeschini,
vão passar por algo por que os trabalhadores e as trabalhadoras do setor
privado não passariam; eles vão passar a viver uma realidade da forma, a
realidade do papel, e não a realidade como ela é no mundo que conhecemos. No
mundo que conhecemos, naquilo que eles vivenciam, há muitos anos está
incorporada como conquista a jornada de 30 horas semanais.
Esta
Emenda do Ver. Oliboni tem, sim, a sua importância, porque ela antecipa pelo
menos um pagamento que, sob outra forma, deveria existir para esses
trabalhadores e trabalhadoras. Apoiamos a Emenda, Ver. Aldacir Oliboni. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 032/11.
A SRA. MARIA CELESTE: Srª
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; municipários que estão
conosco aqui, resistindo bravamente na discussão desta tarde, a Emenda nº 02,
do Ver. Oliboni, tem uma configuração importante, porque, dentro do prejuízo
maior - nós não queremos votar o Projeto e votaremos contra ele -, certamente
as Emendas que os Vereadores propõem são para, neste momento, Joãozinho, não
termos tanto prejuízo na redação do Projeto em relação àquilo que é proposto.
Então,
sabendo que somos minoria aqui na Câmara e que sequer audiência pública foi
concedida para uma discussão, para um debate democrático, propositivo -
sabíamos que isso poderia acontecer -, o Ver. Oliboni, preocupado, propõe essa
nova configuração do parcelamento do valor do vencimento básico ao respectivo cargo.
Ele faz um ajuste para que os trabalhadores não tenham maiores prejuízos,
maiores perdas do que já terão com a aprovação deste Projeto. E, com isso, ele
tenta amenizar esse grande prejuízo em relação ao que está sendo proposto. Ele
sabe que os trabalhadores que já recebem alguma gratificação terão que optar
por uma ou por outra, e vão receber por etapas - além de fazerem uma opção, vão
receber por etapas.
De acordo
com essa proposta que está no Projeto, o recebimento dessa gratificação levará
mais de um ano, e o que Vereador sugere é a redução desse tempo para que os
trabalhadores não percam o que já está apontado nesse Projeto, pois vem uma
grande perda em relação à gratificação. O que ele tenta, então, é fazer com que
os municipários possam receber, num período menor, a totalidade das
gratificações.
O Ver.
Dib faz um argumento em relação à legalidade quanto à Lei da Responsabilidade
Fiscal. Vereador Dib, de fato, o senhor levanta uma dúvida importante, mas a
CCJ não deu parecer sobre essa Emenda, porque foi votado no afogadilho, no
início da Sessão, para que nem sequer houvesse os pareceres da Comissão sobre a
Emenda; portanto, a dúvida vai cessar, já que não teve a opinião da Comissão de
Constituição e Justiça, Ver. Elói Guimarães, que é o Presidente, porque nós
estamos no afogadilho desta matéria. Portanto, nem sequer vamos ter uma opinião
sobre a legalidade da Emenda ou não. Estaremos aqui votando o mérito da Emenda,
e assim nós estaremos votando pelo prejuízo menor de uma categoria que já é tão
sacrificada no Município de Porto Alegre em relação ao atendimento, às suas
demandas, às gratificações, neste momento, emenda que esta sendo distorcida com
a aprovação desse Projeto que, certamente, acontecerá no decorrer da noite de
hoje.
Então, eu
quero dizer que nós vamos votar com o Ver. Oliboni pela intenção da Emenda,
porque, infelizmente, nem sequer o Parecer da Comissão de Constituição e
Justiça foi permitido, significando que nós vamos votar pelo mérito; e, pelo
mérito, dos males o menor. Obrigada, Srª Presidenta.
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Aldacir José
Oliboni, a Emenda nº 02, destacada, ao PLE nº 032/11. (Pausa.)
Estamos
com algum problema... Nós vamos anular a votação, porque o nome do Ver. Adeli
Sell está aparecendo no painel e não deveria aparecer, ele não está no
plenário...
(Manifestações
das galerias.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Estou declarando nula a votação, determinando a abertura do
painel novamente. O Ver. Adeli Sell não está aqui, alguém votou com a sua senha
ou há problema no painel.
O SR. PEDRO RUAS: Eu
só quero registrar, em nome da Bancada do PSOL, que, a partir deste momento,
fica comprovado que nós estamos sem confiabilidade no instrumento, porque não é
possível que tenha aparecido esse voto. Não é possível que tenha aparecido esse
voto!
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não...
O SR. NILO SANTOS: Srª
Presidente, não é possível que um Vereador venha colocar em xeque a segurança
desta Casa. Não é possível que a pessoa não tenha o entendimento de que foi um
equívoco na hora de digitar. Só isso, Ver. Pedro Ruas. Por favor! Por favor!
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Nilo. Nós vamos fazer, senhores...
O SR. MAURO PINHEIRO:
Essa votação tem de ser nominal e por chamada oral, Vereadora. Não há
confiabilidade enquanto não for averiguado este painel.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Mauro, nós vamos, agora, fazer um relatório dessa
votação e ver o que aconteceu, é a primeira situação em que isso ocorre.
A SRA. MARIA CELESTE: Srª
Presidenta, para que a gente possa dirimir todas as dúvidas, solicito que se
suspenda a Sessão e se verifique. É muito sério o que aconteceu neste momento!
O SR. IDENIR CECCHIM: Presidente,
não há motivo de suspensão de Sessão, motivo de dúvida sobre o painel. Esses
erros acontecem ao digitar no computador, normalmente, como já ocorreu no
passado. Peço que coloque em votação imediatamente.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Idenir.
Senhores,
nós vamos continuar a votação. Por favor, Srs. Vereadores, se acontecer
novamente, nós verificaremos se é um problema de fato. Está anulada a votação.
Solicito a abertura do painel para nova votação.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Aldacir Oliboni, a Emenda nº 02,
destacada, ao PLE nº 032/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 08 votos SIM e 19 votos NÃO.
Emenda nº
03, destacada, ao PLE nº 032/11.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Srª Presidente, o Ver. Aldacir Oliboni tem uma, duas, três, quatro, cinco, seis
Emendas. Na forma do Regimento Interno, as Lideranças podem apresentar duas
Emendas de Liderança. O Vereador tem duas a mais. Duas são sancionadas pela
Liderança do PSOL e quatro pela Liderança do PT. Há duas a mais.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Srª Presidente, só quero informar ao nobre Líder do Governo
que há duas do PT, duas do PSOL e duas do PSB.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Não, duas do PSB, eu não vi aqui.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato assina, Ver. Dib. Foi verificado pela
nossa Diretoria Legislativa.
Eu
preciso do Processo para ler a Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº 032/11. (Lê a
Emenda.)
Em
votação a Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº 032/11. (Pausa.) O Ver. Aldacir
José Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 03,
destacada, ao PLE nº 032/11.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidenta, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores,
Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, o Governo
Municipal, através do Projeto de Lei encaminhado a esta Casa, no art. 10,
inciso I -, diz o seguinte (Lê.): “I - 30% do valor de cada uma das
gratificações no caso de atingimento de menos de 70% das 3 metas; II - 70% do
valor de cada uma das gratificações, no caso de atingimento de 70% a 89% das
metas; Inciso III - 100% do valor de cada uma das gratificações, no caso de
atingimento a partir de 90% das metas”.
A Emenda
apresentada, de nº 03, diz o seguinte (Lê.): “I - 50% do valor de cada uma das
gratificações no caso de atingimento de até 50% das metas; II - o valor de cada
uma das gratificações no caso de atingimento de 50% para cima será proporcional
ao atingimento das metas, isso até 90% das metas alcançadas; e III - 100% do
valor (...) no caso de atingimento de 90% das metas”, que é o único artigo que
eu mantive na Emenda feita pelo Governo Municipal.
Então,
vejam só, eu espero que seja uma comissão paritária que vá discutir o tipo
dessas metas. Por exemplo, digamos que, na vacinação da gripe H1N1, os
trabalhadores atingiram 50% das metas. Eles vão ganhar 30% da gratificação. Se
o critério for esse, eles precisam atingir 70% do número de pessoas para ganhar
30% das gratificações.
O que nós
estamos propondo? Em atingindo os 50% das metas, 50%; de 50 a 90%, é
proporcional ao percentual alcançado. Se atingir 70%, tem que ser no mínimo
70%; se atingir 90%, passa a ser, então, os 100%. Acho que é uma questão de
justiça. Não é justo com os trabalhadores, que, ao se prontificarem a fazer
essas ações que vão estar nos critérios das metas, imaginam que vão ganhar os
100% das metas alcançadas, mas podem ganhar somente 30%. Faço um apelo ao
Governo, sinceramente, vocês vão vetar todas as Emendas? Onde está a
sensibilidade, Ver. João Antonio Dib? Dá impressão de que tudo o que foi apresentado
aqui é papo-furado. O nosso compromisso, como Vereador, é fiscalizar as ações
da Cidade e também do Executivo. Nós, aqui, estamos contribuindo com o
Executivo, porque, na medida em que um projeto de lei vem aqui, como aconteceu
com o IMESF, há um tempo, embora quiséssemos o regime estatutário e perdemos,
estamos alertando ao Governo que existe uma certa discriminação no Projeto de
Lei apresentado. Ele trata a mesma categoria com pontuação diferenciada. Não se
pode fazer isso. Não foi o que aconteceu com as demais Secretarias, aqui,
quando votaram as gratificações hoje em vigor. Foram estabelecidos os mesmos
critérios para todos. Na Saúde, infelizmente, o Governo comete um grande
equivoco: trata com diferença determinadas funções, inclusive as funções ora
apresentadas.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº 032/11.
O SR. PEDRO RUAS:
Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, público que nos
assiste, eu utilizei esta tribuna na última Sessão para dizer que não havia
possibilidade de fazer Emendas a um Projeto tão ruim. Falo emendar do ponto de
vista de resolver; claro que há, formalmente, a possibilidade de fazer emendas;
porém, não como solução. Mas essas Emendas nos permitem um mínimo de debate
antes da votação, e é por isso que estamos insistindo em encaminhar cada uma
delas. E essa Emenda idealizada pelo Ver. Oliboni traz uma lógica de paridade
do percentual no inverso do que colocou o Executivo no Projeto original, ou
seja, ao cumprir 70% das metas, o trabalhador recebe os 70% de acréscimo, e não
pelo inverso.
Portanto,
a Emenda tem, na sua concepção, uma ideia de justiça. Repito: no conjunto, não
tem como qualquer emenda salvar um Projeto dessa natureza, ainda mais nas
circunstâncias em que ele é apresentado, mas a Emenda, Ver. Oliboni -
cumprimento V. Exª -, traz uma ideia de justiça no percentual, na paridade do
percentual: cumpridos os 70% da meta, há 70% de acréscimo. Só isso já justifica
o apoio que trazemos, eu e a Verª Fernanda Melchionna, neste encaminhamento, à
sua Emenda. Mas, mais do que isso, o que temos agora é a possibilidade, que tem
que ser utilizada, de debater a mesma questão, o Projeto e as circunstâncias em
que ele aparece.
Eu falo
respeitosamente - o Ver. João Dib e o Ver. Cecchim sabem disso. Eu sei que não
é da lavra de V. Exas o Projeto, mas debato, porque me dão atenção,
e eu fico grato por isso, na medida em que é muito difícil que se justifique
esse Projeto.
Por isso
eu volto à questão inicial. Nós tínhamos a possibilidade extraordinária, eu não
sei por que perdemos, não entendo. Acho que agimos com um pouco bom senso, de
termos uma audiência pública que daria argumentos, do meu ponto de vista, Ver.
Brasinha, até mesmo para quem defende o Projeto. Agora teremos uma audiência
pública esvaziada, e a argumentação de quem defende o Projeto ficará para
sempre contestada, particularmente pelo Executivo, como algo ditatorial, do
ponto de vista da ausência de discussão. É um monólogo, que somente o
Secretário da Saúde estabeleceu consigo próprio. Um monólogo de ele falar o
tempo todo sozinho, ou falou para os seus, o que é a mesma coisa, porque não
houve a possibilidade da participação da sociedade, mas essa possibilidade foi
criada depois, foi criada aqui, com a audiência pública solicitada pelo Simpa e
deferida pela Casa.
Então,
parece-me que nós, aqui, perdemos uma oportunidade que a história, a
micro-história - claro, não a história do ponto de vista do mundo, mas a
história do ponto de vista da Saúde em Porto Alegre -, vai registrar como um
episódio importante e negativo, porque houve um momento, que será no dia 28 de
novembro, em que a população de Porto Alegre poderia decidir sobre o seu
próprio destino na Saúde. E esse momento não vai acontecer, esse momento será
esvaziado pela votação de um Projeto que antecede a discussão que poderia
levar, ou não, à aprovação do Projeto. Fica esse relato, fica, na verdade, o
nosso lamento pela oportunidade perdida.
E, neste
momento, como se trata de uma Emenda que se justifica, que busca justiça, que
busca equidade, que tem lógica e tem adequação jurídica, nós somos pela
aprovação da Emenda, Ver. Aldacir Oliboni.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº 032/11.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores e
Vereadoras; senhoras e senhores; lideranças da Saúde aqui presentes, nós
estamos hoje fazendo uma reprise de vários debates que já fizemos aqui na
Saúde, e, infelizmente, o processo da Saúde não tem sido gratificante para
Cidade. E aqui desta tribuna, nós temos feito inúmeras propostas, e, neste
momento, o que fez a oposição? Sugeriu, Ver. Brasinha, um conjunto de propostas
para poder dialogar e buscar uma qualificação do Projeto, e uma delas, a Emenda
que estamos discutindo, nada mais é do que a proposta de uma progressividade
sobre as gratificações do trabalho desenvolvido. Por que nós estamos fazendo
essa Emenda, através do Ver. Oliboni e do nosso Líder? Porque não foi
construído um plano de carreira que aponte para a progressividade e para as
gratificações dos funcionários. Se já houvesse esse debate, essa elaboração,
nós não precisaríamos fazer essa Emenda, muito menos discutir esse abono que
está querendo ser dado agora. Quero registrar que temos feito um esforço aqui.
A oposição tem feito um esforço para desbloquear a pauta da Saúde, mas aqui
está havendo um sectarismo fantástico. Recapitulem: nesta Casa, quantos debates
já fizemos da Saúde e qual foi, digam, uma única emenda, nestes sete anos,
aceita pela oposição para qualificar os projetos? Nenhuma! E o Governo errou
sempre. De todos os discursos que fizemos aqui, o Governo errou. A Saúde deu no
que deu; perdeu-se dinheiro, não se instalou a CPI para averiguar os dez
milhões que foram desviados do Instituto Sollus, e agora estamos insistindo,
Ver. João Antonio Dib, e até seria salutar para a oposição que nós fôssemos
embora. A responsabilidade única é da situação, que não quer dialogar, não quer
analisar, não quer propor alternativa! Ora, bolas! Para que serve uma casa
democrática com opiniões convergentes e divergentes? Para se debater e
construir uma nova síntese! E na Saúde, não se está construindo uma nova
síntese; na Saúde se mantém a postura de não querer dialogar com a Cidade, de
não querer dialogar com o funcionalismo, de não querer dialogar com a oposição.
Aí estamos propondo um conjunto de emendas, e para quê? Ver. João Antonio Dib,
de sã consciência, como o senhor gosta de dizer aqui, será que a oposição só
faz emendas que são desqualificadas, que não têm fundamento, que não têm
diálogo? Por favor, eu creio que estamos elaborando um conjunto de emendas
aqui, e uma delas... Dr. Raul, o senhor é funcionário público municipal,
acreditamos no seu trabalho como profissional... O senhor merece ou não merece
ter gratificações conforme o desempenho que o senhor adquire na proporção ao
seu trabalho? Claro que sim. Então, nós não discutimos não aprovamos isso...
porque aqui está colocado o princípio do reconhecimento e da valorização dos
funcionários no que diz respeito à possibilidade de ter um plano de carreira.
Não tem? Essas Emendas vêm para provocar esse debate, e a base do Governo tem
que assumir e, se não quer discutir essas emendas, também não quer discutir o
Plano de Carreira. Nós queremos discutir o Plano de Carreira, queremos
apresentar as Emendas e estamos aqui, sim, e ficaremos quanto tempo for
necessário.
Agora,
Vereadores e Vereadoras, Celeste, Pedro Ruas, Oliboni, Todeschini, demais
colegas, Fernanda Melchionna, que estão aqui se esforçando para oferecer um
conteúdo, se a situação não quer ver, não quer ouvir, aqui há um diálogo no
qual uns falam e outros não ouvem.
Então, de
repente, nós vamos embora e vamos deixar a situação aprovando tudo, e a
responsabilidade continua sendo da situação. Um abraço. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº 032/11.
O SR. IDENIR CECCHIM:
Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, olha, como eu
gostaria de concordar em dar aumento para todos que merecem! Mas sabem quem é o
culpado por vocês e todos nós estarmos aqui o dia inteiro discutindo? O
Policarpo, esse é o culpado! Agora, nós descobrimos aqui: Policarpo. Vejam só o
que diz a revista de hoje: “Como nos rincões: Deputado do PT é acusado de comprar
votos de sem-terra, oferecendo transporte, dinheiro, lanche e até cargo
público.” Isso aconteceu em Brasília.
Agora,
escutem só: “Na campanha, o Deputado Policarpo aparece ao lado de Edmilson
Lopes, que confessa ter arregimentado o casal de sem-terra, Francisco e Júlia,
por quatro mil reais, e ele conseguiu 40 votos.” Cem reais por voto o PT está
pagando. Mas não é possível!
Eu fico
preocupado aqui. Eu tenho certeza de que o Simpa não concorda com isso. Não
concorda! Não pode concordar!
Eu quero
dizer que essa Emenda do Ver. Oliboni, que é um Vereador de boa-fé, ele não só
faz o papel de Jesus Cristo, mas é um homem de boa-fé, merece todo o respeito,
mas falta, justamente, o dinheiro que os “policarpos” de Brasília estão
levando, os “policarpos” do PT, Ver. Nilo! E agora a Bancada fica, aqui,
posando nesta maravilha, reclamando, pedindo... Mas meu Deus do céu, não é
possível, Ver. Haroldo de Souza! O senhor chegou a ficar vermelho com essa
leitura. Nós ficamos vermelhos de vergonha! Nós estamos discutindo aqui uma
coisa importantíssima para a cidade de Porto Alegre. Agora, o pessoal de
Brasília não ajuda! O pessoal de Brasília não se ajuda e não ajuda o pessoal de
Porto Alegre. A Bancada do PT daqui é muito boa! Muito séria é essa Bancada!
São sérios os Vereadores do PT aqui. De boa-fé; todos de boa-fé! Estão aqui,
herculeamente, defendendo o que pensam! Estão defendendo o que pensam.
Eu até
diria mais: se, por acaso, algum de vocês se enganar e votar em mim, um dia, eu
garanto que vou pedir para anular o voto! Eu não quero voto de nenhum de vocês!
Votem em quem está defendendo vocês aqui: o Pedro Ruas, a Melchionna, os
Vereadores do PT. Não votem em mim, porque eu não quero o voto de vocês! Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. MARIA CELESTE: Srª
Presidente; Ver. Idenir Cecchim, em Comunicação de Líder, o senhor pode falar o
que quiser, pode trazer a opinião que o senhor quiser sobre o seu Partido,
sobre o PT ou os outros Partidos. Agora, no encaminhamento da Emenda, esta
matéria não era a matéria a que o Vereador deveria estar se referindo na
tribuna. Portanto, eu solicito, Srª Presidente, que seja retirado dos autos do
processo esse encaminhamento que o Ver. Cecchim fez, que não é em relação à
Emenda; é em relação à opinião dele, que ele tem, sobre os Partidos no Brasil.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado.
O SR. NILO SANTOS: Também
não fazia parte da discussão, não era a Emenda que estava sendo discutida,
quando o Ver. Comassetto começou, então, a ofender todas as gestões da
Secretaria da Saúde.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado.
O SR. NILO SANTOS: Srª
Presidente, só um minutinho, garanta a minha fala, por favor. Até mesmo porque,
nos bastidores, nos namoram, querendo aliança conosco, e aqui vêm nos esfolar.
Entendeu? Não pega bem isso aí. Vamos ter cautela também.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, eu não tinha pretensão de vir a este
microfone, mas o Ver. Nilo me convidou para tal. Quero dizer que falei o tempo
todo na Emenda, e quero dizer que, aqui, a oposição tem oferecido um conjunto
de emendas e, em todos os debates da Saúde, nunca foi aceita nenhuma emenda em
nenhuma das gestões. Se isso não é sobre as emendas, eu não sei o que é emenda.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Comassetto. Estão registradas as
considerações. Cada Vereador é responsável pelo que manifesta na tribuna.
O Ver.
João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 03,
destacada, ao PLE nº 032/11.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, vou fazer um
encaminhamento conjunto de todas as outras Emendas, para que sejam votadas
contrariamente, e vou dizer por quê. Não é uma questão de democracia ou de
sensibilidade, é uma questão de respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso
é imprescindível!
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: E
outra coisa que é preciso ficar bem esclarecida: eu ouvi reclamações da Saúde,
e vejam o que o jornal traz hoje. Uma notícia da Confederação Nacional de
Municípios diz que, desde 2000, as prefeituras gastaram R$ 130 bilhões a mais
do que preceitua a Constituição brasileira, porque o Dr. Lula e a Drª Dilma
impedem a votação da Emenda nº 29, que é do ano de 2000. Portanto, que fique
bem claro: não é o Município que gasta mais do que a Constituição prevê que é o
responsável. Agora, o Ver. Oliboni apresenta Emendas que, infelizmente,
conflitam com a Lei de Responsabilidade Fiscal, e nós temos responsabilidade,
não há por que votar. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. MAURO PINHEIRO:
Srª Presidente, depois da fala do Ver. Idenir Cecchim, acho que não tem mais o
que ser discutido nesta Casa. Então, nós vamos fazer uma Declaração de Voto,
que faço em nome do Partido dos Trabalhadores e do PSOL, da oposição desta
Casa. Gostaria de ler aqui (Lê.): “Os Vereadores abaixo assinados, integrantes
da oposição nesta Casa, declaram o seu voto contrário ao Projeto de Lei.
Outrossim, em função da falta de diálogo...” Presidente!
(Tumulto
no plenário.)
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, depois de tudo o que vimos na tarde de hoje,
da intransigência do Governo, do autoritarismo, inclusive, dos Vereadores da
base, não tem mais nenhum sentido de a oposição ficar nesta votação fajuta. Com
licença!
O SR. MAURO PINHEIRO: Exatamente
por isso. Se nós não podemos fazer a nossa manifestação...
(Manifestações
no plenário.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereadores, vou pedir por favor, Ver. Nedel, Ver. Idenir
Cecchim, vamos ouvir a manifestação. Obrigada.
O SR. MAURO PINHEIRO: O
Ver. Cecchim subiu à tribuna, falou de tudo o que quis, e nós escutamos. Agora
eu gostaria de dizer que devido à intransigência da situação, exatamente por
isso, nós estamos fazendo esta manifestação. (Lê.): “...Outrossim, em função da
falta de diálogo do Executivo Municipal com os funcionários, bem como a própria
Câmara Municipal, não há mais sentido em permanecermos no Plenário e legitimar
uma votação injusta e já decidida [antes mesmo do início]. Fica registrado,
portanto, o nosso voto contrário e o motivo da saída do Plenário.” Assinam os
Vereadores do PT e os Vereadores do PSOL - Pedro Ruas, Fernanda, Oliboni,
Comassetto, Todeschini, Maria Celeste e Mauro Pinheiro. Muito obrigado.
O SR. MAURO ZACHER: Srª
Presidente, me permita a palavra, porque a retirada da oposição do plenário não
reflete a postura do Partido dos Trabalhadores na história desta Casa. Nós
estamos até quase às 20 horas aqui debatendo democraticamente para aprovar o
Projeto. O Governo discutiu, de maneira exaustiva, este Projeto em assembleia
com os servidores, e eu não acho certo que, no momento em que nós iríamos
encaminhar a votação, a oposição se retire do plenário.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado, mas é um direito da oposição.
O SR. NILO SANTOS: Apenas
um pedido à Verª Fernanda Melchionna para que retire a expressão “votação
fajuta”, porque, nesta Casa, nunca houve votação fajuta, sempre foi um trabalho
sério. Apenas para que retire.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado. Senhores e senhoras, é direito das Bancadas
se retirarem.
Em
votação a Emenda nº 03, destacada, ao PLE nº 032/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) REJEITADA por
unanimidade.
Em
votação a Emenda nº 04, destacada, ao PLE nº 032/11. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) REJEITADA por unanimidade.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Requeiro a votação em bloco das Emendas nºs 05, 06 e 07,
destacadas, ao PLE nº 032/11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. João Carlos
Nedel, solicitando a votação em bloco das Emendas nºs 05, 06 e 07, destacadas,
ao PLE nº 032/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação o bloco composto pelas Emendas nºs 05, 06 e 07, destacadas, ao PLE nº
032/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) REJEITADO.
Em
votação o PLE nº 032/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade. (Palmas.)
O Ver.
Sebastião Melo solicita verificação de votação. Vamos proceder à verificação de
votação do PLE nº 032/11, por solicitação do Ver. Sebastião Melo.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, o PLE nº 032/11. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO
por 21 votos SIM e 01 voto NÃO.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às
19h45min): Está encerrada a Ordem do Dia.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, eu quero cumprimentá-la por ter votado
contrariamente ao Projeto de Lei do Executivo. Quero também dizer que V. Exª
poderia, por uma manobra - tantas outras manobras foram feitas -, não votar e,
na próxima quarta-feira, seria anulada a votação, mas V. Exª deu qualidade à
votação, eu a cumprimento por isso. Saúde e PAZ!
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. João Antonio Dib.
Agradeço
a presença de todos os senhores e senhoras. Um bom feriado no dia de amanhã!
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às
19h46min.)
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